Hara

Crónicas de uma Forasteira em Lisboa

87 mensagens neste tópico

Não sabia que os chineses e japoneses não se curtiam e nem sabia que tinham tantas diferenças.

Editado por AlivE

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A aprendizagem de uma língua como o japonês requere muita paciência e motivação, especialmente para as pessoas cuja primeira língua seja ocidental, mas acredito que se gostar de aprender e ir melhorando passo a passo, seria uma experiência bastante agradável. (:

O problema nao e isso , mas onde aprender , motivaçao nao me falta :)

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É verdade que os chineses e os japoneses se odeiam? Porquê? 为什么中国人与日本人之间有这么大的仇恨?

Condicionalismos históricos. O conflito gerado pela II Guerra Mundial, altura em que o Japão possuía armas e tecnologias bem mais avançadas do que a China, marcou profundamente os chineses que viveram nessa época e que continuaram a transmitir este sentimento de ódio pelos japoneses de geração em geração. Um dos exemplos mais marcantes que conheço é o Massacre de Nanjing. Este episódio contou com a morte de mais de 200.000 civis e prisioneiros de guerra. Ainda hoje os chineses, que após 75 anos da ocorrência deste, continuam a fazer espécies de cerimónias sempre que é por volta da altura do massacre e insistem em relembrar este acontecimento às gerações mais novas.

É claro que os japoneses fizeram coisas terríveis no passado, mas assim como qualquer país já o fez, sem excepção. Principalmente quando nos referimos a um contexto de guerra e numa altura em que as mentalidades ainda não eram das melhores nem mais desenvolvidas. Se actualmente ainda existem guerras, lutas e conflitos com a sociedade marcadamente 'pacifista' que possuimos ou damos a imagem de possuir, quanto mais no passado.

Para além disso, eu defendo que o povo japonês já sofreu bastante com as duas bombas atómicas em Nagasaki e Hiroshima. Não importa o que os seus antepassados tenham feito, já passou. O que interessa é seguir em frente, pois se vivermos constantemente agarrados e vidrados no que já aconteceu, nunca seremos capazes de seguir em frente e caminhar por algo melhor.

O difícil é tentar explicar isso a alguém que tenha vivido na altura da II Guerra Mundial, que viu as suas famílias serem desfeitas, o seu país num caos total, insegurança por todo o lado e ainda em algumas zonas tentarem impor as pessoas a falarem japonês em vez de mandarim/dialecto da região. Mesmo as pessoas que não viveram directamente na época, com todos os relatos dos pais/avós e tantos documentos, filmes, novelas, etc., é lhes apelado a paixão que sentem pela pátria. Especialmente quando se começa a pensar desta maneira, a cultivar este ódio desde novo quando as crianças ainda não têm um espírito crítico aguçado e passarem a sua vida a acreditar em tal, é difícil depois arrancar-lhes isso.

A geração atual tenta ao máximo lutar contra isso. Existem imensos chineses que adoram o Japão e a sua cultura, que vão para lá estudar/trabalhar/viver e o oposto também ocorre, japoneses que admiram a cultura chinesa. Enquanto que há 8~9 anos atrás houve um escândalo quando uma celebridade chinesa saiu para a rua toda vestida com bandeiras do Japão (penso que era a t-shirt + calças ou algo do género), ela foi literalmente forçada a pedir desculpa e a sujeitar-se à humilhação do público por algo que não infringiu lei nenhuma nem tem nada de humilhante. Hoje em dia já seria difícil de ocorrer algo do género. São as gerações mais novas que podem tentar alterar o modo como se vive e como se pensa.

As tensões voltaram a aguçar quando foi a disputa pelas Ilhas Senkaku. Em chinês, Diaoyu.

1- Em documentos históricos chineses, o mais antigo data da era Ming. Em 1556, Hu Zongxian definiu uma área de linha de defesa contra piratas, e neste incluiu as ilhas. No mapa criado nessa época, incluiu-as como um arquipélago da região costeira de Fujian (China).

2- Em 1785, Shihei Hayashi faz um mapa e descreve essas ilhas como território chinês. Um dos argumentos utilizados pelos chineses para reivindicar a posse do arquipélago.

3- Em 1881 o Japão define o arquipélago como parte da província de Okinawa, que foi anexada em 1879, mas só a anexa oficialmente em 1895 durante a guerra sino-japonesa.

4- Após a Segunda Guerra Mundial, foi definido que o Japão deveria devolver todos os territórios ocupados militarmente.

5- O governo japonês deu a posse de algumas ilhas à família Koga, que a ocupou até a segunda guerra mundial, que fez grande negócio com a matéria prima encontrada no arquipélago.

