Raidho Okumura

Suicidio

44 mensagens neste tópico

Normalmente quem se suicida ou pensa em se suicidar tem muitos problemas na vida, mas na minha opinião matar.se não resolve nada é só uma escapatória de todos esses problemas, pois quem põem termo a sua própria vida assim não teve coragem para enfrentar esses problemas.

Por maiores que sejam os problemas devemos enfrenta.los, fugir nem é uma opção.(imo)

Editado por AlivE
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Por vezes basta um simples amor terminado para levar a uma pessoa a "atira-se da ponte abaixo". Tudo depende da pessoa o do nível social que ela leva, se tem poucas pessoas para desabafar então vai ter mais força para lidar com a situação.

Infelizmente ou felizmente, não somos todos iguais e há sempre pessoas que reagem da melhor ou pior maneira, por vezes levam um problema ao extremo e bom lá fazem o impensável.

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o Suicidio na minha opinião é um estado mental que chegas em que já não encontras nenhuma solução para os problemas que tens de enfrentar, e como andas sempre a pensar nesses problemas crias "tipo uma obsessão" por eles o que te pode levar a um mini estado de loucura por não conseguires passar esse obstáculo. Cada pessoa tem limites para conseguir chegar a esse estado (todos diferentes mas no fundo todos iguais), e depois se tas muito obcecado com isso outros problemas menores parece um bicho de 7 cabeças e depois e como uma bola de neve, mais contexto económico, social e por ai adiante.

Nunca é solução o suicidio, mas é preciso mesmo muita coragem para chegar a esse extremo que não e facil chegar a esse fim.

Em relação a eutanasia sou a favor porque na minha opinião não é vida para ninguem estar em uma cama de hospital em estado vegetal a ser alimentado por maquinas em que não a volta a dar. Isso na minha opinião não é viver.

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Tenho tendências suicidas desde os 11 anos de idade (hoje tenho 21 anos). É algo muito complexo e muito triste. Já vi vários documentários sobre o assunto e identifico-me quase sempre com o que as pessoas (cientistas, psicólogos, vítimas e seus colegas e familiares) dizem sobre o assunto. É extremamente triste quando uma pessoa chega ao ponto em que a morte passa a ser a única saída. O suicídio passa primeiro por ser uma ideia esbatida na nossa mente e lentamente passa para primeiro lugar e que quando nos apercebemos disso, já é tarde demais para sozinhos de um momento para o outro deixarmos de pensar nisso. Somos incapazes de nos lembrar nas coisas boas que temos e que nos acontecem (amigos, ambições, desejos, etc) e só conseguimos lembrar-nos de coisas más (traumas, azares, defeitos, medos, etc). A pessoa tem sempre noção de que está deprimida mas isso não é suficiente para ultrapassar essa fase negativa. É como se estivéssemos no meio de uma tempestade torrencial: chove-nos em cima com toda a força, estamos encharcados, cheios de frio, agachados sem nos conseguirmos mexer e à nossa volta há um nevoeiro imenso, composto por todas as coisas más que nos amedrontam, que nos impedem de ver o que há para além dele, ou seja, as coisas boas que nos fazem querer viver. E se na teoria sabemos isto, quando nos deparamos nessa mesma situação esquecemos tudo, excepto os fantasmas que residem no inconsciente de cada um.

Neste momento, é impensável cometer suicídio mas amanhã... não sei. Isto caracteriza uma pessoa com tendências suicidas porque alguém que não as tem simplesmente diz "o suicídio é uma estupidez". Percebo porque dizem isso mas é algo bem mais complexo. Entre todas as pessoas que já tentaram cometer suicídio (independentemente de o terem conseguido ou não) , há algo em comum: antes de o tentarem, pedem ajuda. Não pelos meios normais, ou seja, dizendo claramente o que se passa (até porque na grande maioria das vezes são tantas coisas a acontecer ao mesmo tempo que a pessoa nem sabe o que se passa ao certo), desabafando com alguém mas por atitudes que, à primeira vista, não significam nada. É bastante comum encontrar desenhos ou textos elaborados por suicidas antes de acabaram com a sua própria vida com pedidos de ajuda infiltrados. Isto significa que não há suicidas porque assim querem ser, apenas entendem que não há outra saída. Não é uma questão de orgulho ou de estupidez.

