ShiraWasHere

Clashing Feelings Level 2 [Versão Portuguesa] [COMPLETO!]

O que acharam de CF2?   2 votos

  1. 1. O que acharam de CF2?

    • 10/10 - Obra Prima
      2
    • 9/10 - Excelente
      0
    • 8/10 - Muito Bom
      0
    • 7/10 - Bom
      0
    • 6/10 - Razoável
      0
    • 5/10 - Mediano
      0
    • 4/10 - Mau
      0
    • 3/10 - Muito Mau
      0
    • 2/10 - Horrível
      0
    • 1/10 - Pavoroso
      0
    • -/10 - Não li até ao fim/sem classificação
      0

Por favor faz login ou regista uma conta para poderes votar nesta votação.

143 mensagens neste tópico

Pois ia, aquele idiota :bored: Deve pensar que lá por serem namorados, que pode fazer tudo o que quiser contra a vontade da Sacchan, ia arranjar uma bela bronca, ia, ia... merecia levar uma bela sova. :angry: Bem, a Sacchan também é meia culpada, ela não devia ter embarcado naquelas brincadeiras, o Takkun passou-se. É como a sensei disse, dá-se-lhes a mão, querem logo tudo :ph34r:

 

Será que a Sacchan vai acabar com a relação agora?

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Tens razão, são os dois igualmente culpados -_-

Eh~~ não sei mas espero bem que não, quer dizer podem "dar um tempo" mas acho que a Sacchan não tem motivos para isso já que foram os dois culpados do que aconteceu

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Ah, mas isso não servia de desculpa para o Tarou XD

 

-------------
 
>> Nos Capítulos Anteriores <<

Luta 24 (Valentim Estragado) [~10 páginas]: A Sachiko pergunta à Mizuki-sensei porque é que os rapazes veem coisas ero e gostam de seios grandes. A Mizuki-sensei explica-lhe que os rapazes são criaturas famintas por ero que adoram seios de qualquer tamanho. A Sachiko interroga-se o porquê dos homens serem assim e queixa-se que até o pai dela abandonou a família. A Mizuki-sensei sugere que Sachiko explique ao namorado que ela não gosta que ele veja dessas coisas. Ele até ficará contente por ela estar com ciúmes, mas a Mizuki-sensei avisa-a que ele a poderá atacar mais tarde. A Mizuki-sensei anima novamente a Sachiko e propõe que eles façam as pazes e afirma que ela lhe deveria oferecer chocolates no Dia dos Namorados que está mesmo aí à porta. Apesar das coisas estarem más entre eles, a Sachiko sente que tem que dar chocolate ao Tarou. Mas cozinhar é demasiado complicado para a Sachiko e ela só faz asneiras. À noite, depois de ter estragado todo o chocolate que tinha em casa, ela tem que ir à loja de conveniência comprar mais. Mas todo o chocolate está esgotado! Quando pede à Aoi, esta conta-lhe que comeu o chocolate todo e por isso não tem nenhum para lhe dar (ela nunca seria capaz de oferecer chocolate ao Ichitaka e então comeu tudo em desespero). A Nanako é alérgica ao chocolate, por isso em casa dela não é costume ver-se um. Deprimida, a Sachiko vai procurar novamente na cozinha. Ela encontra um chocolate bem escondido que tem escrito “Do Yuuji”. Ela pede desculpa mentalmente e acaba por usá-lo. O chocolate tem um invólucro com dizeres Franceses e a tablete tem uma cobertura de uma espécie de pó branco e a Sachiko pensa que deve ser um chocolate muito especial e refinado. O chocolate em forma de coração parece que finalmente saiu bem. De manhã, ela vai para a escola e oferece-o timidamente ao Tarou, que fica todo contente e aceita-o. Mas ele esconde-o apressadamente na mochila para não levantar suspeitas. Quando chega a casa, ele vai logo provar o chocolate. Sabe muito mal mas ele faz um esforço para comer tudo. Quando a Sachiko pede desculpa ao Yuuji por ter usado o chocolate dele, ele diz não saber do que ela está a falar. Depois de ouvir a explicação da irmã, ele lá acaba por se lembrar que escondeu um chocolate há vários anos atrás e que se tinha esquecido completamente dele. Foi há tanto tempo, que ele escondeu-o para que a pequena Sachiko não o fosse comer. Acontece que o pó branco era na verdade bolor! Preocupadíssima, ela tenta telefonar ao Tarou para o avisar que o chocolate está estragado, mas ele já estava doente.

Luta 25 (Juntos na Saúde e na Doença) [~10 páginas]: Depois do Dia dos Namorados, o Tarou falta à escola. Acontece que ele está muito doente. Ele apanhou uma gastroenterite e vomita tudo o que come e está com diarreia. Depois das aulas, a Sachiko faz uma visita à casa do Tarou. Ela chora e farta-se de pedir desculpa por lhe ter oferecido chocolate estragado. O Tarou diz-lhe coisas más e chama-a de trapalhona que só lhe dá problemas. A Kaede entra no quarto e fica a suspeitar da relação deles, pois afinal como é que pode ser culpa da Sachiko ele ter ficado doente? Com a vontade de ir à casa de banho a apertar, ele é agressivo com a Sachiko e manda-a para casa. No dia seguinte, antes de ir para a escola, a Sachiko vai até casa do Tarou para ver como é que ele está e irem juntos para a escola. A mãe do Tarou diz que ele continua de cama e que ele vai faltar outra vez à escola. A Sachiko afirma que lhe fará companhia e ficará a tratar dele. A mãe do Tarou tenta persuadi-la em contrário mas acaba por se sentir aliviada por o filho não ficar sozinho em casa. A Sachiko faz uma papa e o Tarou come-a. Ela volta a pedir desculpa em lágrimas e o Tarou, como forma de perdão, pede-lhe para lhe apalpar o peito. Ela não quer, mas se o Tarou está disposto a esquecer o incidente, ela lá cede. Ele diverte-se a senti-la e acha que valeu bem a pena ter comido o chocolate estragado e ter ficado doente. Afinal esta é a melhor prenda do Dia dos Namorados que ele poderia ter recebido. Contudo, ele diz que não consegue sentir nada porque as roupas dela estão no meio do caminho e ele quer tocar-lhe diretamente. Ele diz-lhe para ela tirar a roupa, mas ela não o faz. Ainda assim, a Sachiko aceita que ele lhe meta as mãos por baixo da roupa. Ele faz isso e diz “Whoa isto é fantástico!” e a Sachiko pergunta-lhe se ele não se importa por ela ter os peitos pequenos e se ele afinal também gosta de peitos pouco volumosos. Eles resolvem aquele mal-entendido do modelo grande do Gunpan na montra da loja e, adicionalmente, o Tarou afirma que as mulheres mamalhudas das revistas eróticas também não significam nada para ele. A Sachiko pede-lhe que ele não volte a ver dessas coisas, perguntando-lhe se ele também gostaria que ela visse homens nus. Ele compreende e promete não voltar a fazê-lo. Eles finalmente conseguem beijar-se e ele continua a mexer-lhe nas mamas. Mas o Tarou perde a cabeça, empurra-a contra a cama e fica em cima dela. A Sachiko fica cheia de medo e ordena-lhe que ele pare, mas o Tarou está completamente louco. Ela está praticamente a chorar porque o Tarou está prestes a tirar-lhe as cuecas contra vontade dela mas, nesse momento, ele tem que ir à casa de banho. Antes que ele regresse, a Sachiko vai-se embora completamente assustada.
 
 
 

Luta 26 – Uma Branca no Dia Branco


No dia seguinte, sexta-feira, o Tarou pedala na sua bicicleta para a escola depois de ter faltado dois dias às aulas.
 
Tarou: (Como é que eu encaro a Yamada-san quando a vir?)
 
*************
 
A Sachiko atravessa o portão da escola a pé.
 
Sachiko: (Como é que eu encaro o Sawada-san quando o vir?)
 
Nesse preciso momento, o Tarou também chega ao portão da escola. E eles deparam-se um com o outro.
 
Tarou + Sachiko: (É que foi logo!)
 
Tarou: Bo-Bom dia!
 
Sachiko: O-Olá. Já estás melhor agora?
 
Tarou: Sim, a 100%. Espera aqui por mim enquanto vou por ali a minha bicicleta.
 
Sachiko: Ah, desculpa, tenho que ir fazer uma coisa. – Ela foge a correr.
 
Tarou: …
 
*************
 
O Tarou chega à sala de aula, mas Sachiko não se encontra lá.
 
Tarou: Ei pessoal. – Ele senta-se no seu lugar.
 
Kenji: Ei! Tudo bem? Estiveste doente? Já estás bom?
 
Tarou: Sim! Estou a 100%! (Ela não está aqui, mas onde é que ela foi?)
 
Som: Kin kan kin kon – Toca para a entrada.
 
Tarou: (A aula vai começar, o que raio está ela a fazer? Oh, lá vem ela…)
 
*************
 
Recuando um pouco no tempo, a Sachiko está a jogar um jogo eletrónico, escondida dentro de um dos compartimentos da casa de banho das raparigas.
 
Som: Kin kan kin kon – Toca para a entrada.
 
Sachiko: (Oh, vai começar a aula. É melhor despachar-me.)
 
*************
 
Tem sido sempre assim. O Tarou quer falar com ela, mas durante os intervalos, sempre que possível, a Sachiko junta-se ao grupinho de amigas. E quando calha ficar sozinha, ela vai esconder-se dentro da casa de banho antes que o Tarou seja capaz de lhe dizer o que quer que seja. O Tarou não consegue mesmo abordá-la. Mais uma vez, as coisas ficam azedas entre a Sachiko e o Tarou. Eles estão no meio de uma lição, e o Tarou improvisa uma fisga, tal como já o fizera da outra vez.
 
