Praxe/s

[Kogami 248]

Há praxes e praxes.

 

Estive em três faculdades diferentes, em cursos distintos, e posso dizer isso.

 

Na primeira (FCUL - não foi o teu departamento firewall, relax ) fui praxado e não achei a praxe, como tantos dizem, integradora, bem pelo contrário. Para mim havia lá muito veterano, doutor, whatever, frustrado da vida e que via na praxe a possibilidade de descarregar os problemas e fracassos da vida. Sad, but true. E para, isso, desculpem mas não tenho, nem tive paciência. Querem integrar os caloiros, totalmente de acordo, agora fazerem merdas que em nada integram, I'm out.

 

Segunda faculdade - FMH. Totalmente o oposto. Praxe fantástica em que se sente realmente um espírito de camaradagem e entreajuda em tão pouco tempo. Não há cá a mania da superioridade. Para mim isto sim, é praxe.

 

A minha última faculdade, e aquela onde assentei de vez, ahah, foi aquela que agora está na moda com as praxes - a Lusófona. Curiosamente não fiz praxe aqui, até porque já tinha sido praxado nos dois anos anteriores. Ao contrário do que muita malta diz, para mim não é preciso ir para as praxes para se conseguir integrar. Isso é estúpido a meu ver. Pode ajudar, claro que pode, mas a integração depende da pessoa, não da presença ou ausência na praxe. Eu não fui às praxes e integrei-me totalmente com a minha turma.

 

Como eram as praxes na Lusófona? Nunca acompanhei muito aquilo, mas sempre tive a sensação que há malta lá que vive demais aquilo. Para mim o episódio do Meco é reflexo disso. E como diz o Sake, lá no vídeo dele, há que saber dizer não. O sim sim sim, olhem, tirou a vida a seis pessoas. Adultos para umas coisas, para outras nem tanto.

 

E depois quando vejo "pactos de silêncio", com seis pessoas mortas, e Dux's que para umas coisas são líderes e durões, mas nas horas onde os tomates apertam, são os primeiros a meter o rabinho entre as pernas...acho que diz alguma coisa da cabeça de algumas pessoas que andam na praxe, pelo menos ali.

 

Não concordo com toda esta generalização que se está a fazer à praxe, mas que há muita faculdade onde se faz tudo menos praxe, lá isso há.

[Toua 732]

As praxes na minha escola é atirar ovos e farinha. Por isso, não acho bem se forem todas assim xD Mas pelos vistos aquilo foi só uma excepção (quero eu acreditar).

[!Pipo 944]

 

Já fui praxado hoje.

 

 

Gostaste?

 

 

Nem te cheguei a responder, desculpa.

 

Não foi nada de mais. Foi divertido, nada mais.

[Einon 4]

Na minha faculdade, as praxes duravam 5 dias em Setembro e depois aconteciam muito ocasionalmente, sendo como é tradição as quintas feiras serem dias de Praxe. Sou do Norte e fui estudar Hotelaria para o Estoril pelo que não conhecia ninguém quando lá cheguei, contudo o pessoal na Praxe foi fantástico, com várias actividades que me permitiram conhecer imensa gente ao longo de vários dias (incluindo a minha namorada). Claro está, ovos, farinha, vinagre, peixes, muito alcool, etc eram usados todos os dias mas não liguei a isso.

As nossas praxes eram feitas no sentido de fazer amizades duradouras acima de tudo. Muitas das pessoas que se viam depois na escola não se falavam, mas em dia de Praxe parecia que todos se conheciam á décadas e fazia-se tudo em equipa.

Aquilo que se passou no Meco foi pura brincadeira que correu muito mal. Tão simples como isso.

Eínon

[v o d k a 2472]

fui estudar Hotelaria para o Estoril

conheces o tugabieber???

[Einon 4]

 

fui estudar Hotelaria para o Estoril

conheces o tugabieber???

 

Ahh... nome na vida real? Acabei o ano passado por isso é possível que conheça

[v o d k a 2472]

 

 

fui estudar Hotelaria para o Estoril

conheces o tugabieber???