As causas para o suicídio podem ser de várias ordens: problemas sentimentais, emocionais, problemas financeiros, problemas de saúde (é aqui que entra a questão da eutanásia), etc. o que impede a elaboração de um padrão suicida para o ser humano, já que cada pessoa representa um caso psicológico único.

Não sei se sabem mas o suicídio é das maiores causas de morte no Japão.

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Pessoas que já pensaram nisso ou chegaram mesmo a cometer tal acto é porque geralmente são pessoas mentalmente bem frágeis e por isso não conseguem reagir da melhor maneira aos diferentes problemas que vão surgindo aliando a isto problemas muito graves, quebram completamente,o facto de muitas das vezes ninguém reparar o que essa pessoa está a passar também não ajuda nada pois assim não existe acompanhamento psicológico e creio que uma depressão dificilmente é ultrapassada apenas pela pessoa sem ajuda de terceiros.

O Japão acho que é um dos paises com maior taxa de suicidio, penso que se deve à enorme pressão que se incute nos jovens, que têm de ser muito bons alunos que para isso têm de estudar não sei quantas horas diariamente e muitos deles não aguentam isso até porque não compreendem todo aquele esforço e questionam se vai mesmo ser útil no futuro.

Obviamente que quem pensa nisso sofre de depressão e se estiver já num estado avançado é complicado de se curar.

"Mentalmente bem frageis" Não concordo plenamente, acho que isso depende dos valores que as ditas pessoas dão as coisas.

Pessoalmente, já considerei o acto de suicídio como uma atitude de cobardia, mas agora tenho as minhas duvidas.

Não ter medo da morte, não possui a sua dose de coragem? Alguém que tem esse medo, também não é também de certo modo, cobarde?

O facto da maioria ter medo da morte, também não é o que os leva a dizer que "o suicídio é um acto de cobardia"?

Claro, muitos suicídios são feitos, de modo meio impensado, mas assim como já foi dito, a maioria das pessoas que cometeram suicídio, já o haviam tentando alguma vez, ou pensado nisso, assim sendo, não foram atitudes tomadas "ao calhas".

Eh... mas claro, "enfrentar a vida não importando as dificuldades e tal" também é coragem, mas não deixa de ter uma dose de cobardia "camuflada", o medo da morte, o medo de simplesmente cair no "esquecimento" aos poucos, é o que nós da força para continuar na maioria das vezes.

Acho que é giro dizer "Medo da morte? puffffffff achas?" Mas, não acho que no fundo a maioria não o tenha.

O que importa é a vida nos anos e não os anos de vida xD

True, quantidade não é qualidade.

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Para mim não é medo da morte é vontade de viver, sei bem que os problemas fazem e sempre vão fazer parte da minha vida e que a única maneira de os ultrapassar é continuar vivendo, não considero claramente o suicidio 1 ato de coragem mas também não sou extremista ao ponto de dizer que é um ato de cobardia, creio que ser unilateral neste caso não é o mais correto xD

Compreendo que alguns entendam como cobardia por estarem a fugir dos problemas mas essas pessoas entendem o suicidio como a única maneira de escapar a esses problemas, pensam que se continuarem vivendo vão continuar a serem atormentadas por esses problemas e perdem claramente a vontade de viver, acham que é preferivel estar morto porque não aguentam todo esse sofrimento, obviamente que nenhum problema seja de que ordem for devia ser motivador de perdermos a vontade de viver, cobardia porque estamos a fugir dos problemas?? Não concordo a 100 % com isso, para essas pessoas não existe outra maneira, consideram que não têm mais força para enfrentar esses problemas, coragem então não, quem comete suicidio podia ter medo de morrer, só que a vontade de viver perdeu para o medo de morrer.