Tarou: (Raios, vou ter que comprar mais outra borracha…)
 
Sachiko: ? – Ela é atingida por um pedaço de borracha que veio lá de trás.
 
A Sachiko olha para trás e o Tarou mostra-lhe o caderno, o qual tem algo escrito em letras garrafais…
 
Sachiko: (“Hoje depois das aulas, vem ter comigo ao telhado.”)
 
Sachiko: (Ai isso é que não vou!) – Ela abana a cabeça em negação.
 
Ela consegue perceber, pelo movimento dos lábios do Tarou, que ele lhe está a perguntar “porquê”. Ele depois volta a escrever algo no seu caderno e mostra-lho novamente.
 
Sachiko: (“Fico à tua espera!”) – Depois ele baixa imediatamente o caderno.
 
Sachiko: (Não! Não vou.) – Ela abana novamente a cabeça, desta vez ainda com mais convicção.
 
Professor de Matemática: Yamada-san! Porque é que estás virada para trás?
 
Sachiko: Ah, peço imensa desculpa!
 
Professor de Matemática: Yamada-san, vem até ao quadro e resolve este exercício.
 
Turma: Ha, ha, ha.
 
Sachiko: (Oh não, eu não faço nem a mínima ideia de como resolver este problema… Oh bolas! Tudo por culpa dele!)
 
*************
 
Som: Kin kan kin kon – Ouve-se o toque da escola. As aulas terminaram por hoje.
 
A Sachiko arruma calmamente os seus livros na mochila enquanto está na conversa com a Aoi.
 
Aoi: E depois ele disse que estava a pensar abandonar os K-AWAY…
 
Sachiko: Oh não, isso seria terrível.
 
Aoi: Mesmo! Não seria a mesma coisa sem ele. Mas eu acho que ele não vai sair porque…
 
O Tarou, que já está pronto para ir embora, passa junto da Sachiko e segreda-lhe ao ouvido…
 
Tarou: Fico à tua espera. – Ao sentir a respiração dele na orelha, a Sachiko fica um pouco arrepiada e, por momentos, para com o que estava a fazer.
 
Ele ausenta-se da sala de aulas.
 
Aoi: Ele disse-te alguma coisa?
 
Sachiko: Não foi nada importante. – Ela retoma a tarefa que estava a fazer, isto é, continua a arrumar as coisas na mala.
 
Aoi: Já agora, como estão as coisas entre vocês? – Ela começa a falar baixinho para que mais ninguém na turma as oiça. Ela tem um sorriso maroto na cara.
 
Sachiko: Estão normais, acho eu… (Mas agora tenho medo de ficar sozinha com ele…)
 
Aoi: Conta-me todos os detalhes! Até onde é que vocês já foram?
 
Sachiko: Até onde?
 
Aoi: Já se beijaram, certo? E que mais?
 
Sachiko: Mais nada… (Como se eu lhe conseguisse dizer que ele já me tocou no peito… E que estivemos perto de…) Bem, tu estavas-me a dizer sobre os K-AWAY…
 
Aoi: Ah, pois, ele deu uma entrevista a uma revista onde disse que…
 
Sachiko: (Boa, ela não insistiu mais… Graças a deus que ela é completamente maluquinha pelos K-AWAY…)
 
*************
 
O Tarou está à espera no telhado.
 
Tarou: (Parece que ela não virá mesmo…)
 
Através da rede de arame da vedação do telhado, ele espreita na direção do portão da escola. Por acaso, ele repara na Sachiko lá em baixo, a sair do edifício principal com a Aoi. A Sachiko volta-se ligeiramente para trás para olhar para o telhado e também repara nele. Eles olham um para o outro. Mas a Sachiko vira-se para a frente e continua a caminhar. O Tarou agarra a rede com ambas as mãos.
 
Tarou: (Para onde julgas que vais? Que raio! A ignorar-me desta maneira… isso deixa-me mesmo irritado!) – Ele abana a rede.
 
O Tarou vê-a sair pelo portão da escola para a rua até ela desaparecer por detrás do muro da escola.
 
Tarou: (E eu só queria pedir-lhe desculpa… E amanhã é sábado e não há escola… Ah, não aguento mais esta situação!)
 
*************

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

A Sacchan esta com medo do Tarou :mellow: bem, por um lado tem motivos e por outro nao

"Aoi: (...) E que mais?" a pergunta que se faz sempre a recém-namorados :)

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

O que vale é que a Sacchan já conhece bem a amiga para se safar a essas perguntas :D

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Ahahah

Aoi: E que mais?

Sachiko: B-bem.....o Tarou... Ten-tentou violar-me

Aoi: ehhhhhh~~?

Fim

:D

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Ahaha, ai se a Sacchan contasse à Aoi, pobre do Tarou. :D Estou a ver ela a ir calçar as luvas de box e a começar a 3ª guerra mundial. Ou então, muito calmamente, chamava a polícia. Morte certa ou resto da vida na prisão, o Tarou estava feito fosse qual fosse o desfecho XD

 

Hoje vão 4 páginas de uma assentada. Espero que não seja demasiado e te aborreças :unsure:

 

----
 
>> Luta 26 - Página 2 <<
 
Tarou: (E eu só queria pedir-lhe desculpa… E amanhã é sábado e não há escola… Ah, não aguento mais esta situação!)
 
*************
 
Sábado à tarde, o Tarou está inquieto no seu quarto.
 
Tarou: (Argh! Pronto! Já não aguento mais isto! Vou até casa dela!)
 
*************
 
Mesmo à frente da casa da Sachiko, antes de tocar à campainha, ele agora fica com receio.
 
Tarou: (Talvez não devesse ter vindo. E se o irmão dela estiver em casa e vier abrir a porta?)
 
Ele olha intensamente para o botão da campainha.
 
Tarou: (Argh! Demasiado tarde para arrependimentos! Eu sou um homem, sou capaz disto! Aqui vai, seja o que for…)
 
Ele pressiona o botão e a campainha toca. Ele começa a ficar nervoso e a suar um pouco.
 
Tarou: (Por favor, o irmão dela não! Por favor, tudo menos o irmão dela!) – Ele está a rezar com os olhos cerrados e com as palmas das mãos juntas juntas à frente da cara.
 
A porta abre-se.
 
Tarou: (Gah! É o estúpido do irmão dela!) – Ele fica com os ombros descaídos e cara de parvo.
 
Yuuji: O que é que tu queres?
 
Tarou: Eu-… Eu queria falar com a Yamada-san. Ah, quero dizer, com a Sa-sa…
 
Yuuji: Ela não está cá.
 
Tarou: Mentira!
 
Yuuji: Não acreditas? Podes entrar, então. Estás à vontade.
 
O Tarou hesita.
 
Yuuji: Entra lá, eu de qualquer maneira quero dar-te uma palavrinha.
 
O Tarou entra para dentro de casa.
 
Yuuji: Ei Sacchan! – Ele grita.
 
Yuuji: Vês, eu sou o único que cá está. Ela foi com a mãe às compras.
 
Tarou: …
 
Yuuji: Vem, entra e senta-te ali. Precisamos de conversar. – Ele aponta para o sofá da sala de estar.
 
O Tarou entra na sala e senta-se com as pernas fechadas e as mãos poisadas nos joelhos. Ele está muito tenso e desconfortável com a situação. O Yuuji continua em pé.
 
Yuuji: Eu vou buscar algo para bebermos. Queres que te traga uma cervejola?
 
Tarou: Ugh… (Merda, ele estará a testar-me? Se recusar e pedir antes sumo ou chá, vou parecer um betinho falhado… mas se aceitar, também pode parecer mal… Não importa a escolha, ambas as opções são más… diabos te levem!)
 
Yuuji: Então?
 
Tarou: (Não vou cair nos teus jogos psicológicos!) Eu estou bem, não tenho sede.
 
Yuuji: Anda lá! Eu trago-te um copo de sumo então.
 
Tarou: (Odeio este tipo! Acho que devia mas é ir embora…)
 
O Yuuji regressa da cozinha com um copo de sumo e uma lata de cerveja. Ele poisa o sumo na mesa, mesmo à frente do Tarou, e depois abre a sua lata de cerveja e senta-se no outro sofá, ficando frente a frente com o Tarou. Ele está sentado de forma relaxada, a cruzar a perna com um dos braços apoiado nas costas do sofá, e vai dando uns golos na sua cerveja.
 
Yuuji: Aahh… - Ele expira com satisfação após dar um golo na sua cerveja.
 
Tarou: …
 
Yuuji: Anda lá, relaxa. Bebe o teu sumo.
 
Tarou: (Será que ele me envenenou o sumo?) Então, de que queria falar? – Ele pergunta e depois de terminar a questão, ele dá uma golada no seu sumo.
 
Yuuji: Lembras-te da nossa promessa?
 
Tarou: Promessa? Oh, pois… aquilo de fazermos chorar as nossas namoradas…
 
Yuuji: A Sacchan disse-me que vocês agora são namorados.
 
Tarou: Aquela idiota…
 
Yuuji: (Então é mesmo verdade… eu já tinha quase a certeza de que era o caso, mas ainda assim, isto irrita-me!) Eu ainda não vi a Sacchan chorar, mas dá para ver que ultimamente, ela anda muito abatida. Porque será que ela anda tão deprimida, pergunto-me?
 
