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Weredragon

A minha historia :x

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A muitos, muitos anos comecei a escrever uma historia... ao longo dos anos fui abandonando e recomeçando este "projecto" mas admito que nos últimos 2~3 anos escrevi pouco ou nada. Agora ando a rever o que já está escrito, melhorar algumas coisas e refazer algumas cenas que podiam estar melhores... o conto chama-se "Os anjos", um nome que foi criticado por muita gente no passado mas todos acabaram por admitir que é o melhor titulo possivel... embora só se perceba porque mais a frente na historia... uma ultima coisa, eu tinha coisa de 14 anos quando escrevi estes primeiros capítulos... n sejam muito mauzinhos :x I kid I kid, todas as criticas são bem vindas, especialmente agora que estou a tentar melhorar o que já tenho... 

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PRÓLOGO

Um homem avançava solitário pelo caminho de terra batida. Os cabelos cobriam-lhe o pescoço; cabelos escuros como as calças que vestia. O seu rosto aparentava estar na casa dos 20 anos. Envergava uma armadura de couro. A sua espada repousava na bainha encostada à perna esquerda, com uma cabeça de dragão esculpida no cabo. Os seus olhos vasculhavam o espaço em redor como se esperasse que algo surgisse do nada. Na beira da estrada umas poucas árvores erguiam-se ainda verdes, recusando-se a perder a cor nos ramos mesmo após vários meses de seca. O calor era muito, mas o homem andava como se não fosse nada com ele. Apesar de da sua face caírem pingas de suor, não parava para descansar ou sequer para se limpar. À sua volta não havia outro barulho se não o que ele fazia ao caminhar. Os animais há muito que haviam partido para onde ainda havia água; os que ficaram tinham sido mortos para carne e troféus. Os boatos diziam que um terrível mago negro estava a prender as nuvens de chuva por trás das grandes montanhas. Tolos incultos... Magia alguma pode mexer com a própria natureza. A magia da mãe Terra é a mais forte delas todas, era o que Will pensava sempre que ouvia esta história. Agora ali... Entre o nada e coisa alguma...

Esboçou um ligeiro sorriso – que se desfez logo de seguida. Havia barulho à sua frente, do outro lado da curva que a estrada fazia alguns metros em frente. As árvores mortas intercaladas com as ainda verdes impossibilitavam ver o que vinha lá. Apenas sombras por entre os troncos. Mas vinha depressa...

Então foi possível vê-los, quatro homens de armadura montados em cavalos negros. Aproximaram-se de Will e o de armadura mais elaborada falou:

– Bons dias, forasteiro. Visitas desde a grande seca são coisa rara no nosso reino; ainda mais visitas por bem. O que és tu? Mais um salteador que vem tentar a sua sorte nas casas abandonadas por quem se refugiou no castelo ou partiu para onde ainda há água?

Will sorriu.

– Não, senhor guarda. Eu não preciso nem tenciono atacar casa ou pessoa neste reino. Estou só de passagem.

– A sério?... Este caminho leva ao centro do reino. Directamente ao castelo do regente... Se só estás de passagem o que vais lá fazer?

– Esquece-se talvez que do centro do reino há caminho para o seu extremo. Não estaria à espera que eu andasse por montes e vales quando posso usar caminhos rectos, pois não?

Os três restantes homens montados olharam fixamente para Will. Não pareciam gostar de faltas de respeito para com o seu líder.

– Tento na língua rapaz... Faltas de respeito pela elite não são admitidas. Fiz-me perceber?

O sorriso na cara de Will cresceu ainda mais.

– Qual elite? Se, de facto, fossem elite, não tinham de andar em grupos de quatro só para afugentar simples salteadores. A menos que sejam salteadores muito bons. Mas aí não seriam salteadores, seriam mercenários... Não é mesmo?

Um dos três cavaleiros não esperou que o líder falasse. Ergueu a espada e atacou Will à queima-roupa. Sem olhar para o cavaleiro, Will levou a mão ao cabo da espada e em menos de nada colocou a lâmina entre si e a espada do outro. O som das lâminas a embater foi o suficiente para que os restantes três cavaleiros erguessem também as suas espadas.