E sim essas pessoas são mentalmente frágeis, pois normalmente não sabem lidar com os seus problemas, são frágeis porque não aceitam esses problemas, são frágeis porque não acham que são capazes de os enfrentar e de os ultrapassar...

Editado por GoldStrike
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O problema ás vezes para quem está no lado de fora, e tendo amigos e conhecidos em situações que caminham para o suicidio, é que por vezes "pedem ajuda" mas quando tentas ajudar fazem se de conas. Assim como ppl que conheço que tem amigos nesta situação mas tão se bem a cagar, só reclamam com certas atitudes mas também não fazem um esforço para entender a pessoa e a tirar do poço.

Tou a curtir de ler as cenas do Gold, no meio de tantos "xD" revela maturidade.

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só que a vontade de viver perdeu para o medo de morrer.

E sim essas pessoas são mentalmente frágeis, pois normalmente não sabem lidar com os seus problemas, são frágeis porque não aceitam esses problemas, são frágeis porque não acham que são capazes de os enfrentar e de os ultrapassar...

Concordo com o que coloquei a negrito.

Discordo então, mais uma vez com o que disseste sobre mentalmente frágil.

São frágeis, mesmo aqueles que se suicidam depois de tentarem, resolver os problemas e não conseguirem? São frágeis aqueles que, já enfrentam problemas como abusos sexuais, mal tratos pela própria família pressões de todos os géneros ao longo do dia?

É bonito dizer "Vamos enfrentar a vida! Avante muchachos! Tudo tem uma solução!" Mas a questão é: Nem tudo pode ser resolvido, porque a memoria permanece.

E mesmo que possa, a verdade é que isso depende dos valores que cada um entrega as coisas, isto é, podem se resolver de uma maneira mas que abarque mesmo assim várias consequências e para além disso, nunca é esquecido, os danos emocionais continuam.

O caso do abuso sexual por exemplo: Imagina alguém que tenha sofrido, com isso ao longo da infância e que depois conseguiu ter esse problema resolvido, mas que depois de uns anos se vê perante algo semelhante. Achas que se essa pessoa, decidir dar um fim a própria vida, por não aguentar mais, com algo semelhante ela é "mentalmente frágil"? Já não suportou bastante? Temos que suportar tudo, para sermos considerados "fortes"?

Mais uma vez, acho que é uma questão de perspectiva, não é algo onde exista um lado 100% certo (como o GoldStrike já referiu).

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só que a vontade de viver perdeu para o medo de morrer.

E sim essas pessoas são mentalmente frágeis, pois normalmente não sabem lidar com os seus problemas, são frágeis porque não aceitam esses problemas, são frágeis porque não acham que são capazes de os enfrentar e de os ultrapassar...

Concordo com o que coloquei a negrito.

Discordo então, mais uma vez com o que disseste sobre mentalmente frágil.

São frágeis, mesmo aqueles que se suicidam depois de tentarem, resolver os problemas e não conseguirem? São frágeis aqueles que, já enfrentam problemas como abusos sexuais, mal tratos pela própria família pressões de todos os géneros ao longo do dia?

É bonito dizer "Vamos enfrentar a vida! Avante muchachos! Tudo tem uma solução!" Mas a questão é: Nem tudo pode ser resolvido, porque a memoria permanece.

E mesmo que possa, a verdade é que isso depende dos valores que cada um entrega as coisas, isto é, podem se resolver de uma maneira mas que abarque mesmo assim várias consequências e para além disso, nunca é esquecido, os danos emocionais continuam.

O caso do abuso sexual por exemplo: Imagina alguém que tenha sofrido, com isso ao longo da infância e que depois conseguiu ter esse problema resolvido, mas que depois de uns anos se vê perante algo semelhante. Achas que se essa pessoa, decidir dar um fim a própria vida, por não aguentar mais, com algo semelhante ela é "mentalmente frágil"? Já não suportou bastante? Temos que suportar tudo, para sermos considerados "fortes"?