6- Em 1919, um navio chinês naufraga na região, e os seus tripulantes são socorridos pelo prefeito da cidade de Ishigaki, que no ano seguinte (1920) recebe uma gratificação do cônsul chinês, que no texto escreve o nome das ilhas Diaoyu com endereço japonês.

7- Em 12 de outubro de 1968, a ECAFE (UN Economic Commission for Asia and the Far East) inicia pesquisas submarinas na região, que dura até 29 de novembro, dando sinais de que a região seria rica em gás e petróleo. Então a partir do ano seguinte, a República do Japão e a República Popular da China começam a reivindicar a posse do arquipélago.

8- Em 9 de abril de 1971, os EUA declaram a devolução do arquipélago Ryukyu (incluindo as ilhas Diaoyu) ao governo japonês, e que o problema da posse deveria ser resolvido entre as partes envolvidas.

9- Em 2012, foi anunciado que o Japão pretende nacionalizar as ilhas.

Foi aí que surgiu uma nova onda de protestos pela China, tentando defender que as ilhas lhes pertenciam e que não deviam ser nacionalizadas pelo Japão. Este responde de volta, e é outra discussão desencadeada. Aí são relembrados outra vez os massacres que os japoneses cometeram e o povo chinês revolta-se quase contra eles, afirmando que a ilha pertencia à China inicialmente e que tinha sido, de certa forma, saqueada após a II Guerra Mundial. E como o assunto da Guerra é especialmente sensível para ambos os lados, continuavam nesta luta incessante.

Agora que as tensões entre a Coreia do Norte e os EUA parecem estar "em alto", este assunto já ficou mais posto de parte, por enquanto. Mas ainda ninguém se esqueceu, e se mais algum acontecimento levantar esta disputa novamente, penso que tudo pode acontecer. São dois países com posses, economias fortes, e pessoas malucas para tudo. Eu que o diga!

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2º Grande Guerra ditou as coisas desta forma.. e quem conhece sobre a Unit731 sabe o que realmente se passou durante esse período.

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Como a minha mãe costuma dizer "esta gente só sabe andar em guerra!".

A guerra gera muito dinheiro. E há pessoas que, lamentavelmente, só vêm o dinheiro e esquecem-se de todo o sofrimento e devastação que causa.

Eu já li uma notícia de uma criança japonesa que foi maltratada (mais no sentido psicológico) pelo primo chinês quando o foi com os pais à China. Tenho a sensação que as gerações mais velhas fazem questão de não deixar esquecer o passado.

Falta ao ser humano (seja qual for a cultura e a nacionalidade) a capacidade de saber seguir em frente e aprender com os erros e perdoar no sentido geral... (geral, porque eu, mas isto sou eu, não sou capaz de perdoar uma pessoa que me magoe, mas isso não tekm nada que ver com a cultura dela ou com as decisões dos familiares dela... <.<)

Quanto à disputa das ilhas... mais uma vez... ganância. Acho que o melhor era deixarem as ilhas como estão, "sem dono"! A fauna e flora dessas ilhas agradecem!! Preocupam-se com coisas sem sentido quando se devem preocupar com o bem-estar dos cidadãos.

(nota: esse rapaz chinês com que eu falei até falava bem português! Era tímido, mas super fofo!! E tinha um mini mini bigode tão cutchi-cutchi!!! xD lol)

Editado por Mira

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Desculpem por não ter escrito nada durante alguns dias, andei ocupada com testes e só hoje tive um mini descanso para vir aqui escrever qualquer coisinha. Sendo o assunto da Educação um dos assuntos que eu mais gosto de discutir, tentei juntar duas perguntas e respondê-las de forma mais completa que consegui. Espero que gostem e que vos seja esclarecedor. (:

“Os asiáticos têm todos excelentes notas?” 亚洲人的成绩都很优秀吗? + “Como é a educação nos países asiáticos?” 亚洲国家的教育是什么样的?

Não. Nem todos os asiáticos têm excelentes notas. E por excelentes notas, vamos entender algo acima de 85% vá (embora para a minha mãe tudo o que seja abaixo de 90% é inaceitável, já ficam aí com um desconto).

Existem muitos asiáticos que, ao saírem da China/Japão/Coreia, e por se encontrarem já na fase da adolescência (desde os 13 anos, por exemplo), vêem como a saída do continente como uma «fuga» ao estilo de vida anterior, particularmente difícil e pouco desejável para qualquer pessoa. Assim, decidem aproveitar os anos que não puderam aproveitar quando estiveram a estudar em "regime asiático" e decidem não estudar nada e andar por aí a divertirem-se. Depois com a aprendizagem de uma nova língua, totalmente desconhecida e quando a sua 1ª língua é oriental, perdem qualquer tipo de interesse em se dedicar à escola.