Tarou: S-Sei lá… Ela a mim parece-me normal. Se calhar é só imaginação sua.
 
Yuuji: Imaginação minha? Impossível! Eu conheço-a desde que ela era bebé. Nessa altura, até era capaz de dizer quando ela estava a fizer xixi na fralda, só pela cara dela.
 
Tarou: …
 
Yuuji: (Vou irritá-lo um pouco mais…) Por falar nisso, quando ele era pequena, ela era tão adorável. Incrivelmente fofinha! Eu às vezes dou uma vista de olhos no álbum de recordações de quando ela era pequena. Até tem lá algumas fotografias dela nua. E ainda não foi há muito tempo atrás que, quando ela ficava doente, ela me pedia que eu lhe pegasse ao colo como se ela fosse uma bebé. Sabes como são esses abraços, não sabes?
 
Tarou: … (Quero lá saber…)
 
Yuuji: Ela abraçava-se a mim pela frente. Ela metia os braços e as pernas à minha volta e eu tinha que segurar-lhe no rabinho para que ela não caísse. – Ele exemplifica com as mãos.
 
Tarou: … (Já me estás a irritar!)
 
Yuuji: Ah, que maravilha. Bons tempos. E só recentemente é que ela parou de tomar banhos comigo. Que boas memórias…
 
Tarou: … (Já estou mesmo irritado!)
 
Yuuji: (Boa. Ele já parece bem irritadinho. Eu estou a exagerar isto tudo, tenho a certeza de que se a Sachiko soubesse, ela me mataria…) Por isso, eu consigo muito facilmente perceber a Sachiko. Para mim, ela é como se fosse um livro aberto. E eu consigo perceber que há algo de errado com ela ultimamente.
 
Tarou: E-Eu não sei do que fala.
 
Yuuji: Eu acho que ela não gosta realmente de ti. Está só confusa. E tu vais acabar por fazer com que ela chore, eu sei que vais.
 
Tarou: Como se você soubesse alguma coisa! E já agora! Você não terá já feito chorar a sua namorada?
 
Yuuji: Claro que não. (Bem, eu fiz a Sachiko chorar quando lhe disse que o primeiro amor nunca resulta, mas ele não precisa de saber disso…)
 
Tarou: Se fizesse, você também não me diria! Esta coisa é toda muito injusta. Quero anular este acordo.
 
Yuuji: Claro que te diria! Temos aqui um acordo de cavalheiros, não temos? Por isso, o acordo continua de pé. Ou será que não estás confiante?
 
O Tarou engole o resto do sumo todo de uma assentada.
 
Tarou: Se era só sobre isto de que queria falar, vou andando.
 
Yuuji: Espera. Não vinhas para falar com a Sachiko? O que lhe querias dizer? Se quiseres podes contar-me, eu depois transmito-lhe por ti.
 
Tarou: Não interessa. Não era nada de importante. Eu depois falo com ela na escola. Bem, vou-me embora. Até breve. (Apesar de esperar que não seja muito brevemente.)
 
Yuuji: Adieu. (Ele está a esconder algo… é bom que ele não esteja a maltratar a minha irmã, ou eu mato-o.) – O Yuuji emana uma aura negra e arrepiante. Uma aura assassina… Dá a impressão de que ele seria mesmo capaz de matar o Tarou.
 
*************
 
Sachiko: Tadaima [Estou em casa].
 
Yuuji: Ei, sabes quem cá esteve para te ver esta tarde? Aquele fedelho do Sawada.
 
Sachiko: Ele esteve cá? O que é que ele queria?
 
Yuuji: Não sei. Ele não me quis dizer.
 
Sachiko: (Mas ele agora anda a perseguir-me como um tarado obcecado?)
 
*************
 
Na segunda-feira seguinte, as gotas de chuva atingem os vidros das janelas da sala de aulas, enquanto decorre mais uma aborrecida lição de final da manhã…
 
Sachiko: (Mon, tenho a sensação de que ele está a olhar para mim… Consigo sentir o seu olhar perfurante nas minhas costas…)
 
Som: Kin kan kin kon – O toque da escola anuncia um curto intervalo.
 
A Sachiko sai da sala a correr. Mas desta vez, o Tarou também corre atrás dela para fora da sala.
 
Colegas: (Mas o que é que há de errado com aqueles dois?)
 
A Sachiko está quase a entrar na casa de banho das raparigas, mas antes que o consiga fazer, o Tarou agarra-a pelo pulso.
 
Tarou: Espera aí… *arf* um segundo… *arf*
 
Sachiko: Nani wo [O que queres]? – Ela pergunta a franzir o sobrolho.
 
Tarou: Por favor, para de me evitar!
 
Sachiko: Eu não te estou a evitar. Estou mesmo aflitinha para ir à casa de banho. – Ela faz o gesto do “estou mesmo à rasca”, aquele em que se dobra os joelhos esfregando as coxas uma na outra. Ela tenta novamente entrar na casa de banho, mas o Tarou não a larga e puxa-a pelo pulso para trás.
 
Tarou: Tem paciência! Ainda no último intervalo foste à casa de banho!
 
Sachiko: … Eu-… Eu acho que bebi demasiado sumo há bocado.
 
Tarou: Ouve! Desculpa-me, está bem? Naquele dia exagerei e passei das marcas. Estou mesmo arrependido do que fiz e queria pedir-te desculpa.
 
Ele larga-lhe o pulso, mas ela não foge.
 
Sachiko: Un… não faz mal… - Ela murmura.
 
Tarou: Por isso, não me continues a evitar dessa maneira, está bem?
 
Sachiko: Mas eu não te estava a evitar…
 
Tarou: Uma ova é que não estavas!
 
Aproximam-se deles duas raparigas que querem ir à casa de banho.
 
Rapariga 1: O que é que vocês estão os dois aí a fazer em frente da casa de banho das raparigas?
 
Sachiko: Ah! Eu queria entrar, mas este tarado quer espreitar lá para dentro!
 
Rapariga 2: Kyaa, depravado! Nojento!
 
Tarou: Tch! Santa paciência, não há quem ature estas feiosas! Vou-me embora.
 
Ele caminha calmamente pelo corredor fora. A Sachiko e as outras duas raparigas entram na casa de banho.
 
Rapariga 1: Dá para acreditar nisto? Os rapazes são tão pervertidos.
 
A Sachiko vai para dentro de uma das divisórias.
 
Sachiko: (Desta vez estava mesmo a sério muito aflita para fazer xixi! Nas últimas vezes é que vim aqui apenas para me esconder!)
 
Ela começa a fazer xixi. Depois vai até aos lavatórios para lavar as mãos.
 
Sachiko: (O problema é que eu não estou segura de mim. Fico demasiado excitada quando estou perto dele. Sinto-me estranha. Serei uma degenerada? E se eu não oferecer resistência caso ele me ataque novamente? E mesmo que tente oferecer resistência, desde que ele se juntou ao clube de futebol, ele parece que está com muito mais força… argh… Mas a culpa é dele por ser um pervertido e estar sempre a pensar em sexo! E se calhar ele pegou-me o vírus da perversão! Mas porque é que ele não se comporta decentemente, de forma a podermos divertir-nos os dois como pessoas normais? Não, ele tem logo de me começar a tocar e saltar para cima de mim! Gah! Não há quem o ature.)
 
Rapariga 1: Durante quanto mais tempo planeias ficar aí a esfregar furiosamente as mãos?
 
Sachiko: Eh? Gah! – Há imensa espuma de sabonete espalhada pelo lavatório fora, e nas suas mãos, o grande castelo de bolhas até já lhe está a trepar pelos braços acima.
 
Rapariga 2: Tocaste em algo desagradável quando te estavas a limpar, ou quê?
 
Sachiko: C-Claro que não!! (Mon!)
 
*************
 
E assim os dias vão passando. Mas as coisas continuam esquisitas entre eles. O Tarou convidou-a para algumas saídas mas a Sachiko, afirmando sempre ter algo para fazer, recusou todos os convites.
 
[FLASHBACK 1]
Sachiko: Porque me chamaste ao telhado? – Perguntou ao chegar ao telhado. Ela mantém-se afastada do Tarou e fica junto da porta, com as mãos atrás das costas a segurar no puxador da mesma.
 
Tarou: O tempo está a ficar mais agradável. Estava a pensar que este fim-de-semana poderíamos ir até ao parque e fazermos um picnic ou algo. – Ele aproxima-se da Sachiko, caminhando lentamente.
 
Tarou: As cerejeiras estão a começar a dar flor. – Ele está agora apenas a uns dois passos dela.
 
Sachiko: Lamento muito! Este fim-de-semana estou ocupada. E agora tenho que ir. – Ela abre a porta do telhado e vai-se embora a correr.
 
Tarou: Espera! (Ah, ela fugiu…)
[FIM DO FLASHBACK 1]
 
[FLASHBACK 2]
Depois das aulas e dos treinos de futebol e de voleibol terem terminado, eles encontram-se por coincidência junto dos cacifos dos sapatos, na entrada do pavilhão principal, que agora, à exceção deles, se encontra sem ninguém.
 
Tarou: (Boa, estamos finalmente a sós.) Ei, Yamada-san. Queres ir comigo ao karaoke agora mesmo?
 
Sachiko: Karaoke? Ah… Desculpa, eu prometi à Aoi-chan que hoje faríamos os trabalhos de casa juntas. Lamento!
 
Tarou: Estou a ver… Então e se for ama-…
 
Ela acabou de calçar os sapatos num instante e sai a correr.
 
Sachiko: Tenho que ir, até amanhã! – Ela acena adeus.
 