Mais uma vez, acho que é uma questão de perspectiva, não é algo onde exista um lado 100% certo (como o GoldStrike já referiu).

Pois são problemas muito graves, eu não te sei dizer como reagiria se me deparasse com esses mesmo problemas, sei que se achasse que estava a entrar em depressão tentava falar com os meus pais, procurar ajuda embora seja um bocado constrangedor mas as pessoas não deviam ter vergonha de assumir isso, mais vale uns minutos corado do que amarelo a vida toda xD

E mais 1 vez procurar ajuda revela grande caracter e vontade de viver e muitas das vezes essa ajuda é pedida indiretamente cabe às pessoas mais próximas dessa pessoa estarem atentas aos seus comportamentos, se forem pessoas que a conhecem de feição devem ser capazes de detetar e de a ajudar, se calhar essas pessoas quando estão deprimidas também não sabem que têm esse problema por isso é que também não assumem isso mas isto já tou no campo da especulação, eu sobre estes temas gosto muito de ouvir os psicólogos porque têm mais conhecimentos e podem já ter tido pacientes a sofrerem de depressão.

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Há um mês atrás soube da notícia que um amigo meu tinha-se atirado do 7º andar de um prédio em Lisboa onde estudava.. tivemos um perído sem nos falar desde o dia que decorreu o exame de Matemática do 12º ano. Era uma pessoa normal e feliz e que obviamente por vezes tinha situações de nervosismo com certas e determinadas coisas que pelo tempo iam desaparecendo, mas ao menos desabafa com qualquer coisa. Não sei e ninguém saberá qual o motivo de se ter suicidado se foi por pressões ou extremas dificuldades com os estudos, problemas familiares.. é apenas algo que ouves falar deste tipo de acontecimentos ficas perplexo a pensar por ti próprio "porquê..?"

Pessoalmente tive diversas situações com pensamentos e actos de suicídio alguns anos atrás, as coisas não corriam bem com a escola e a pressão de casa com os meus pais levava a que me fechasse completamente do mundo e desistisse.. por certa norma também demasiado inconsciente com a vida como não a conhecesse perfeitamente bem. Embora tivesse esses pensamentos era como um despertar com o que realmente se estava a passar a quando de não importar em nada que os dias se passassem como de imortal se eu fosse e como lentamente poderia ter resultados.. que me bem enganei a mim próprio por simplesmente perder demasiado tempo no ensino básico e secundário, de vergonha ou não estar a tentar acabar o 12º pelo ensino nocturno (não pelas novas oportunidades, mas pelo ensino normal como o diurno sendo que nos Açores ou na minha escola é possível). Simplesmente a vida não estava a funcionar bem até me encontrar com explicadores de Português e Filosofia em me ter ajudar o que é estudar e que significa trabalhar e olhar sempre ao dia de amanhã para fazer o melhor e nunca desistir das coisas..foi algo que como um click que me fez dar um impulso grande em mim mesmo, pela escola e pelos outros com um olhar diferente ao meu trabalho em vez de habitual bullying que sofria no passado nas variadas turmas em que passei. É verdade que este tipo de história possa fugir um pouco a que se realmente possa discutir por aqui, mas é um apenas os meus 5 cêntimos pelo que passei durante a minha juventude e ainda mais a quando da minha infância com problemas cardíacos que me assombram até hoje a saber o dia que possa realizar mais um exame clínico de como anda a minha situação.. como das mais de 30 ou 40 viagens que tive fazer a Lisboa só para saber como andava neste vaivém de ir e regressar. E no entanto vivo simplesmente positivamente todos os dias em saber que por mais problemas que possa ter nunca quero desistir deles mesmos por mais difícil que sejam, tudo graças a 2 professores que guiaram nisso. Da mesmo maneira que possa falar de uma amiga dos Estados Unidos que conheci pelo Last.fm (pronto amizades de Internet, que seja noutro tópico de discussão) e que de repente fizemos uma grande amizade onde ela mesmo sofria de enormes depressões chegando ao ponto de pegar em facas da cozinha na tentativa de acabar com a própria vida ali mesmo, mas com o fracasso de o nunca conseguir.. de estar ali a ouvir tudo o que fosse sobre o seu passado e de partilhar quase o mesmo com a minha própria história e de nos depararmos com algo idêntico. E por estes passados 3 anos, a sua vida mudou pela ajuda que forneci estando quase acabar o curso para conseguir emprego e até mesmo me visitar pelo o que fiz.. Não sei se foi errado ou não, se de herói passei mas apenas me apercebi que é importante o desabafo e o encontro com alguém que possamos falar. O diálogo é sempre um passo para que mesmo conversando sobre tanta coisa que rói e enferruja a nossa mente de tantos problemas, uma conversa pode mudar o rumo a variadas coisas na vida.. pelo não desistir e estar perto uns dos outros é uma forma ao menos de avisar que acabar com uma vida não resolveria em nada se a quiséssemos continuar, mas mais feliz.