Aplicando o caso a Portugal, já que nunca vivi noutros países da Europa, o ensino cá é mais descontraído comparado à educação chinesa. Exemplos concretos: quando estudei o 1º ano da escola primária na China, aprendemos nesse mesmo ano as operações da adição, subtracção, multiplicação e divisão. Eu levava fichas de exercícios misturados para fazer em casa, ora tínhamos uma conta para somar, depois outra para dividir e outra para multiplicar, era tudo totalmente aleatório e tínhamos ainda de cronometrar o tempo que demorávamos a completar cada ficha e anotar ao lado o que demorávamos. Está claro que era tudo de cabeça e o uso de calculadoras era extremamente proibido (para além de que uma criança do 1º ano que não recorra a calculadoras regularmente seria mais lenta a fazer as contas). No dia seguinte levávamos à escola para mostrarmos ao professor e ela organizava os papéis desde o melhor resultado (quem era mais rápido) até ao pior (quem era o mais lento).

Fazíamos também isso durante as aulas, com um professor de olho para ver se não fazíamos batota e acabava também por anotar as notas dos alunos, de modo a usá-los como comparação quanto aos trabalhos de casa (um aluno que na aula demore 4 minutos e quando chega a casa demore milagrosamente 1 minuto, seria bastante suspeito).

Também decorávamos textos inteiros que estudávamos, letra a letra (neste caso, caracter a caracter) e recitávamos nas aulas com expressividade para a turma nos avaliar. Quem se esquecesse de qualquer coisa, sentiria-se humilhado. Lembro-me de ir para a escola de bicicleta e no caminho ir decorando os textos para me certificar de que não me esqueceria de nada. De que é que serviriam estes textos no futuro? Rigorosamente nada. A quantidade de textos que nos mandavam decorar era praticamente o livro todo, e após estudarmos um texto e passarmos para o seguinte, o anterior seria esquecido. O propósito principal não seria decorar o texto e o seu conteúdo, mas sim treino de memória. Durante esse único ano que lá estudei, exercitei a minha memória de criança de tal modo que nunca mais cheguei a fazer o mesmo quando cheguei. Actualmente gozo de uma boa memória, que me tem ajudado a safar-me bem na escola, mas recuso-me a admitir que tudo isto se deveu aos exercícios de treino de memória a que estive sujeita quando tinha 5-6 anos.

É uma competição extremamente feroz entre os alunos. Os melhores alunos recebem lenços vermelhos (o que nós chamamos de 红领巾) e devem levá-los sempre ao pescoço como sinal de mérito quanto às notas, para além de ser exemplar noutros aspectos como a boa educação, dar-se bem com os colegas, etc. Lembro-me de ter uma dessas, sendo que apenas 5 alunos da minha turma (e nós éramos 50 ao todo) durante o ano inteiro conseguiram obter. Os piores alunos muitas vezes levavam com livros em cima da cabeça e raspanetes. Para quem via o Doraemon e se ria do Nobita, por tirar sempre 0 a tudo e ser um desastre a todas as disciplinas, existiam Nobitas na minha turma. Esses que tiravam notas negativas (sendo que 60% é que corresponde ao limite mínimo da positiva e de 59% para baixo é tudo nega) eram quase sempre deixados para o fim, e os professores gostavam sempre de chamar os alunos com as melhores notas primeiro. Faziam questão de anunciar bem claro à turma quem tinha sido a melhor nota e quanto tinha tirado, assim como a pior nota.

O meu primo, que tem a minha idade (ou seja, está no 11º ano) e estuda em Beijing conta-me que no liceu prestigiado onde ele anda (ou seja, naquela escola a entrada é dada exclusivamente por notas, e são notas a nível regional/municipal) e que os 2000 alunos do liceu dele têm de fazer regularmente umas espécies de testes intermédios internos, de todas as disciplinas, e que afixavam as notas dos alunos e a sua respectiva ordem na entrada da escola. Todos os alunos são ordenados por ano, e o meu primo chega a 134º dentro de 500 alunos do ano dele, pensando que é péssimo e agora fica as poucas férias que ele já tem a estudar e a rever.

Fomenta-se imenso a competitividade entre os alunos dentro de uma escola, entre escolas, entre municípios, entre cidades, entre regiões e por aí diante. Os alunos são forçados a crescer neste ambiente de constante ferocidade e aquele desejo de ser “o melhor”. É claro que o brio pessoal e a exigência são importantes num aluno, mas levado a níveis extremos, chega a ser ridículo. E depois espantam-se com os níveis altos de alunos que desistem da escola para ir trabalhar, dos alunos que não aguentam com a pressão, dos alunos que até se suicidam por depressão ou acumulação de stress.