 

Ahh... nome na vida real? Acabei o ano passado por isso é possível que conheça

 

https://www.youtube.com/watch?v=jJK9Szj7N9g

[Einon 4]

?

[小松菜奈 2141]

Diogo Malta.

[Einon 4]

Infelizmente não conheço. Mas na faculdade não faltavam fãs de anime

[Lau-kun 839]

Dizem que a praxe é desumana, mas os cães também sofrem!

[martzchan 1190]

Polémica das praxes..outra modinha. no meu tempo era porrada a torto e a direito e não havia essa mariquice toda de hoje em dia. ninguém é obrigado a nada, basta ter tomates p'ra dizer: Não!

[kf_87 14]

Para futuros caloiros que calhem a passar por aqui, deixo esta reportagem do Público. Deve ser a única reportagem decente (e mais imparcial) que vi desde que estalou a polémica da praxe.

Tem também vários testemunhos que achei bastante bons. Pessoas que odiaram a praxe, pessoas que tinham medo e acabaram por gostar da praxe e até foram eleitos caloiros do ano, outros que sabiam para o que iam e curtiram, outros que acharam "nojento e desumano", tem de tudo.

Sou a favor da praxe, mas com limites e com objectivos concretos, não é andar para aí a lamber os sapatos dos veteranos -.-'

http://www.publico.pt/multimedia/a-experiencia-da-praxe

[Evenilink 30]

Eu este ano entro para a Universidade, e como é óbvio já ponderei se quero ou não ser praxado.

A minha resposta é que quero, pois é uma forma de nos inserirmos numa nova cidade com pessoas desconhecidas, blá, blá...

Espero bons momentos da praxe, mas o meu maior medo é se realmente o pessoal que vai praxar não tiver vergonha na cara. Um bocado de palhaçada não faz mal, mas quando nos fazem sentir abaixo de cão, isso não!

Espero apanhar um bom padrinho e ter uma praxe divertida, sem coisas nojentas pelo meio!

[Oboromusha 194]

As praxes sempre me passaram ao lado. Acho práticas tribais e retrógadas numa sociedade que é suposto ser evoluída e crítica das parvoíces que se fizeram no passado. Mediante esse princípio, não sou um simpatizante da praxe porque não compreendo os princípios por detrás disso. Se no sítio onde é suposto termos a educação para melhorarmos o mundo em que vivemos, este tipo de rituais feudalistas deixa-me algo preocupado com o que pessoal acha que vai fazer quando for para o mercado de trabalho.

[kf_87 14]

As praxes sempre me passaram ao lado. Acho práticas tribais e retrógadas numa sociedade que é suposto ser evoluída e crítica das parvoíces que se fizeram no passado. Mediante esse princípio, não sou um simpatizante da praxe porque não compreendo os princípios por detrás disso. Se no sítio onde é suposto termos a educação para melhorarmos o mundo em que vivemos, este tipo de rituais feudalistas deixa-me algo preocupado com o que pessoal acha que vai fazer quando for para o mercado de trabalho.

Compreendo perfeitamente o que dizes, e há locais de ensino onde a praxe nem sequer pode ser chamada de tal. isso é um facto. E sim, os abusos têm de ser denunciados, expostos em praça pública e condenados, dentro e fora da praxe, exemplarmente.

No entanto, quando aplicada com os devidos limites e com sabedoria (porque nem toda a gente sabe praxar), beneficia muito os caloiros.

Vou dar-te o exemplo que melhor conheço:

Eu moro numa residencia universitária há 5 anos. Antes de haver praxes no inicio do ano lectivo, quase ninguém saia dos quartos, nem os caloiros sabiam que outros caloiros havia na residencia, muito menos quem eram. Literalmente saiam de manha para a faculdade, chegavam perto das 18h00 à residencia e fechavam-se no quarto, sem falar com ninguém. Ás vezes nem com as pessoas da portaria falavam. Isto não pode ser, não é saudável. Viver numa residencia com perto de 180 pessoas e não falar com nenhuma.