Tarou: Espera! (Ah, ela fugiu outra vez… Ela ainda me continua a evitar!)
 
Tarou: (Merda para isto! Não a volto a convidar mais. Ela é cá uma chata, não há pachorra!)
 
Sachiko: (Mas porque é que ele só me convida para encontros onde acabamos completamente sozinhos? Será que ele está mesmo a planear…)
 
Sem dar conta, o estúpido do Tarou só a convidou para encontros nos quais a probabilidade de eles acabarem completamente sozinhos era altíssima. Ela teria aceitado se ele a tivesse convidado, por exemplo, para ir ao zoo ou ao parque de diversões.
[FIM DO FLASHBACK 2]
 
*************

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA (continua abaixo...)

 

--------------
 
>> Luta 26 - Página 3 <<

 

E depois um certo dia, antes da primeira aula da manhã, o Tarou está a conversar com o Kenji na sala de aulas. A Sachiko ainda não chegou.

 

Kenji: Sabes que mais? Aquele traidor do Ichitaka ofereceu uma prenda de White Day àquela rapariga.

 

[Shiratori comenta: Para os que não sabem, no Japão, no Dia dos Namorados (14 de Fevereiro) apenas as raparigas oferecem chocolates aos rapazes. Um mês mais tarde, no White Day (14 de Março), os rapazes retornam o favor, oferecendo presentes às raparigas que lhes ofereceram chocolates. As prendas não têm que ser necessariamente chocolates. Podem ser outros doces, acessórios, entre outras coisas. Também há uma ditote que diz que uma pessoa deve sempre oferecer o triplo daquilo que lhe foi dado.]

 

A Aoi também calha ouvir a conversa dos rapazes. E em completa sincronia eles deixam escapar um grande…

 

Tarou + Aoi: O QUÊÊÊÊÊÊÊÊÊ? – Ambos ficam azuis.

 

Kenji: Eu não te disse? Tenho a certeza que te mencionei. Uma rapariga doutra turma, já agora, acho que o nome dela é Suzume-chan, ofereceu-lhe chocolates no Dia dos Namorados. Por isso, ele agora deu-lhe um presente no White Day. E o ambiente entre eles parece mesmo bom. Ai tanta inveja que eu tenho! Giii!!!!!

 

Aoi: Eu… Eu não tinha conhecimento disso. É mesmo chocante que alguém goste desse rapaz…

 

Tarou: Cala-te! Para de te intrometer nas conversas das outras pessoas! Diz-me Kenji-kun… que dia é hoje?

 

Kenji: 15 de Março, porquê?

 

Som: TAN! [som grave das teclas do piano]

 

Aoi: ? (O Takkun provavelmente esqueceu-se de oferecer uma prenda à Sacchan. Que grande idiota… Mas pensar que o Ichitaka-kun… e a Suzume-chan… Quem é que estava à espera que fosse acontecer uma coisa destas? Que deprimente…)

 

Tarou: (Merda! Esqueci-me completamente que ontem era o White Day! Agora é que fiz das boas. As coisas já estavam tremidas entre nós, agora é que ela me vai meter os patins, não há dúvida. Merda! Merda! Merda! Eu não quero que ela acabe comigo!)

 

Kenji: Ei, passa-se alguma coisa com vocês os dois?

 

Tarou: Eh? Não é nada, não se passa nada! Ha-ha-ha… - Ele ri-se como se estivesse estragado.

 

Aoi: Pois, não se passa nadinha! Ha-ha-ha… - Ela também se ri como se estivesse estragada.

 

Kenji: Takkun, não me digas que tu…?

 

Tarou: *Giku!* Que eu o quê?

 

Kenji: Tu gostas da Suzume-chan?

 

Tarou: O quê? Eu nem estou a ver quem ela é…

 

Tarou + Aoi: (Isto é mesmo deprimente…)

 

A Aoi está demasiado deprimida para perguntar ao Tarou se ele se esqueceu de dar um presente à Sachiko e não está com disposição para gozar com ele.

 

Tarou: (Estraguei tudo! Será que a nossa relação está acabada? Ela vai mandar-me à fava e acabar comigo, ou se calhar até já estava tudo acabado… Odeio isto! Tenho que fazer alguma coisa para remediar isto… Já sei! Durante a hora de almoço, não como e vou num instante a casa buscá-lo…)

 

*************

 

Recuando um pouco atrás no tempo, no dia 14 de Março, a Sachiko chegou à escola e foi aos cacifos para mudar de sapatos. O Tarou também lá estava a calçar os seus sapatos de interior.

 

Sachiko: Ei Sawada-san. Bom dia. – Ela sorri alegremente.

 

Tarou: Ei.

 

Sachiko: …

 

Tarou: O que foi? Para que é que estás aí especada com essa cara de parvinha?

 

Sachiko: Eu… por nada… - Com a ponta do sapato no chão, ela balanceia o pé de um lado para o outro enquanto responde. Depois afasta-se e vai até ao seu cacifo para mudar de sapatos.

 

Fazendo o oposto daquilo que tinha vindo a fazer recentemente, durante todo o dia, a Sachiko evitou estar com as colegas e, sempre que possível, tentou estar sozinha. Ela até abordou o Tarou algumas vezes, mas ele não fazia a mínima ideia do que se estava a passar. E como ela não tinha nada para dizer, ela apenas fez figuras tristes. Por exemplo, no recreio, quando o Tarou estava a lavar as mãos nas torneiras junto do ginásio, a Sachiko também foi lá para lavar as dela, apesar de não precisar de o fazer.

 

Sachiko: Ei.

 

Tarou: Tudo fixe?

 

Sachiko: Estás a lavar as mãos?

 

Tarou: Não, estou a lavar a roupa. O que é que te parece? Burra…

 

Sachiko: He-he, tens razão.

 

Tarou + Sachiko: …

 

Mais tarde, quando as aulas terminaram, antes de ir embora, a Sachiko espera junto da bicicleta do Tarou. Quando o Tarou chega…

 

Tarou: O que estás aqui a fazer?

 

Sachiko: Ah, eu… eu…

 

O Tarou monta-se na sua bicicleta e observa-a.

 

Tarou: Tu tens estado estranha o dia todo. Estás doente?

 

Sachiko: Não, eu… eu só estava à espera do Kenji-kun… - Ela arranja uma desculpa enquanto faz beicinho, toda amuada.

 

Tarou: Ele já foi para casa. Não vês que a bicicleta dele já não está aí?

 

Sachiko: Estava mesmo a reparar nisso!

 

Tarou: Bem, então até amanhã, Yamada-san.

 

Sachiko: Pois, até amanhã…

 

Ele vai-se embora a pedalar na bicicleta.

 

Sachiko: *Suspiro*…

 

Ela caminha lentamente no regresso a casa, completamente destroçada.

 

Sachiko: (De que é que eu estava à espera? Primeiro, ofereci-lhe chocolates estragados e agora tenho andado este tempo todo a evitá-lo… Rejeitei todas as saídas que ele propôs. Tenho sido muito fria para com ele. Claro que ele não me iria dar nada…)

 

Sachiko: *Suspiro*… - Ela fica com os olhos lacrimejados.

 

Sachiko: *Snif* (Será que isto quer dizer que a nossa relação terminou? Ele está a acabar comigo? Eu não quero isso! Não! Não! Não! Não quero que a gente se separe! Não, não, eu não posso começar a chorar agora…)

 

Som: Ca-clanque – A Sachiko foi contra um caixote do lixo que estava na rua.

 

Sachiko: (Que desgraça!)

 

*************

 

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

A Aoi vai calçar as luvas de box e a começar a 3ª guerra mundial......boa sorte Suzume-chan

"Sachiko: (...) ofereci-lhe chocolates estragados (...)"

Ele nem estragados te ofereceu, não sei o que e pior.........por acaso ate sei

Desculpa Shira, tive de castigo não podia vir à net, a verdade é que fiquei aborrecida e não li :mellow: brincadeira, mas desculpa mesmo

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Não precisas pedir desculpa :)
 
Não coloquei nada ontem, pois calculei que não tivesses tido tempo para ler no fim de semana (tipo, tenhas estado fora ou porque vêm aí os testes), e sendo tu a única que anda a seguir a história, não quis sobrecarregar. Para além que depois fica tudo unido :(
 
--------------
 
>> Luta 26 - Página 4 <<
 
De volta ao presente (dia 15 de Março), a última aula da tarde termina.
 
Som: Kin kan kin kon – Toca para a saída.
 
A Sachiko está abatida a reunir lentamente os livros e os cadernos antes de os colocar dentro da mochila, completamente abstraída.
 
Sachiko: (Acho que está mesmo tudo acabado entre nós…)
 
Aoi: (Ela parece em baixo…) Sacchan, vamos juntas para casa!
 
Sachiko: Está b… - Ela não consegue terminar a sua resposta.
 
Tarou: Não! Ela não vai contigo hoje! – Ele grita.
 
Colegas: Eehhhh?
 
Sachiko: ???
 
Rapariga 1: Porque é que estás assim tão stressado?
 
Rapaz 1: Calma lá! Tu não mandas nela.
 
Rapaz 2: Achas que ela é tua para poderes usar e dispor dela assim como te apetecer?
 
Rapariga 2: Vocês os dois andam muito esquisitos ultimamente. Vocês têm um encontro romântico marcado para hoje, é?
 
Tarou: (Gah, já exagerei!) E-Ela hoje vem comigo! Combinámos um desafio para hoje. Temos um confronto no salão de jogos.
 
Kenji: Oh, boa! Já nem me lembro da última vez que vocês os dois competiram em algo.
 