– Pelo poder em mim investido pelo supremo regente do reino de Olmar, estás preso, rapaz. Baixa a espada, ou serás morto e o teu corpo dado aos cães.

Will saltou para trás... E outra e outra vez... Até apanhar os quatro cavaleiros no seu raio de visão. Uma brisa levantou-se e o seu cabelo negro abanou um pouco.

– Lamentavelmente, senhores, nem vocês têm a perícia para me prender nem eu tenho tempo a perder. Por isso proponho que cada um vá à sua vida sem mais demoras. – Will continuava com um sorriso nos lábios. – Que me dizem, cavalheiros?

Os quatro homens atacaram. Os cavalos galoparam na direcção de Will...mas ele já não estava lá. Um olhou para cima a tempo de ver o homem desconhecido a cair em cima de si. A última coisa que viu foi o cabo da espada e a armadura de couro que Will usava. Will aterrou de pé enquanto o cavaleiro caía no chão inconsciente e o seu cavalo corria para longe.

– Só um demónio salta tão alto! – Gritou um dos guardas, em pânico.

– Ou então a verdadeira elite – disse Will em tom sarcástico, enquanto se virava e olhava para o cavaleiro mais próximo. – Não querem mesmo ir embora? É que estou com pressa...

As suas palavras perderam-se com o grito de guerra dado pelo líder dos soldados... E tanto este como o homem para quem Will falara atacaram, deixando para trás um terceiro soldado aterrorizado. O primeiro a atacar foi o soldado de menor patente. A sua lâmina encontrou a de Will e bloquearam as duas, enquanto ambos tentavam fazer a sua lâmina avançar. O instinto levou Will a baixar-se. Assim que o fez, a lâmina do líder cortou o ar poucos centímetros acima da sua cabeça, arrancando alguns fios de cabelo.

– Parece que não vou lá a falar…. – Suspirou Will. O sorriso na sua cara havia desaparecido e a sua mão fechava-se com mais força sobre o punho da espada.

Will saltou e deu um prodigioso mortal no ar. Ia na direcção do cavaleiro de menor patente... Este ficou imóvel enquanto via o seu adversário rodar no ar. A lâmina de Will embateu na chapa de metal que protegia o peito do cavaleiro e graças à força extra do seu salto foi suficiente para empurrar o homem para trás. Will aterrou mais uma vez de pé enquanto o seu oponente caía desamparado de costas. Uma sombra no chão alertou Will para o que estava atrás de si. Mais uma vez baixou-se mas a lâmina do capitão não passou por cima – parou – e começou a descer na direcção da cabeça de Will. Maldição, pensou o jovem. Desviou-se, mas não o suficiente... A lâmina raspou pelo ombro direito, ferindo-o. Will ergueu a sua espada, a tempo de parar o golpe que lhe cortaria o pescoço.

As duas lâminas estavam encostadas... Cada um a tentar avançar a sua na direcção do seu adversário. Quanta mais força Will fazia, mais lhe doía o ombro. Sentia-o quente – não precisava de saber que o que o aquecia era o seu próprio sangue, já passara por aquilo muitas vezes. Eu não vou perder contra um soldado de segunda... Não mes... O seu pensamento foi interrompido por um barulho que vinha de trás. Saltou para trás enquanto baixava a espada. O seu oponente desequilibrou-se por um instante; nesse instante, Will olhou para trás e os seus piores receios confirmaram-se – mais cavaleiros... No momento em que olhara pareceram-lhe uns vinte. É loucura lutar contra tantos... merda!

– Que me diz a umas tréguas? – disse Will ao capitão, que também olhava para os reforços que vinham na direcção de ambos.

– Que me dizes a ser preso durante o resto da tua maldita vida?

– Diria que era muito tempo sem fazer nada.

Então os cavaleiros chegaram.

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O começo até está bom,a melhor parte é a de o protagonista passar logo à acção e depois ficar mal quando aparecem reforços.

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