Sempre que eu me queixo que vou ter exames nacionais e “epah não me está a apetecer nada”, a minha mãe vem me logo dizer “Tu não te queixes que quando eu fiz o 12º ano, fiz 7 exames nacionais em 3 dias consecutivos e ainda estou cá”. E o pior de tudo é que ela nem me está a mentir e que actualmente o sistema mantém-se. As notas dos alunos não são como aqui, onde os exames nacionais têm uma determinada % de peso na nota final para aceder à faculdade (tirando os que anulam a matrícula). O estudo de 3 anos inteiros, para um estudante chinês, baseia-se totalmente em 7 exames feitos em 3 dias. Estes 3 dias que irão determinar o rumo das suas vidas para sempre, dado que a nota total que obtiverem nos testes (a soma das pontuações) será oúnico e exclusivo critério para eles entrarem na faculdade ou no curso que queiram. Se lhes correr mal e serem alunos habituais de 90% e de 100% e saírem com uma nota baixa, azar.

Todos os dias agradeço por não ter de estudar desta forma.

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7 exames em 3 dias ... Que tortura

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Acho o método de ensino baseado na "humilhação" (e desculpa se for uma palavra muito forte, mas não estou a conseguir encontrar um sinónimo neste momento -> o meu cérebro hoje está meio derretido) um método horrível e cujos resultados finais "são falsos"

 

Induzir em crianças que têm de ser o número um, na minha opinião, só vai levá-las a um grau enorme de infelicidade. 

Eu só posso comparar com alguns colegas meus (e é uma comparação que não dá para comparar, porque como disseste são sistemas de ensino diferentes), mas continuando:

 

Havia na minha escola um rapaz que queria ser o melhor em tudo, tinha de ser o melhor de todos na escola e ter as notas mais altas (o verdadeiro objectivo: não sei qual era!). Até que decidiu que ia ser médico por ser uma carreira de prestigio e importante na sociedade. A partir desse dia submeteu-se ele próprio a uma pressão tal que só estudava e nos testes e exames as notas não eram assim tão boas. Eram médias. E antes dessa fase de auto-pressão ele estava no quadro dos melhores alunos.

 

Cada um deve estudar como gosta, criar os seus métodos, não digo que o sistema de ensino português seja o melhor, porque tem falhas, mas acho que ajuda os alunos a desenvolverem métodos de estudo.

A existência de pressões externas, e no grau que referiste, na minha opinião só tem o efeito oposto ao pretendido.

 

E todo o futuro depender de um simples exame final???? Então todo o esforço durante aqueles 3 anos acaba por não ser recompensado...

 

Eto... eu hoje não estou muito boa para análises... mas acho que é preciso pensarmos mais nos sentimentos dos outros antes de tomarmos decisões, e isto em todo o mundo!!

Editado por Mira

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Acho o método de ensino baseado na "humilhação" (e desculpa se for uma palavra muito forte, mas não estou a conseguir encontrar um sinónimo neste momento -> o meu cérebro hoje está meio derretido) um método horrível e cujos resultados finais "são falsos"

 

Induzir em crianças que têm de ser o número um, na minha opinião, só vai levá-las a um grau enorme de infelicidade. 

Eu só posso comparar com alguns colegas meus (e é uma comparação que não dá para comparar, porque como disseste são sistemas de ensino diferentes), mas continuando:

 

Havia na minha escola um rapaz que queria ser o melhor em tudo, tinha de ser o melhor de todos na escola e ter as notas mais altas (o verdadeiro objectivo: não sei qual era!). Até que decidiu que ia ser médico por ser uma carreira de prestigio e importante na sociedade. A partir desse dia submeteu-se ele próprio a uma pressão tal que só estudava e nos testes e exames as notas não eram assim tão boas. Eram médias. E antes dessa fase de auto-pressão ele estava no quadro dos melhores alunos.

 

Cada um deve estudar como gosta, criar os seus métodos, não digo que o sistema de ensino português seja o melhor, porque tem falhas, mas acho que ajuda os alunos a desenvolverem métodos de estudo.

A existência de pressões externas, e no grau que referiste, na minha opinião só tem o efeito oposto ao pretendido.

 

E todo o futuro depender de um simples exame final???? Então todo o esforço durante aqueles 3 anos acaba por não ser recompensado...

 

Eto... eu hoje não estou muito boa para análises... mas acho que é preciso pensarmos mais nos sentimentos dos outros antes de tomarmos decisões, e isto em todo o mundo!!

Sim, eu também concordo plenamente. As pessoas deveriam estudar por gosto e interesse pessoal, isso seria o mais desejável. Porém, é impossível dado que cada um tem os seus gostos e aptidões e muitos nem levam os estudos minimamente a sério. 