Ichitaka: É verdade, eu também já estava a achar isso estranho… Então e qual é o castigo para quem perder desta vez?
 
Tarou: Uh, vejamos… o castigo é… hmm… hmmm… I-Ir para casa apenas vestindo roupa interior!
 
Sachiko: (Eu sei que ele está a mentir, mas será que ele está louco? Assim eles…)
 
Colegas: A SÉRIO? / TEMOS MESMO QUE IR VER ISSO! / PESSOAL, ‘BORA TODOS ATÉ AO SALÃO DE JOGOS! / ISSO VAI SER MESMO ENGRAÇADO!!! / Eles não estarão a exagerar? / Será que não vão arranjar problemas com um castigo desses? / Também quero ir ver!
 
Sachiko: (Tal como eu já estava à espera…)
 
O Tarou ficou embasbacado e nem sabe o que dizer ou que fazer. A Sachiko agarra-o pela mão e começa a correr enquanto o puxa.
 
Sachiko: Vamos fugir daqui!
 
Tarou: Uh? …
 
Eles os dois desatam a correr para fora da sala de aula.
 
Turma: ELES ESTÃO A FUGIR! / RÁPIDO, ATRÁS DELES! / Nós podemos apanhá-los depois no salão de jogos. / Mas despachem-se, vamos atrás deles!
 
*************
 
Sachiko + Tarou: *Arf, arf…*
 
Eles escondem-se numa rua das traseiras e aproveitam para recuperar o folego.
 
Sachiko: *Arf, arf…* Ah… conseguimos escapar…
 
Tarou: *Arf, arf…* Pois…
 
Sachiko + Tarou: Ah! – Apercebendo-se de que ainda estão de mãos dadas, a Sachiko larga a mão do Tarou e ambos coram.
 
Sachiko: Mas o que tinhas tu na cabeça quando foste dizer um disparate daqueles?
 
Tarou: …
 
Sachiko: Eles agora vão todos até ao salão de jogos e verão que nós não estamos lá. Diz-me só como é que vamos explicar isto amanhã?
 
Tarou: Desculpa, disse aquilo sem pensar… Eu arranjo uma justificação qualquer…
 
Sachiko + Tarou: …
 
Ele tira algo da mochila e, estendendo os braços para a frente o mais que pode ao mesmo tempo que inclina as costas para a frente e baixa a cabeça, ele entrega qualquer coisa à Sachiko.
 
Tarou: Toma! Fica com isto.
 
Sachiko: O que é isto? Um jogo eletrónico? Para mim? – Ela segura no jogo.
 
Tarou: Sim. Chama-se “Planet Wars”. É mesmo bom. É um jogo estrangeiro e não se consegue encontrar no Japão. O meu pai comprou-o em Inglaterra e ofereceu-mo. É mesmo fantástico! Eu gosto muito do jogo. Tu controlas o “Moonwalker” e começas quando estás a treinar para te tornares um “Jely”. Em todo o caso, é o meu jogo favorito. E até nem o tinha terminado ainda.
 
Sachiko: Então é óbvio que não posso mesmo ficar com ele, não é? Não o posso aceitar.
 
Tarou: Agora é teu. É a tua prenda do White Day. E perdoa-me! Tinha-me esquecido completamente disso!
 
Sachiko: Sa-sa… *Snif, snif* Uwaaaa~
 
Tarou: (Merda, passo a vida a fazê-la chorar…) Porquê? Porque é que estás a chorar? Eu acabei de te pedir desculpa por me ter esquecido que ontem era o White Day. Qual é o drama de ser um dia antes ou um dia depois?
 
Sachiko: Uwaaaa~ Mas a nossa relação… *snif*…
 
Tarou: (Merda, acho que desta não me safo… ela vai acabar comigo de vez…) – O Tarou está preocupadíssimo.
 
Será que ela vai mesmo terminar tudo com o Tarou?
 
Continua…
 
** FIM DA LUTA 26 **

 

----
IR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO



Conversa Livre 26 – Sobre Shiratori

Eu não falo lá muito acerca de mim, pois não? Bem, é porque eu sou uma pessoa chata e deprimida. Todos os dias, sinto sempre imenso cansaço e sono. Se a isso juntarmos um grave caso de preguiça aguda, geralmente nunca me apetece fazer nada. Foi mesmo uma surpresa ter-me dado vontade para começar a escrever “Clashing Feelings”. Devia estar mesmo sem nada para fazer. E por alguma razão, eu comecei a sentir-me estranhamente mais feliz enquanto escrevia CF. Acho que o Tarou e a Sachiko são ambos tão alegres e energéticos que talvez isso seja contagiante. Provavelmente, eles são assim pois essa era a personalidade que eu gostava de ter. Quem me dera ter tido dias de escola assim divertidos como os deles e, mesmo que eles passem a vida a discutir, eu gostava de ter uma relação como a deles. Os meus dias de escola foram mesmo aborrecidos e deprimentes. Eu sempre odiei ir à escola. Como veem, não há nada de jeito para dizer sobre mim…

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

"Tarou: (Merda, passo a vida a fazê-la chorar…)" ela esta sempre a chorar...habitua-te :)

Bem espero que ela aceite o jogo

Respondendo à Free Talk, toda a gente se sente mais feliz a fazer o que gosta (acho eu :mellow: ), os meus dias de escola também são deprimentes, e não é por não gostar, por isso faço o que gosto para me sentir melhor :D

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Tens que ter dias mais felizes! O pior é quando os outros fazem tudo para nos estragar o dia... até parece que ganham alguma coisa com isso :(

 

--------------
 

Luta 27 – Desafios Assombrados

 
Sachiko: Uwaaaa~ Mas a nossa relação… *snif*…
 
Tarou: (Merda, acho que desta não me safo… ela vai acabar comigo de vez…) – O Tarou está preocupadíssimo.
 
Sachiko: *Snif, snif* Uwaaaa~ Eu pensei que ias acabar comigo! Estou mesmo contente!
 
Tarou: O quê? Ufa, pregaste-me cá um susto… Eu é que estava receoso que tu fosses acabar comigo. Eu tenho sido um péssimo namorado.
 
Sachiko: Nada disso. Obrigada, estou mesmo contente com a tua prenda. *Snif* Mas é um jogo importante para ti. Eu não posso aceitá-lo! – Ela tenta devolver-lhe o jogo, mas o Tarou não o aceita de volta.
 
Tarou: Podes sim! Agora é teu! Bem, talvez mo possas emprestar um pouco, depois de o completares… - Ele murmura a última frase enquanto olha para o lado e coça a bochecha.
 
Sachiko: Un. Está bem. – Ela segura o jogo junto do seu coração.
 
A Sachiko limpa as lágrimas.
 
Tarou + Sachiko: …
 
Tarou: Jesus, és cá uma bebé chorona! Mas estou cheio de remorsos por te ter feito chorar naquele dia em que te empurrei contra a cama. Não sei o que me deu. Desculpa, estou mesmo arrependido. Ouve, não contes ao teu irmão que eu te fiz chorar.
 
Sachiko: Não faz mal. Não te preocupes, eu não lhe digo nada. A culpa até foi minha.
 
Tarou: Eh?
 
Sachiko: Ano ne [sabes], se quiseres, afinal podes ler essas revistas ero…
 
Tarou: Eh? O que queres dizer com isso?
 
Sachiko: Foi porque eu te disse para não leres desse tipo de coisas que tu me atacaste, não foi?
 
Tarou: O que raio estás para aí a dizer?
 
Sachiko: A Mizuki-sensei bem me avisou, mas eu pensei que ela estava na brincadeira… Mas ela tinha razão quando disse que tu me poderias atacar se eu te dissesse para deixares de ver essas coisas.
 
Tarou: ? – Ele não percebe nada do que ela está para ali a dizer.
 
Sachiko: Por isso, acho que não me importo se vires dessas coisas… (Bem, importo-me, mas…)
 
Tarou: Não faço a mínima ideia do que estás a querer dizer… como é que uma coisa tem a ver com a outra?
 
Sachiko: Sei lá! Eu nunca compreenderei os rapazes, mas se é assim que as coisas funcionam… desde que go-gostes de mim… não faz mal.
 
Tarou: (Aposto que ela percebeu mal qualquer coisa, mas quero lá sabes…) Claro que gosto de ti, parva… - Ele desvia o olhar.
 
Depois, eles olham intensamente um para o outro.
 
Tarou + Sachiko: …
 
O Tarou aproxima-se lentamente da Sachiko e segura-lhe os ombros. Ela estremece um pouco. E em seguida, naquele beco escondido, ele beija-a.
 
Tarou + Sachiko: …
 
Ele encosta-a gentilmente contra a parede e beija-a novamente. Depois dos seus lábios se afastarem, com as suas testas ainda quase a tocarem uma na outra, o Tarou cochicha…
 
Tarou: Estou mesmo arrependido, a sério, por te ter forçado. É só que fico mesmo muito excitado quando estou contigo… e eu fico, sabes…
 
Sachiko: Ficas como?
 
O Tarou dá um passo atrás e olhando para o lado para evitar o contacto visual com a Sachiko…
 
Tarou: Fico… com… uma ereção e depois quase que perco a cabeça. – Ele murmura.
 
Sachiko: Uma eleição?
 
[Shiratori comenta: O Tarou usou o termo em Inglês “Erection”. Dado que em Japonês os “L” se confundem com os “R”, a Sachiko assumiu que ele disse “Election”. Romanizadas, ambas as palavras são indistinguíveis e ambas se escrevem “エレクション” (e-re-ku-sho-n).]
 