É para mim relativo se é cobardia ou não, não consigo explicar como realmente uma pessoa se debruça em por termo à vida depois de tantos acontecimentos que destruir a sua imagem ou forma de ser perante os outros.. só mesmos aqueles por perante isto passa é conseguem mesmo ser mais aberto e apenas posso dizer que quando alguém se decide finalizar com algo tão grave onde está passando é porque pensou que seria a melhor forma e a única e pessoal decisão de o fazer.. o mesmo seja com a Eutanásia onde sou a favor. Porque por um lado somos livres, mas de maneira muito restrita só que ao menos deixam a nossa mente livres de nós próprios.

Hum.. bem foi só uma história e um pequeno ponto de vista, bom tópico já agora. As sociedades e os governos precisam de alertar um pouco mais sobre isto, mesmo nós todos diferentes e com opiniões diferentes sempre possamos abrir caminho a prosperidades pelo futuro. Não falo em igualdades porque isso é muito difícil, mas ao menos possamos ter um equilíbrio (sim é muito difícil e complexo). Desculpem por esta parede de texto, apeteceu-me desabafar um pouco.

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Infelizmente, conheço de perto o drama do suicídio. É um acto que pode (e deve) ser analisado no âmbito das suas vertentes psicológica, social e fisiológica.

Psicologicamente, pode-se descrever como uma forma de expressão. De quereres sair, de te libertares de algo que não consegues suplantar. Aqui, temos de compreender que a ideia de suicídio é interpretada de formas distintas, de pessoa para pessoa. Nem todos conseguem ver um lado mais positivo, quando o seu mundo se desaba... Não conseguindo encarar os problemas da sua vida, esta pode parecer uma solução que nos liberta e nos dá liberdade daquilo que nos prende, e nos faz sofrer. Infelizmente, cada vez mais vemos situações do dia-a-dia que afunilam o nosso pensamento e que nos levam ao desespero. Para cometer este acto, nem tanto estás a pensar em tirar a vida, mas sim em terminar com o sofrimento. Quem opta por esta saída, tem consciência da saída, do nunca voltar atrás. Normalmente, há a caracterização desta decisão em duas formas. Uma passa pelo ter consciência do que estamos a fazer, porque esta é uma ideia tão recorrente na nossa mente devido à nossa vivência, que já não conseguimos dissociar o acto de pensar e de remar contra a maré, sem aparecer a ideia do suicídio. A nossa mente fica consumida pela realidade e começa a procurar não soluções mas sim, saídas. Mas também pode ser um acto de desespero puro. Há situações em que termos uma descarga emocional tão carregada que quase que o nosso processo de raciocínio é inibido, agindo apenas por instintos primários.