 

A pressão para os alunos existe já na própria sociedade chinesa. Como muitos devem calcular, mesmo com a política do filho único, ainda existem demasiadas pessoas para o número de ofertas/oportunidades que existem. Logo, vão treinando as crianças desde uma idade muito precoce para ser melhores do que as outras, para que possam sobreviver num meio tão feroz e competitivo. A filha de um dos meus primos tem apenas 3 anos e já anda a ter aulas de inglês, desenho, piano, etc. Pretendem descobrir as suas capacidades desde muito cedo para as poderem desenvolver e mais tarde usarem isso em seu favor. 

 

Pois é, o resultado de 3 anos não se reflecte minimamente nuns exames de apenas 3 dias e nesse aspecto estou de acordo com o sistema português. Os exames nacionais são importantes, sim, até certo limite. O que é mais determinante são as médias do secundário, pelas quais o aluno foi lutando e merecendo ao longo dos anos e não uma nota de apenas 3 dias. 

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I'm still alive ! Andei ocupada com testes e tal, mas consegui tirar um tempinho para escrever qualquer coisita. 


 


 


"Os pais asiáticos são todos ridiculamente severos e exigentes?" 亚洲父母都非常严肃吗?


 


 


Não. Divido os pais asiáticos em 3 grupos: extremamente exigentes e severos (a grande parte) , moderadamente exigentes e severos (alguns) e os que se estão nas tintas para as notas dos filhos (muuuuuuuito poucos). 


 


Em que categoria andam os meus? Dois grupos diferentes. A minha mãe é daquelas mães asiáticas extremamente exigentes e severas quando se tratam de notas, exigindo sempre que eu tire acima de 18 em tudo. Eu percebo que ela só queira isto para o meu bem, e como as minhas notas estão dentro do aceitável para ela, não me costuma chatear muito. 


 


Contudo, se eu quiser ir sair com os meus amigos ou simplesmente me divertir, ela deixa e incentiva. Desde que não influenciem as notas, that is. Semanas em que não tenho muitos testes ou que tenha a possibilidade de sair e ainda ter tempo para estudar, ela deixa. O problema é quando são os "exames nacionais". Os chineses têm uma imagem bastante negativa acerca da palavra "exame" e levam sempre isso como algo extremamente importante e, 2 meses antes dos exames nacionais, a minha mãe já me dizia "olha lá tu não vais a nenhum evento que tens de estudar pos exames", e lá ia eu convencê-la. 


 


Ao contrário do que muita gente pensa, os pais chineses não desejam ter uns filhos "cromos" que só saibam marrar e tirar boas notas. Também esperam que os filhos tenham uma vida social activa, com amigos e outras aptidões como responsabilidade e trabalho em equipa, etc. É por isso que a minha mãe desde o 6º me deixa ir jantar fora quando são jantares de aniversários de amigos. Existem pais chineses que eu conheça que só deixam muito mais tarde. Porquê? Não sei bem o que vai na cabeça deles, mas lá têm os seus motivos. 


 


O meu pai, contrariamente à minha mãe, é mais relaxado. Nas suas próprias palavras: "Epah desde que não tires negativa, tasse bem." <- isto sim é um pai chinês descontraído. E claro que depois de ele dizer estas coisas a minha mãe olha para ele como se tivesse a enunciar blasfémias. E começam a discutir sobre qual dos dois tem razão. E eu fico ali no meio. E depois não se chega a nenhuma conclusão. 


 


Acerca ainda dos pais exigentes. Uma mãe de uma amiga minha nunca a deixa sair para nada, especialmente se for depois da hora de jantar. Nunca vai a jantares de amigos, festas de aniversário, eventos, etc. Praticamente nada. A sorte da mãe é que ela é super amorosa e obediente, nunca gosta de deixar as outras pessoas mal. Se fosse eu, com o meu temperamento terrível e insuportável, já nem sei quantas vezes teria saído às escondidas ou quantas discussões e batalhas teriam ocorrido dentro das quatro paredes. 


 


Estes pais costumam querer todos que os seus filhos sejam médicos ou estudem Ciências. Verdade seja dita, os chineses também têm muito em mente aquela ideia do "Ai e tal os médicos são todos ricos..." Não digo que não seja uma profissão de mérito, muito pelo contrário. Eu se não fosse menos dotada para Física/Química do que os comuns dos mortais, teria como um dos primeiros objectivos entrar para Medicina. Claro que esta luta poderia sair meio frustrada, mas como não estou em Ciências , não faço a ideia. Estou bem onde estou, de qualquer forma. Apenas têm uma ideia muito fixa e depois os outros cursos são muito menosprezados "Nem penses que vais estudar Artes... ou Desporto...". Só para os convencer (a ambos) para me tentarem apoiar na minha escolha, que é a área onde me interesso mais e assim tenho melhor desempenho, para além de que é onde me insiro. Simplesmente isso, fez com que eu e os meus pais discutíssemos durante um ano (quase) inteiro e no fim quando me inscrevi lá para o curso o meu pai ainda mostrava grande descontentamento. Agora já estão melhores, aprenderam, com o tempo, a aceitar as minhas decisões pessoais.