Tarou: Un… - Ele fica todo vermelho e é incapaz de olhar nos olhos dela.
 
Sachiko: Em que raio é que ficas a votar?
 
Tarou: Uh? Não é eleição, burra! “Ereção”!
 
Sachiko: Oh… - A Sachiko também cora toda.
 
Tarou: Não consigo evitar, estás a ver…
 
Sachiko: Então estás com uma neste momento? – Ela interroga-se analisando as calças dele.
 
Tarou: Sim… Não dá para ver porque fica apertada contra a roupa.
 
Sachiko: Isso dói?
 
Tarou: É só um pouco desconfortável… Argh! Esquece lá isso!
 
Sachiko: …
 
Tarou: Quando te vejo… - Ele apoia as mãos nos ombros dela e olha-a bem nos olhos.
 
Tarou: Quando te toco… – Com a mão, ele acaricia-lhe a bochecha.
 
Tarou: Quando cheiro o teu perfume… – Ele inala junto do pescoço dela.
 
Sachiko: Nn… para com isso. – Ela está completamente vermelha até às pontas das orelhas e tem os olhos a andar à roda.
 
Tarou: Quando oiço a tua voz…
 
Tarou: Ou quando te provo… - Em vez de a beijar, ele dá-lhe uma pequena lambidela rápida nos lábios, como se fosse um cão.
 
Sachiko: Ah! O que raio estás a fazer? Depravado…
 
Tarou: Tu levas-me à loucura. Eu gosto tanto de ti ao ponto de perder a cabeça.
 
Sachiko: Sawada-san… (Tu também me pões louca, sabes? Oh bolas, estou tão excitada agora que acho que ainda molho as cuecas…)
 
Sachiko + Tarou: … - Eles limitam-se a olhar um para o outro. O Tarou fica ainda mais vermelho agora. Os seus corações estão a bater como loucos.
 
Tarou: (Mas que diabos estou eu para aqui a dizer? Ca vergonha…) M-Mas a partir de agora eu controlo-me. Eu prometo, Yamada-san.
 
Sachiko: Unn… Já… já agora, não é estranho nós ainda nos dirigirmos um ao outro utilizando os nossos apelidos? É que já somos namorados há mais de quatro meses…
 
Tarou: Pois é, tens razão. É estranho…
 
Sachiko: Então, posso chamar-te T… T-T… T… - Ela está a cerrar os olhos e está muito corada.
 
Tarou: Sim, podes chamar-me Tarou. Para que é que estás aí a gaguejar?
 
Sachiko: É só que…
 
Tarou: Vá lá. Diz lá o meu nome, Sach… Quero dizer… Sa-Sa… Sa… gah!
 
Sachiko + Tarou: Ha, ha, ha!
 
Sachiko: É mesmo embaraçoso, não é?
 
Tarou: Pois é.
 
Sachiko: Ta…rou…
 
Tarou: Sachi…ko…
 
Sai-lhes vapor da cabeça e das orelhas.
 
Sachiko + Tarou: Hi, hi, hi! – Eles riem-se.
 
Tarou: Oh, mas não podemos usar os nossos nomes próprios na escola, ou os nossos colegas vão suspeitar de nós e não vão parar de nos chatear.
 
Sachiko: Un
 
Som: *Ronco*
 
Sachiko: ?
 
Tarou: Argh, desculpa. Estou cheio de fome… (Nem almocei…) – Ele esfrega a barriga.
 
Sachiko: Vamos comer qualquer coisa naquela pastelaria ali ao fundo.
 
Tarou: Sim!
 
*************
 
O Tarou e a Sachiko estão sentados numa mesa do café.
 
Tarou: Estou a lembrar-me agora… *Nham, nham* Eu realmente meti uma argolada hoje. Sobre nós termos fugido juntos… *Nham, nham* Como é que vamos explicar isso aos nossos colegas, *nham, nham* amanhã?
 
Sachiko: Seria assim tão mau se lhes contássemos que estamos a namorar?
 
Tarou: Seria péssimo! *Nham, nham* A troça e o gozo deles seria insuportável. *Nham, nham*
 
Sachiko: Eu… acho que tens razão… - Ela murmura.
 
Tarou: Uma desculpa, uma desculpa… *nham, nham* para termos saído a correr juntos… - Ele engole a comida e fica a pensar. Parece estar a pensar seriamente no assunto.
 
Sachiko: (Por algum motivo, sinto-me desapontada… Até parece que ele tem vergonha de me ter como namorada. Magoa um pouco, isso…)
 
O Tarou engole o resto do seu bolo.
 
Tarou: Ah, por mais que pense no assunto, agora enterrei-me a sério. Desta vez não temos justificação possível! Estamos perdidos… Agora já não serei capaz de voltar à escola! – Ele esfrega a cabeça como um maluco, despenteando o cabelo todo.
 
Sachiko: Bem, e se nós…
 
*************

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Os meus dias ficam felizes quando chego ao meu quarto :)

Kyaa~~ :3

"Tarou: Quando te vejo…/Quando te toco…/Quando cheiro o teu perfume…/Quando oiço a tua voz…/Ou quando te provo…" nossa~~

"Tarou: Seria péssimo! *Nham, nham* A troça e o gozo deles seria insuportável. *Nham, nham*" não entendo, tipo qual é a cena, se gostam um do outro qual é o problema de contarem aos outros?

"Sachiko: Bem, e se nós…" ...

(Devia dar para citar as frases, mas só da no pc :c)

1 membro gostou disto!

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais
Os meus dias ficam felizes quando chego ao meu quarto

És tal e qual como eu :)

 

nossa~~

Não sei se está exagerado.  :blush:  O Tarou passou-se todo para dizer aquelas coisas todas :o

 

não entendo, tipo qual é a cena, se gostam um do outro qual é o problema de contarem aos outros?

Nada de mais, é só o Tarou a ser estúpido. (É claro que iria haver um gozozito ao principio e aqueles comentários do costume com os assobios à mistura, mas nada demais. 3 dias depois já ninguém faria caso.)

 

(Devia dar para citar as frases, mas só da no pc :c)

Tu não estás mesmo de castigo, pois não? :P

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

:3

Não esta exagerado, só não estava à espera que ele disse se isso :)

Agora já não mas tive durante 4/5 dias, por causa do teste de matemática, mas não posso ir ao pc mesmo que não esteja de castigo :c

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Oh bolas! :(


--------------
 
>> Luta 27 - Página 2 <<
 
No dia seguinte, quando o Tarou chega à escola, ele encontra logo o Kenji e o Ichitaka junto do portão.
 
Tarou: O que é isto?
 
Kenji: Estávamos à tua espera. Temos algumas perguntas para te fazer.
 
Tarou: Tch, até parece um interrogatório policial. Não, pior que isso. Dá ideia de que se eu não responder, vocês me vão torturar até à morte. É sobre aquilo de ontem, não é?
 
Ichitaka: Toda a gente quer saber o que se anda a passar entre ti e a Sacchan!
 
Tarou: Estou a ver que querem. Nem acredito que vocês ainda tenham dúvidas sobre tal coisa… Eu explicarei a toda a gente na sala de aula, caso contrário vou ter que explicar a mesma coisa vezes sem conta.
 
Kenji: Se não nos disseres o que se passa, nós atamos-te a uma cadeira e apontamos-te um holofote nos olhos e… eu farei certamente com que confesses tudo! – Ele tem um sorriso maléfico na cara.
 
Tarou: Então sempre estavam a pensar usar tortura…
 
Quando eles chegam à sala de aulas…
 
Tarou: Bom dia.
 
Sera: Bom dia. Ano [Hmm]… Sawada-san, sobre o que se passou ontem…
 
Tarou: Eu sei! A explicação é simples. Deixa chegar toda a gente para eu não me ter que repetir, pois está a querer-me parecer que todos vão perguntar a mesma coisa.
 
*************
 
Sachiko: Bom dia. – Ela também chega à sala de aulas.
 
Nanako: Sacchan! Explica-nos tudo!
 
Sachiko: Eh? O quê?
 
Chizuru: Sobre ontem. Onde é que tu e o Sawada-san foram os dois? Qual é a tua relação com ele?
 
Sachiko: O Sawada-san já não vos explicou tudo?
 
Nanako: Não. Ele está para ali a dizer que só quer explicar uma vez. Estamos a morrer de curiosidade.
 
Tarou: Alguns dos nossos colegas ainda não chegaram e eu só…
 
Turma: CALA-TE! NÓS DEPOIS CONTAMOS-LHES POR VOCÊS! / AGORA CHIBEM-SE LÁ! / CONFESSEM IMEDIATAMENTE!
 
Tarou: Que maçada… Vocês são tão impacientes.
 
Nanako: Mas o que foi aquela cena toda que aconteceu ontem, Sacchan? Vocês os dois não estavam no salão de jogos…
 
Aoi: …
 
Sachiko: Para dizer a verdade… não havia nenhuma competição.
 
Turma: O quê? Então…
 
Sachiko: Nós apenas combinámos ir jogar um pouco, apenas por divertimento. Não foi, Sawada-san?
 
Tarou: Foi. Apesar de ela ser uma chata, no que diz respeito a jogos, nós pomos as nossas diferenças e desavenças de lado.
 
Sachiko: Era um jogo cooperativo, e como estávamos ambos empenhados em chegar ao final do jogo, necessitávamos de um parceiro que soubesse jogar bem.
 
Tarou: Mas achei que vocês iriam fazer troça de nós, por isso eu fiquei nervoso e inventei na hora aquela treta toda da competição. Era mentira.
 
Kenji: Ah, isso explica tudo.
 