Há também aspectos sociológicos a ter em conta. Daí haver tantas causas díspares para o motivo que leva as pessoas a cometer este acto. O meio em que nos inserimos também nos "molda" (e vive versa) e não podemos ignorar isso. Hoje em dia, talvez seja mais difícil captar alguns sinais de pessoas que estão a pedir ajuda. Há alguns sinais comuns que estão descritos na literatura científica, mas não há um padrão definido. Poderíamos estar a discutir isto indefinidamente que não conseguiríamos chegar a uma resposta clara e concisa.

A morte faz parte da vida, da nossa vida. Talvez seja por isso tão difícil definir o seu sentido...

A propósito, passou recentemente uma reportagem na TSF sobre suicídio na adolescência. Aborda aspectos interessantes sobre o tema na nossa sociedade...

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Na china existem empresas que no contrato de trabalho dizem que nao te podes suicidar, senão a familia paga uma multa

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Na china existem empresas que no contrato de trabalho dizem que nao te podes suicidar, senão a familia paga uma multa

Nos escritórios até metem grades para os trabalhadores fartos de serem escravos dos patrões não saltarem das janelas dos edifícios.

Queria clarificar aqui algumas ideias que me parece que não ficaram muito bem explicitadas. Os problemas que levam ao suicídio não se resolvem com um simples pedido de ajuda. Não é como sermos incapazes de fazer os trabalhos de matemática e pedir a um explicador, professor, pai ou colega que nos ajude. Isso qualquer pessoa é capaz de fazer, com ou mais timidez. Ninguém pensa em suicidar-se por não conseguir abrir uma lata de atum.

Imaginem a seguinte situação (caso verídico): um jovem de 17 anos, homossexual, criado num ambiente onde a religião (com crenças homofóbicas) é uma prioridade e com problemas de bullying na escola que perduram desde os seus 10 anos de idade. Ao ver que não tem apoio em casa nem na escola, aliás, os próprios familiares acreditam na ideia de que os homossexuais são pessoas horríveis que não merecem viver, opta por seguir o que os seus pais acreditam: a morte. Porquê? Porque o moço sente-se atraído por outros moços. Mas por detrás do "problema" de ser homossexual existem muitos outros "verdadeiros" problemas: a não aceitação pela sociedade da sua personalidade, quer em casa como na escola. Imaginem o que é pensar todos os dias que não merecemos viver. Não merecemos sequer respirar.

Ou casos de dívidas, em que a pessoa é despedida do seu emprego, não consegue arranjar outro, tem contas para pagar, crianças para sustentar, não consegue obter crédito porque não tem garantias para os bancos, é forçado a entregar os filhos a uma instituição por não conseguir cuidar deles, perde a casa, vive na rua e passa a pedir esmola. Aqui a pessoa perdeu tudo o que tinha e fica afastada dos filhos. "Ah e tal mas não desista!" Isso é fácil de dizer agora mas a partir do momento em que te encontras numa situação daquelas deixas de ter força para o que quer que seja, principalmente nos dias que correm. Que chance tem um sem-abrigo de encontrar emprego? Nenhuma. Não têm higiene, quem é que os vai contratar? Mas por não terem emprego, não conseguem sequer tratar de si mesmos. É um ciclo muito difícil de travar, mesmo com ajuda de terceiros.

Quando se comete suicídio, a pessoa não pensa que vai "morrer". Quer dizer, sabe que se vai matar mas não encara a morte como o seu fim mas sim o fim dos seus problemas. Hoje eu digo que há poucas coisas piores que a morte mas se eu hoje estivesse num daqueles momentos depressivos, diria que a morte não é assim tão má porque eu estaria a esquecer-me das coisas boas que a vida pode oferecer.

Se as vezes o suicídio parece ser uma atitude egoísta, nem sempre isso é verdade. Há casos de pessoas que se suicidaram por acreditarem que não eram mais que encargos (financeiros e/ou emocionais) para as outras pessoas. É como eu disse anteriormente, cada caso é um caso.