 


Os pais moderadamente exigentes: como o nome indica, estes pais asiáticos acham admissível e aceitável os filhos tirarem notas entre os 70%~80% sem grandes choques nem grandes chatices. Compreendem que isto aqui não é a China, os filhos não estão em constante regime de competição nem de luta uns com os outros e que um 70% é boa nota, dependendo das capacidades de cada um e do esforço exercido. 


Estes pais são realmente raros de encontrar, tirando o meu pai, não conheci mais nenhum até agora. Só que ele diz que é assim que pensa e tal, mas se eu tirasse mesmo positivas à rasca nos testes todos, ainda levava uma bela chapada na cara a ver se não aprendia a estudar mais. Eles não acreditam nunca que os filhos "não conseguem", simplesmente "não trabalham o suficiente" ou "não se estão a esforçar". Mentalidade de chinês.


 


Por fim, os pais que não querem saber das notas dos filhos. Conheço um casal assim e, infelizmente, não se destacam muito pela positiva. Eles preocupam-se mais em comprar malas da Louis Vuitton, Gucci, Chanel e a conduzirem carros de topo gama do que a darem a devida atenção aos filhos. Se os filhos tirarem boas notas, ainda melhor , menos para se preocuparem. Se tirarem más notas, culpabilizam em tudo menos na própria criança "ah a culpa deve ser do professor." depois, é culpa da escola, depois das escolas todas do país e mais tarde do ministério. No fundo, é sempre culpa de toda a gente. Assim, sabendo que os filhos não superam os filhos dos outros pelas notas, mimam-nos com objectos materiais para estes não se sentirem mal quantos aos outros, aliás, até se acharem superiores por terem essas coisas todas. O filho mais novo do casal, para aí com 12 anos, uma vez "obrigou" o pai a devolver um portátil Mac Pro de volta à loja só porque "o pai andou lá a mexer e eu só aceito coisas novas. Isso para mim já é 2ª mão e eu recuso-me a usar isso", nas próprias palavras. 


Vontade de dar chapada no miúdo, mas isso devia caber aos pais de fazer. Em vez disso, não impõem qualquer tipo de respeito e ainda satisfazem todas estas manias estúpidas à criança. Enfim, quem sou eu para julgar os filhos dos outros? 


 


Para concluir (que isto está a ficar um texto mesmo gigante):


 


Uma verdade quase universal para todos os pais asiáticos não importa em que grupo se encontram: não deixam os filhos namorar até entrarem para a faculdade. Uns até depois disso. 


Editado por Hara
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Falas em batalhas e eu imagino os filmes do Jackie Chan.
joke :P

Pah, isto que vou dizer, se me conhecessem achariam que tava a gozar, mas curtia que os meus pais tivessem sido mais severos em relação ao meu desempenho escolar, não teria metade dos meus problemas de agora.

Sobre a cena do ser médico, agora nas novas gerações penso que nem tanto, mas certamente tal como eu haverá aqui ppl que teve uma mãe ou uma avozinha que mandava aquela cena do "gostava é que quisesses ser rico médico". Em Portugal uma pessoa que fosse professor, arquitecto ou médico teria muito prestigio social e era sinónimo de sucesso. 

 

Rematando, acho que um dos problemas de Portugal é só ser conservador em merdas fúteis.

 

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Os meus parabéns Hara, realmente temos aqui um tópico excelente mesmo, melhor tópico do anime portugal em anos, :P

Fico à espera de mais!! :) 

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Permite-me que te invada o tópico Hara, mas vi isto hoje e achei que ficava bem aqui.

 

Scan duma pagina do jornal 'metro' de hoje, que fala sobre os exames na China.

 

csKpY8N.jpg

 

Escreve uma composição de 800 palavras...

 

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Nossa... são mesmo exigentes os exames...

 

A sociedade em geral (portuguesa, chinesa e mundial) precisa perceber que não podemos ser todos médicos ou engenheiros. É preciso manter os outras actividades vivas que são tão importantes para a sobrevivência de todos quanto os médicos ou os engenheiros....

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Update \o 

 

RuOkami: "Mas falaste que tinhas uma família conservadora, mas impõe-te hábitos ou apenas tentam que tenhas uma postura mais "tradicional"? E vivendo tu entre 2 culturas distintas, qual é o impacto disso em ti?

 

A minha família é apenas conservadora em determinados aspectos mais polémicos que estão a ser discutidos actualmente; Não é demasiado protectora nem defende o machismo nem nada do género. Apenas como os meus pais cresceram numa época diferente e, por sinal, num local com uma mentalidade muito menos aberta a novas ideias ou convicções que possam chocar com a "normalidade" estipulada por eles, já estão habituados a pensar de uma determinada maneira. 