Sera: Não explica nada, és estúpido? Então porque é que vocês não estavam no salão de jogos quando nós todos fomos lá à vossa procura? Onde é que vocês realmente foram?
 
Tarou: Era no salão de jogos da vila vizinha. Esse jogo só está disponível lá.
 
Kenji: Ah, isso explica a razão de eles não estarem no salão do Proprietário-san.
 
Sera: Ainda assim, muito suspeito! Porque é que fugiram a correr os dois daquela maneira em vez de explicarem logo tudo? Continua a ser tudo muito duvidoso.
 
Sachiko: Não há nada de suspeito. Estávamos a ficar atrasados para apanhar o comboio. Por isso, tivemos que correr ou perdê-lo-íamos.
 
Sera: Bem… acho que assim está explicado… Mas têm a certeza de que não há mais nada entre vocês os dois? Não andam a namorar às escondidas, pois não?
 
Tarou: Como é que eu seria capaz de namorar com uma miúda irritante como a Yamada-san? O peito dela é tão liso que até o gordo do nosso diretor tem mamas maiores!
 
Sachiko: (Isso magoa! Baka! É por isso que eu odeio isto!)
 
Ichitaka: Shh! O que vais fazer se o diretor ou um professor te ouvir a dizer isso?
 
Nanako: Sacchan?
 
Sachiko: (Oh bolas, esqueci-me de responder à provocação…) Eu… E eu não nunca na vida seria capaz de namorar com um animal malcheiroso como o Sawada-san. Ele cheira pior do que lixo podre.
 
Nanako: Então, parece que as nossas dúvidas foram esclarecidas…
 
Chizuru: Não há nenhum comboio a essa hora… - Ela diz baixinho.
 
Todos: O quê?
 
Chizuru: Mas não há nenhum comboio a essa hora! Eu sei porque me farto de ir de comboio até à vila vizinha. Por isso, essa história não bate bem.
 
Olham todos para eles com ar de desconfiados.
 
Sachiko + Tarou: *Giku*!!! (Fomos agarrados!! Será que temos salvação?)


--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA (continua em baixo...)

--------------
 
>> Luta 27 - Página 3 <<
 
Chizuru: Não há nenhum comboio a essa hora… - Ela diz baixinho.
 
Todos: O quê?
 
Chizuru: Mas não há nenhum comboio a essa hora! Eu sei porque me farto de ir de comboio até à vila vizinha. Por isso, essa história não bate bem.
 
Olham todos para eles com ar de desconfiados.
 
Sachiko + Tarou: *Giku*!!! (Fomos agarrados!! Será que temos salvação?)
 
Sachiko: Mas eu disse c-comboio? Ha, ha, ha, eu queria dizer autocarro… ha-ha… - Ela ri-se nervosamente. Quer o Tarou quer a Sachiko estão a suar, olhando para os colegas.
 
Aoi: Ah, ela queria dizer autocarro. Que burrinha que a Sacchan é, ela passa a vida a cometer esse erro. Até dá a sensação de que tu não sabes qual é a diferença entre um autocarro e um comboio. Ha, ha, ha.
 
Turma: Então era isso…
 
Sera + Ichitaka + Chizuru: (Hmm… extremamente suspeito…)
 
Tarou + Sachiko: (Phew…)
 
Sachiko: (Obrigada Aoi-chan… Por culpa do Tarou, ultimamente passo a vida a ter que contar mentiras. Não me faças dizer mentiras a toda a hora! Eu não sou mentirosa. Odeio quando tenho que mentir…)
 
Ichitaka: (Ainda não estou convencido. Eles estão muito estranhos. Disso não tenho dúvidas…)
 
*************
 
Desde então, a Sachiko e o Tarou têm-se dado muito bem na escola. Até parece que eles se esqueceram de que os seus colegas estão a ficar muito desconfiados. Durante os intervalos, eles falam alegremente sobre vários temas, como por exemplo, videojogos e programas televisivos ou trocam jogos e divertem-se a jogá-los juntos. Neste preciso momento, eles estão na pausa da hora de almoço. O Tarou e a Sachiko já acabaram de comer os seus almoços. Na sala de aulas, a Sachiko está sentada na sua secretária a jogar um jogo eletrónico e o Tarou está em pé atrás dela, curvado a olhar por cima do ombro da Sachiko para o visor do jogo.
 
Sachiko: Vês, se chegares aqui e fizeres isto, ele não te consegue atingir. E depois, quando tiveres uma aberta…
 
Tarou: Ah, estou a ver…
 
Sachiko: O truque aqui é teres paciência. Só podes atacar quando ele começa a recuar, ou então vais perder vida.
 
Tarou: Hmmm… que boss mais irritante…
 
Colegas: … - Vários colegas estão a olhar para eles enquanto cochicham entre si.
 
Sachiko: Já está! Vês, ganhei. É assim que se faz.
 
Tarou: Agora já percebi! Então tem que se usar esse truque para o derrotar…
 
Rapariga 1: Vocês os dois estão a dar-se muito bem. Isto é uma coisa tão espantosa, que eu mal consigo acreditar nos meus olhos. Se me contassem, não acreditaria.
 
Sachiko + Tarou: Eh? – Eles olham em seu redor e só agora é que dão conta de que estavam a ser observados e se apercebem de que efetivamente se estavam a dar demasiado bem os dois.
 
Rapariga 2: Não é? Uma pessoa tem que ver com os próprios olhos para acreditar nisto.
 
Rapaz 1: Nunca esperei ver tal coisa nos dias da minha vida.
 
Rapaz 2: Agora que as zangas de amor entre o nosso famoso casalinho fazem parte do passado, quando é que vai ser o casamento?
 
Sachiko + Tarou: *Kaaa [bochechas a corarem]*!!!
 
Tarou: Já não vos expliquei? Quando diz respeito a jogos, nós pomos as nossas diferenças de lado.
 
Ichitaka: Eu ainda não estou convencido. Vocês ainda não guerrearam uma única vez este período. O que aconteceu às vossas famosas competições?
 
Sera: É verdade que até agora vocês os dois não se estavam a dar lá muito bem, mas nestes últimos meses, a sensação que fica é que vocês apenas estavam distantes. Tipo, como se estivessem a fazer de propósito para se evitarem meter no caminho do outro. Acho que isso foi desde que deram aquele beijo no festival cultural… Isso já de si foi uma coisa estranhíssima, dado que vocês passavam a vida zangados e a guerrear. E agora isto! Olhem só para vocês os dois!
 
Sachiko: (Aoi-chan, ajuda-nos…) – Ela olha para a Aoi-chan em desespero.
 
Aoi: (Desculpa, mas não há nada que possa fazer por ti agora…)
 
Sera: Vocês os dois têm a certeza de que não estão namorar?
 
Tarou: Claro que temos a certeza. Eu não a consigo aturar! Nós não temos competido ultimamente, simplesmente porque não tem havido oportunidade para tal! E quando se trata de partilhar os nossos jogos, eu não consigo evitar querer jogar jogos novos.
 
Sachiko: Isso mesmo. Eu ainda não o suporto, mas nós já somos crescidinhos e agora sabemos lidar com as nossas diferenças como adultos. Para além disso, os jogos são divertidos!
 
Colegas: …
 
Tarou + Sachiko: Certo?
 
Ichitaka: Então, nós arranjamos-vos umas competições para vocês.
 
Kenji: Pois é!
 
Rapariga 1: Bom, se quiserem eu tenho uma sugestão. Apesar de ainda não ser verão, e não ser altura para histórias de fantasmas, recentemente contaram-me que já foram várias as raparigas que ouviram ruídos estranhos na casa de banho.
 
Chizuru: Ah! Também já ouvi falar disso. Circula por aí um rumor que a “Hanako da Casa de Banho” aparece realmente na casa de banho da nossa escola para matar quem lá vai.
 
Nanako: Eh?? Não pode ser! Que medo…
 
Tarou + Sachiko: …
 
Rapariga 2: Eu ouvi dizer que, no passado, houve uma aluna que desapareceu depois de um dia ter vindo à escola de noite com uma amiga. Aparentemente, de acordo com a amiga dela, ela terá ido à casa de banho por volta da meia-noite e depois disso, nunca mais foi vista. Até a polícia procurou por ela, mas ela nunca mais apareceu. Dizem que até os investigadores da polícia sofreram uma maldição. Alguns morreram sem razão aparente, outros ficaram muito doentes ou endoideceram e alguns demitiram-se da polícia e até houve quem saísse da cidade. Então eles fecharam o caso e queimaram todos os registos relacionados com o mesmo, destruíram todas as provas e pistas, de modo a livrarem-se da maldição.
 
Rapariga 1: E recentemente, algumas raparigas vieram à escola de noite para ver se o rumor era verdadeiro e disseram que realmente se ouvem barulhos por volta da meia-noite. Elas ficaram tão assustadas que fugiram sem sequer irem ver a causa dos barulhos. E é por isso que vocês os dois deviam competir num teste de coragem.
 
Sera: Sim, boa ideia.
 
Rapariga 1: Hoje à noite, vimos todos à escola. Vocês os dois vão ficar dentro do compartimento amaldiçoado que ninguém utiliza, na casa de banho das raparigas do primeiro piso, até que passe a meia-noite. O primeiro a fugir com medo, perde o desafio.
 
Sachiko: Que ridículo. Não existem fantasmas nem espíritos.
 
Tarou: Só idiotas é que acreditam em fantasmas. Que competição mais estúpida. E o que acontece se ninguém fugir? É suposto ficarmos lá a noite toda?
 