Desde que começamos a praxar os caloiros no inicio do ano, tudo isso mudou. Todos os caloiros se conhecem (e isto é importantíssimo, afinal existe uma grande probabilidade de se habitar com essas pessoas na mesma casa durante anos) e sabem quem são os veteranos, a quem podem pedir ajuda para alguma coisa, como matéria, documentos de faculdade e às vezes até problemas pessoais. Afinal estar longe de casa e dos pais (muitos pela primeira vez), não é nada fácil.

Só as pessoas que se recusam de todo a participar nas praxes é que falam pouco e pouco saem do quarto.

Se as praxes são absolutamente necessárias para toda a gente? Não. Há muita gente que não precisa disso para nada, conhecem pessoas na mesma e divertem-se e têm mágnificos anos de faculdade. Se há muita gente que necessita dela para quebrar gelo e criar laços com os colegas, que de outra maneira nunca aconteceria? Sim, sem dúvida.

Agora, há praxes e praxes. Um veterano que mande um caloiro engraxar-lhe os sapatos, o que é que se ganhou aqui? Nada. O veterano tem os sapatos engraxados, ainda bem para ele, lol. O Caloiro não ganhou nada, ou pior, se calhar até perdeu respeito por esse veterano.

Agora, em vez disso coloquem uma fila de sapatos em frente a uma fila de caloiros com as mão atadas uns aos outros de modo a que, para se engraxar os sapatos eles têm de se coordenar entre si. Têm de FALAR entre si. Vai ser mais uma brincadeira para se conhecerem do que uma tarefa. E para mim, é isso que se quer. Se calhar no fim os sapatos ficaram todos mal engraxados, mas isso não interessa para nada. O objectivo principal não é, nem nunca foi, engraxar os sapatos. E como isto, mil e uma praxes / brincadeiras se podem fazer, todas com um objectivo comum: os caloiros conhecerem-se, ganharem espírito de união entre si e conhecerem os veteranos.

É a minha opinião, vale o que vale.

[Oboromusha 194]

 

É a minha opinião, vale o que vale.

 

E é uma boa opinião, sim senhor. Iniciativas de socialização são sempre positivas.

É quando se baseiam em hierarquias que realmente não tem interesse nenhum para mim. Os meus colegas caloiros e séniores eram todos estúpidos. E eu só subscrevo meritocracias. Pessoal inferior a mim intelectualmente não tem direito a se designarem meus pares. E superiores? Deixa-me rir. É como me dizerem que as vacas voam. Não era a praxe que me ia mudar de ideias, só ia ficar a odiá-los e ia causar drama.

A cena toda é que nunca me arrastaram ou até cordialmente perguntaram se eu queria ser praxado.

Considerando que eu pareço o Bane sem a máscara, suponho que isso teve alguma coisa a ver.

 

[Cowabunga 6]

 Fui praxado no meu 1º ano de faculdade e, no geral, gostei da experiência. Eles gozavam connosco e nós gozávamos com eles. Mas não é necessário frequentarem a praxe para conhecerme novas pessoas e serem bem vistos pelos vossos colegas. Conheço muita gente do meu curso e de outras faculdades que não quis ser praxada e isso não as impediu de fazer amizades e de conhecer pessoas. Na verdade, isso da praxe e do "respeito, humildade, etc." é tudo tretas. É apenas uma brincadeira para as pessoas fazerem e dizerem parvoíces, nada mais.

 

 Nunca praxei porque não acho paida à ideia de me chegar ao pé de alguém que acabou de entrar na faculdade e começar logo por lhe dizer para não me olhar nos olhos. E o traje, por muito fixe que possa ser a capa, não me parece que seja um investimento que valha a pena. Mais tarde ou mais cedo na vida muitos de vós vão usar fato e gravata e isso manda mais classe que o traje académico. Para não falar que se quiserem podem comprar o traje mesmo se nunca foram praxados na vida.