 

Por exemplo, eles têm grande dificuldade em aceitar os homossexuais como pessoas como quaisquer outras. Não é uma questão de "mudar a forma de pensar", é apenas a maneira como eles foram educados/o sítio onde cresceram que lhes deu a entender que algo como a homossexualidade não deveria ser aceite pela sociedade. Nem é o pensamento do género "ah se eles estiverem na deles e não se meterem/me chatearem, que fiquem na deles e é na boa" , apenas se recusam a olhar para eles de forma diferente ou da forma como eu olho, por exemplo. 

 

Os meus pais sabem perfeitamente que eu sou defensora dos direitos dos homossexuais e deles poderem adoptar crianças; que não sou racista de todo e que defendo a igualdade de todas as raças não importa o que for (o qual eles também não concordam, infelizmente.), que defendo o uso legal de certas drogas leves em casos específicos (por esta pensaram que eu tinha algum problema mental grave), e conhecendo-me bem, sabem também que sou teimosa e podem-me tirar tudo menos as minhas convicções. 

 

Sobre a questão dos hábitos, os meus pais são mais ou menos exigentes com a minha postura em geral em todo o lado. Se eu curvar as costas quando estou a andar ou quando estou sentada, a minha mãe diz logo para me endireitar, onde quer que estejamos (na rua, com amigos, em casa), se eu fizer algo que eles achem "inadequado" segundo o código de etiqueta também ficam muito chateados comigo. Se alguém fala demasiado baixo, dizem que parece um mosquito a falar e que é desagradável; Se alguém fala demasiado alto, dizem que é mesmo "saloio" e que não percebe de boa educação. Os chineses têm demasiado em conta a imagem que transmitem aos outros e o que os outros poderão pensar acerca deles, apesar de eu não ser bem assim. 

 

Não tenho a certeza se com o "tradicional" te estavas a referir ao que eu acabei de descrever. XD Se não for, diz-me que eu respondo outra vez, mas agora a responder sobre aquilo que estavas a pensar! 

 

O maior impacto que eu sinto é tentar fazer com que os meus pais compreendam algo que outros pais (neste caso ocidentais) possam ter mais facilidade em compreender. Por exemplo. Muitos dos pais portugueses acham que é perfeitamente natural o seu filho/a arranjar um/a namorado/a durante a adolescência e que aquilo não acabe em nada de especial; ter uns desgostos amorosos aqui e acolá; faz parte da vida, inclusive. Os pais chineses (e desta vez falo por todos, porque é socialmente aceite desta forma) acham isso tudo errado. Namorar na adolescência? Nem pensar! Antes de entrar para a faculdade, o dever de um aluno é se concentrar SÓ nos estudos e apenas nisso. Namorar e depois os desgostos e os problemas distraem muito do "grande objetivo" dos filhos: estudar. Depois de entrar numa boa faculdade e ter mais ou menos algum ritmo de trabalho, aí é que podem começar a namorar (isto segundo os meus pais). Eu bem tento explicar e dizer que não deveria ser assim na minha opinião, mas eles teimam em continuar a pensar dessa forma. 

 

De resto, são pais como quaisquer outros, preocupam-se comigo e pensam sempre que fazem as coisas pelo meu bem e seriam incapazes de fazer algo para me prejudicar ou assim. . 

 

"É verdade que todos os chineses sabem artes marciais hardcore e que devia de passar para o outro lado da rua se visse um zangado?"

 

Não! Pelo contrário, os chineses às vezes têm uma cara zangada porque o dia lhes correu mal, outros nascem com uma expressão já meio duvidosa, no entanto, seriam incapazes de se meterem com alguém maior do que eles (em tamanho) ou que esteja a andar na rua e que não tenha nada a ver com o assunto (porque isso estragaria a sua imagem/reputação). Os chineses que tenham tido mesmo treino a sério de artes marciais são muito poucos, e os que andarem em Portugal ainda menos (dado que aqui não há templos Shaolin onde deixar as crianças para aprenderem as artes marciais), por isso... Até agora ainda não conheci nenhum que tenha andado nas artes marciais por cá. 

 

Agora, como é andar à porrada com um chinês... Não faço ideia, nunca precisei de tal. c: 

 

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Agora, como é andar à porrada com um chinês... Não faço ideia, nunca precisei de tal. c: 

 

lolololol xD

 

Quanto à primeira parte, não são só os teus pais que pensam assim. 

Os meus pais também não concordam com a adopção por casais homossexuais e o meu pai também não concorda com o casamento.