Editado por Cata or Shane

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quanto ao suicidio acho q nem se trata de se ser capaz ou ter tomates pa comete-lo mas sim de se ser cobarde e ter medo de enfrentar o mundo exterior, por tanto se alguma vez pensei em me suicidar é porque n tive corrones pa encarar a "real life" e fui um pussy

Editado por Trunkas

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Em janeiro deste ano, perdi um bom amigo. Ele suicidou-se, decidiu não falar dos seus problemas e pedir ajuda aos mais próximos. Fiquei muito triste, não entendia o motivo. Pronto, há sempre aqueles cochichos em que acrescentam mais um ponto à situação. Na realidade, ele tinha uma personalidade fraquinha, ligava aos comentários dos outros, e tinha problemas familiares. Daí, nós os seus amigos, concluímos que o motivo do suicídio foi pelos problemas familiares. Nunca tinha lidado com um caso assim. Mas, de momento tenho um bom amigo meu que só está a viver por viver, está cheio de problemas e está muito confuso, não sei como o devo ajudar. É triste, ver-lhe deprimente e não saber o que fazer para que ele encare a vida como antes encarava. Razões? Há muitas. Ele isola-se muito, não tem muitos amigos, e mais uma vez os problemas familiares surgem. Sempre estivera sozinho mas não tão sozinho como está agora. Já tentou suicidar-se uma vez, teve pouco sucesso. Foi impedido. Enfim, tento sempre fazer o que posso, mas sozinha não vou a lado nenhum... e acho que sinceramente sou a única que sabe de tais coisas.

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"Mentalmente bem frageis" Não concordo plenamente, acho que isso depende dos valores que as ditas pessoas dão as coisas.

Pessoalmente, já considerei o acto de suicídio como uma atitude de cobardia, mas agora tenho as minhas duvidas.

Não ter medo da morte, não possui a sua dose de coragem? Alguém que tem esse medo, também não é também de certo modo, cobarde?

O facto da maioria ter medo da morte, também não é o que os leva a dizer que "o suicídio é um acto de cobardia"?

Claro, muitos suicídios são feitos, de modo meio impensado, mas assim como já foi dito, a maioria das pessoas que cometeram suicídio, já o haviam tentando alguma vez, ou pensado nisso, assim sendo, não foram atitudes tomadas "ao calhas".

Eh... mas claro, "enfrentar a vida não importando as dificuldades e tal" também é coragem, mas não deixa de ter uma dose de cobardia "camuflada", o medo da morte, o medo de simplesmente cair no "esquecimento" aos poucos, é o que nós da força para continuar na maioria das vezes.

Acho que é giro dizer "Medo da morte? puffffffff achas?" Mas, não acho que no fundo a maioria não o tenha.

A morte é um momento indolor,é um instante,assim como,o suicídio não é uma questão de coragem.Ninguém tem medo de morrer,as pessoas têm medo é de com a morte sofrerem por nunca mais poder estar com as pessoas que amam e que para elas,realmente,importam.

Quando a dor da vida ultrapassa a dor que a morte provocaria,então o mais sensato a fazer é por termo à vida,resume-se tudo a cálculos mentais.Quando estas num sítio onde não te sentes bem vinda,o mais sensato a fazer é sair.A única porta de saída da vida é a morte.

Cada pessoa é um caso diferente e único.Não se pode generalizar e afirmar que todos os suicídas são uns cobardes que não conseguem enfrentar os seus problemas e que querem atenção,não é assim que funciona.

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Tentar perceber o que leva uma pessoa a cometer tal acto... É imaginar como seria viver em desespero 24/7, isto se, realmente alguma vez experimentamos esse sentimento. Imaginar que todos os segundos da tua vida te sufocam, numa agonia que não consegues explicar a ninguém e que há partida cimentas que nunca ninguém irá entender. Logo, embora acompanhado, acabas por te ver sozinho no Mundo e as coisas deixam de fazer sentido...

