Faz login para seguires isto  
Seguidores 0
RiS

[FILME] Cosmopolis

6 mensagens neste tópico

Vi este filme porque tinha pinta de ser para gente inteligente, que é algo que eu topo pelo nome do realizador. Se for de difícil pronunciação, é porque é um gajo culto e em geral de óculos, embora nem sempre. Isso, e porque se passa em Nova Iorque, que tem bués de arranha-céus e um gajo fica "eish aquilo é mesmo alto" e daí se percebe logo que é um filme com nível. Os filmes americanos têm uma vantagem a priori em relação aos de outros países: eles têm bué mais arranha-céus que os outros países todos, os do segundo e terceiro mundo menos Hong Kong.

Recapitulando: queria um filme assim daqueles para gente mais inteligente que a maioria, tipo eu, mas que já agora tivesse arranha-céus. Então básicamente há um americano cheio de papel que passa a primeira metade do filme dentro do carro a ter conversas relativamente fúteis sobre como percebe de economia, e lá pelo meio tem uma cena de fisting enquanto conversa sobre como percebe de economia, que é uma espécie de fan-service para gente que se sente atraída por gajos com dinheiro, isto é, as mulheres em geral. Há também a mulher dele com quem ele sai do carro para almoçar e tomar café e uma das vezes decidem divorciar-se. Depois há uma moeda chamada yuan que está a desvalorizar e que ele está à espera que valorize, ou vice-versa, não entendi bem, porque para mim dinheiro é uma cena que vem em papel e que dá para comer sapateira e ir às putas, e às vezes também vem em coisas redondas de metal, mas que só dão para comprar raspadinhas para ver se nos trocam aquilo por notas e fazer as coisas que enumerei anteriormente.

Essencialmente a primeira metade do filme é uma tentativa de caracterizar a vida do magnata, num cenário absurdamente estéril que é o interior da limousine, e conversas das quais se extrai pouca substância, a não ser que querem mostrar que ele é inteligente e ambicioso. Depois acontece que afinal o yuan não faz o que era suposto fazer e há uma crise financeira e querem matá-lo e ele próprio entra numa espiral destrutiva, e aqui chega a parte boa do filme, que é o diálogo por fim rico de 30 ou 40 minutos com o seu potencial assassino sobre tudo e mais alguma coisa, em que finalmente há densidade intelectual e material para psicanalisar ambos os personagens.

Se a segunda metade deste filme faz valer a pena todo o tédio que se investiu na primeira metade? É discutível, mas aquele final é realmente muito bem conseguido. Para mim valeu a pena.

3 membros gostaram disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

O yuan é a moeda chinesa.

Não gostei muito do filme, tem mais aspectos negativos que positivos. Acho que foi sobrevalorizado por alguns críticos (franceses, particularmente) e a prestação do Rob Pattinson não é nada de especial.

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

O yuan é a moeda chinesa.

Não gostei muito do filme, tem mais aspectos negativos que positivos. Acho que foi sobrevalorizado por alguns críticos (franceses, particularmente) e a prestação do Rob Pattinson não é nada de especial.

Até um certo ponto concordo contigo. Passa-se ali muito tempo só a encher chouriço. Mas se virmos sem grandes expectativas, acho que todo o diálogo final é realmente muito bom, o que para um diálogo tão longo como aquele não é fácil de manter interessante como se manteve.

Editado por O Expatriado

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Só não gostei foi do RiS não ter mandado nenhuma piada sobre o Pattinson. :\

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Os filmes americanos têm uma vantagem a priori em relação aos de outros países: eles têm bué mais arranha-céus que os outros países todos, os do segundo e terceiro mundo menos Hong Kong.

A Jessie gostou.

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais
Faz login para seguires isto  
Seguidores 0