É tal como disseste, tem muito a ver com a educação e a época em que receberam toda a "sua formação de valores". Estas são de longe as palavras certas, mas não consigo descreve de outra forma pelo que passo a explicar... os meus pais nasceram e foram criados no Alentejo mais conservador e mais pobre da era Salazar, onde tiveram uma educação rígida e com alguma influencia da religião católica (mas pouca, tanto que o meu pai só vai à missa em casamentos e convívios de ex-combatentes xD). Naquela época estas coisas eram mal vistas (ou nem eram vistas sequer) e, talvez por isso, hoje não aceitem tão bem certas coisas.

 

Pode não parecer, mas a educação que se recebe nos primeiros anos de vida vai determinar de forma impiedosa a maneira de ser de cada um...

 

 

 

Gostei do post! :)

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i'm still alive

 

 

 

 

セイバー: "Que opinião ou relacionamento existe perante o povo tibetano com a população chinesa ? Se é apenas um problema político ou abrange socialmente. Visto que pela numeração gigante do país posso apenas perguntar por onde viveste ou se isto é algo ainda discutido por fóruns e blogs e de público em geral!"

 

 

Acho este tema extremamente interessante para ser debatido aqui, já que infelizmente não se pode fazer tal na China. |: A censura é de tal forma rigorosa que nunca ninguém costuma falar de tal por aqueles lados. Ou se falarem, terá de ser algo entre as palavras de "Ah sim, o Tibete pertence à China". A população sofreu de tal forma uma formatação cerebral, mais a falta de acesso à informação crítica e objectiva por lá causou a assimilação pela grande maioria de que o Tibete fazia parte da República Popular da China, e que o Dalai Lama era malvado. Este problema deixou de ser de vertente política e passou a influenciar bastante a forma a sociedade inclusive.

 

Quando perguntei à minha mãe sobre o que ela sabia do assunto, apenas me disse: "Para nós o Tibete é como a R.A. da Madeira para Portugal. Simplesmente faz parte de nós. E o Dalai Lama é mau, não quero que leias coisas dele.". Fiz esta pergunta porque no dia tinham-nos exibido uma biografia não-oficial do Dalai Lama na escola que me chocou com a brutalidade com que mostraram as coisas, e embora eu ache que tenham exagerado ligeiramente com o intuito de retratar a China como "o mau da fita", esta contribuiu totalmente para que fosse vista dessa forma, pelo que não tem motivos para se declarar como vítima. Este assunto deixou de ser puramente a ver com o tempo; já que actualmente ainda os jovens são levados a pensar da mesma maneira com a pressão da educação e da política.

 

Assim, posso dizer que dentro dos limites da R.P.C (excluindo áreas como Taiwan, Macau, Singapura, etc. pois destas não tenho a certeza) a censura é forte e difícil de contornar. Se poderão ser faladas em blogs e fóruns, talvez. Mas depende do conteúdo que disserem, pois opiniões que entrem em oposição à do Estado quase de certeza que serão apagadas imediatamente.

 

  A relação entre o povo tibetano e o chinês é efectivamente conflituoso e muito difícil de se resolver, já que após a ocupação chinesa do Tibete foram enviados um número enorme de camponeses chineses para lá com o intuito de "se misturarem" com os de origem tibetana, embora desmintam tal facto. Acho deplorável que o Dalai Lama tenha de viver em exílio e que seja retratado da forma que é, quando traz consigo mensagens de paz para as pessoas.

 

 

 

(se este post for apagado já sabem que foi a PIDE chinesa e eu provavelmente irei tornar-me numa presa política)

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(se este post for apagado já sabem que foi a PIDE chinesa e eu provavelmente irei tornar-me numa presa política)

 

Prometo defender-te à espadeirada se isso acontecer. Agora a sério, interessante o retrato que fazes da censura chinesa, segundo sei lá até o facebook ou o twitter é proibido.

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Não uso o Twitter, mas em princípio vou lá voltar no próximo Verão e posso experimentar sem problemas. :v O facebook fica em eternal loading , já que há tantas páginas a dizerem "I HATE CHINA" e como é de tal forma vasto, é praticamente impossível controlar tudo e de tantas línguas. É por isso que os chineses se limitam muito a redes sociais como o QQ 空间 (QQ Kongjian) e 微博 (Weibo) , tudo de empresas chinesas e que possuem mais adesão lá na RPC do que noutros países e tudo maioritariamente em mandarim, pelo que é mais fácil de se controlar a informação.

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{Double-post necessário} 

 

Como alguns podem ter reparado, fiquei sem assuntos/perguntas na página inicial para responder. Estejam à vontade para propor algum tema em que estejam particularmente interessados (ou até vários).

 

O próximo post que estou a planear será um vídeo a explicar os padrões de beleza asiáticos (para as pessoas), que são rigorosos e um pouco diferentes. Achei que só escrever não daria uma imagem concreta acerca daquilo que quero tentar mostrar, por isso o próximo já sabem o que será. \o 

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