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Em janeiro deste ano, perdi um bom amigo. Ele suicidou-se, decidiu não falar dos seus problemas e pedir ajuda aos mais próximos. Fiquei muito triste, não entendia o motivo. Pronto, há sempre aqueles cochichos em que acrescentam mais um ponto à situação. Na realidade, ele tinha uma personalidade fraquinha, ligava aos comentários dos outros, e tinha problemas familiares. Daí, nós os seus amigos, concluímos que o motivo do suicídio foi pelos problemas familiares. Nunca tinha lidado com um caso assim. Mas, de momento tenho um bom amigo meu que só está a viver por viver, está cheio de problemas e está muito confuso, não sei como o devo ajudar. É triste, ver-lhe deprimente e não saber o que fazer para que ele encare a vida como antes encarava. Razões? Há muitas. Ele isola-se muito, não tem muitos amigos, e mais uma vez os problemas familiares surgem. Sempre estivera sozinho mas não tão sozinho como está agora. Já tentou suicidar-se uma vez, teve pouco sucesso. Foi impedido. Enfim, tento sempre fazer o que posso, mas sozinha não vou a lado nenhum... e acho que sinceramente sou a única que sabe de tais coisas.

Faz tudo o que puderes e de uma forma subtil para evitar que o teu amigo se isole ainda mais. Façam programas divertidos e não o deixes recusar. É provável que ele recuse e invente desculpas mas insiste até ele aceitar os convites que lhe façam. Podes perguntar-lhe de vez em quando e de forma casual como vai a vida e se tem novidades e depois de ele responder (se a resposta for o típico tudo bem) diz-lhe que são amigos e que qualquer coisa é só dizer. Quanto mais isolado um suicida tiver, mais perto ele está de acabar com tudo.

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Em janeiro deste ano, perdi um bom amigo. Ele suicidou-se, decidiu não falar dos seus problemas e pedir ajuda aos mais próximos. Fiquei muito triste, não entendia o motivo. Pronto, há sempre aqueles cochichos em que acrescentam mais um ponto à situação. Na realidade, ele tinha uma personalidade fraquinha, ligava aos comentários dos outros, e tinha problemas familiares. Daí, nós os seus amigos, concluímos que o motivo do suicídio foi pelos problemas familiares. Nunca tinha lidado com um caso assim. Mas, de momento tenho um bom amigo meu que só está a viver por viver, está cheio de problemas e está muito confuso, não sei como o devo ajudar. É triste, ver-lhe deprimente e não saber o que fazer para que ele encare a vida como antes encarava. Razões? Há muitas. Ele isola-se muito, não tem muitos amigos, e mais uma vez os problemas familiares surgem. Sempre estivera sozinho mas não tão sozinho como está agora. Já tentou suicidar-se uma vez, teve pouco sucesso. Foi impedido. Enfim, tento sempre fazer o que posso, mas sozinha não vou a lado nenhum... e acho que sinceramente sou a única que sabe de tais coisas.

Faz tudo o que puderes e de uma forma subtil para evitar que o teu amigo se isole ainda mais. Façam programas divertidos e não o deixes recusar. É provável que ele recuse e invente desculpas mas insiste até ele aceitar os convites que lhe façam. Podes perguntar-lhe de vez em quando e de forma casual como vai a vida e se tem novidades e depois de ele responder (se a resposta for o típico tudo bem) diz-lhe que são amigos e que qualquer coisa é só dizer. Quanto mais isolado um suicida tiver, mais perto ele está de acabar com tudo.

Tento sempre fazer isto. Nestas férias arranjou umas mil desculpas para não sair à rua, vá lá que foi jogar à bola durante uns dias... mas depoiss, lá fez a mesma coisa. Enfiou-se em casa. É difícil, e tenho bué medo que ele vá pelo mesmo caminho que o meu outro amigo foi. Falo com ele todos os dias, há dias em que ele está bem, digamos, razoavelmente bem, mas nem sempre é assim. Mas sim, vou tentar sempre ajudá-lo...

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