Aoi: Oh, mas eu posso garantir-vos que na nossa escola há de facto uma Hanako.
 
Sachiko: Para com isso, Aoi-chan…
 
Rapariga 1: Se ninguém fugir até à 1 da manhã, considera-se empate.
 
Rapariga 2: Assim podemos solucionar o mistério e confirmar se se trata realmente de um fantasma ou não.
 
Ichitaka: E o castigo para quem perder é dizer ao Hirota-sensei que ele é um anormal de um sádico, um nazi dos castigos, que ele passa demasiados trabalhos de casa e que os testes dele são estupidamente difíceis.
 
Colegas: Eh? (Quem perder vai ser fuzilado! De certeza! Isso ainda mete mais medo do que qualquer fantasma.)
 
Tarou: Ei, ei, isso não é um exagero?
 
Sachiko: Un, un! Isso é exagerado. – Ela acena em concordância.
 
Ichitaka: Onde está esse vosso espírito de guerreiros que tinham antigamente? Veem, vocês já estão com entraves. Definitivamente há qualquer coisa muito estranha com vocês os dois.
 
Tarou + Sachiko: Nós aceitamos o desafio!
 
*************

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

YAY, isto passados dois dias não une as mensagens :)
 
--------------
 
>> Luta 27 - Página 4 <<
 
Tal como previamente combinado, encontram-se todos na escola às 23:00. Vieram muitos colegas, incluindo o Kenji, o Ichitaka, a Aoi, a Chizuru e a Sera.
 
Sachiko: Foi por um triz que me consegui escapulir de casa, pensei mesmo que ia ser apanhada.
 
Aoi: Eu também. E a Nana-chan não vem. Ela disse que estava com muito medo.
 
Tarou: Isto é um completo desperdício do meu precioso tempinho.
 
Rapariga 1: Então, vamos entrar?
 
Sera: Mas como é que entramos na escola?
 
Aoi: Há um sítio onde é muito fácil trepar por cima da vedação.
 
Rapariga 1: E previamente, eu deixei aberta uma das janelas do pavilhão principal. Tenho a certeza que ninguém a foi fechar.
 
*************
 
Rapariga 1: Muito bem, vocês os dois entrem naquele cubículo do fundo, o último de todos.
 
Tarou + Sachiko: Hai.
 
Rapariga 1: Pronto, vou fechar a porta do cubículo. O desafio começa agora! Não se esqueçam, até à uma da manhã, quem sair, perde.
 
Tarou + Sachiko: Hai, hai.
 
Tarou: Isto vai ser uma autêntica seca.

Rapariga 1: Nós deixamos a porta principal da casa de banho aberta e vamos estar no corredor para arbitrar o desafio. Eu nunca na vida ficaria cá dentro. É arrepiante! Então até logo! - Ela sai da casa de banho.

Todos os seus amigos ficam a aguardar no escuro corredor, junto à iluminada casa de banho das raparigas, espreitando de vez em quando lá para dentro.

Rapariga 1: Hi, hi, hi, claro que o plano é pregar-lhes partidas para os assustar. – Ela segreda ao chegar ao corredor.
 
Rapariga 2: Quando chegar a meia-noite, alguém irá lá para fazer barulhos e vozes.
 
Rapariga 1: Mas quem é que vai lá dentro? Eu não vou!
 
Rapariga 2: Eu também não quero ir.
 
Ichitaka: Mas tem que ser uma rapariga.
 
Aoi: Eu até ia, mas a Sacchan é minha amiga e por isso não quero ser eu a fazê-lo.
 
Sera: (Eu também não quero ter que ir lá!) Vamos tirar à sorte.
 
*************
 
Som: *Doki, doki, doki [tum, tum, tum]*
 
O Tarou está encostado contra a parede de betão e a Sachiko está encostada contra a divisória dos cubículos, no lado oposto à parede. Os corações da Sachiko e do Tarou estão acelerados como tudo. Não é que eles estejam assustados com medo do fantasma. Eles estão juntos, trancados num pequeníssimo espaço e, por alguma razão, eles começam a ficar com os calores.
 
Tarou: (Não acredito que estou na casa de banho das raparigas com a Sachiko. Esta situação soa pervertida comó diabo! Estou a sentir-me estranho como um raio.)
 
Sachiko: (Aqui com ele… ele não me vai atacar, pois não? Não sei porquê, mas estou a sentir-me muito estranha…)
 
Tarou + Sachiko: … - Eles vão trocando olhadelas rápidas, coram e ficam nervosos.
 
Tarou: É melhor falarmos baixinho senão eles ouvem-nos. – Ele murmura.
 
Sachiko: Tens razão. – Ela cochicha.
 
Tarou: Por isso, toma atenção a isto. É óbvio que eles estão a planear pregar-nos partidas. Tipo, fazerem barulhos e essas tretas… Mas não te assustes. Se empatarmos isto, ninguém terá que sofrer aquele castigo.
 
Sachiko: Un. O Hirota-sensei matar-nos-ia…
 
Tarou + Sachiko: … - Eles continuam corados.
 
*************
 
Chizuru: Porque é que tenho de ser eu a ir assustá-los?
 
Rapariga 1: Não te preocupes. Os fantasmas não existem, não é certo? Ei, e ainda é cedo. Vamos comprar qualquer coisa para beber nas máquinas de venda. Chizuru-chan, tu ficas aqui de olho neles. Nós trazemos-te algo. Pode ser chá?
 
Chizuru: Pode.
 
Tirando a Chizuru, o grupo todo afasta-se enquanto conversam animadamente.
 
Chizuru: (Agora que fiquei aqui sozinha, isto de repente ficou ainda mais assustador… Eu sei que não existem fantasmas mas isto é como ir a um cemitério à noite. É arrepiante na mesma! Ah, e agora fiquei com vontade de fazer xixi… Se for no primeiro cubículo, a Hanako não aparecerá lá, certo?)
 
*************
 
Sachiko: (O facto de estar aqui trancada deu-me vontade de fazer xixi… Acho que sou capaz de molhar as cuecas a qualquer momento… uuu, outra vez isto não!)
 
Sachiko: Que horas são? – Ela cochicha.
 
Tarou: Faltam 20 minutos para a meia-noite. Ei, estás a tremer. – Ele murmura.
 
Sachiko: Está frio aqui…
 
Tarou: Estás com medo?
 
Sachiko: Não…
 
Tarou: Tontinha, não há razão nenhuma para estares assustada. Anda cá. – Eles continuam a falar baixinho para que, caso os colegas estejam à escuta, eles não sejam ouvidos.
 
O Tarou abraça-a.
 
Tarou: Não tenhas medo. Eu vou proteger-te sempre. Para além disso, fantasmas e espíritos não existem.
 
Sachiko: Un.
 
Tarou: Olha, posso beijar-te?
 
Sachiko: Un.
 
Eles coram e partilham um beijo.
 
Tarou: Estás a sentir-te melhor agora? – Ele segreda ao ouvido dela enquanto a continua a abraçar gentilmente.
 
Sachiko: Não… Estou aflita para fazer xixi… ugh…
 
Tarou: O quê? – Ainda a segurar-lhe nos braços, ele dá um passo atrás.
 
Sachiko: Não aguento mais! Estou mesmo no limite.
 
Tarou: Podes fazer aqui. Eu não olho. – Ele volta-lhe as costas.
 
Sachiko: Uma ova! – Ela “grita” mas a cochichar.
 
Tarou: Não queres fazer novamente nas cuecas, ou queres? Desta vez não contes comigo para te encobrir…
 
Sachiko: Eu vou sair e vou usar um dos outros cubículos. Eu certifico-me de que ninguém está a olhar cá para dentro. E mesmo que eles me vejam, ainda não é meia-noite, por isso não conta.
 
A Sachiko abre cuidadosamente a porta para espreitar lá para fora.
 
Tarou: (De que é que eu estava mesmo à espera?)
 
Sachiko: A costa está livre. Cá vou eu. Tu fica aqui! Se me fores espreitar, morres.
 
Tarou: Sim, eu sei.
 
A Sachiko sai e fecha a porta do cubículo.
 
Sachiko: (Vou usar o cubículo mais afastado. Eu não quero que ele me oiça. Isto é tão embaraçoso!)
 
Tarou: (Também estou quase a rebentar… Enquanto ela está lá fora, eu também podia…)
 
A Sachiko vai até ao primeiro cubículo, mas antes de abrir a porta, ela ouve qualquer coisa lá dentro.
 
Som: *Pshhh…* [som de líquido]
 
Sachiko: (Está alguém aqui dentro…?) – O coração dela dispara.
 
Ela espreita um pouco por baixo da porta da divisória e vê uma sombra lá dentro.
 
Sachiko: (É A HANAKO!!!!) – Ela fica toda branquinha de medo!
 
--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA (continua em baixo...)

 

--------------

 

Um compacto de 5 páginas para acabar a Luta 27. Mas se ninguém comentar, só ponho o próximo capítulo na 6ªF que é para não unir e começar numa mensagem limpa. E já só ficam a faltar mais 10 capítulos...

 

--------------
 
>> Luta 27 - Página 5 <<
 
Ela espreita um pouco por baixo da porta da divisória e vê uma sombra lá dentro.
 
Sachiko: (É A HANAKO!!!!) – Ela fica toda branquinha de medo!
 
Sachiko: (Tenho que fugir daqui rápido! Espera, não posso deixar o Tarou sozinho! Para além disso, eu não quero ter que dizer aquelas coisas ao Hirota-sensei… Vou buscar o Tarou para fugirmos os dois daqui depressa!)
 
A Sachiko regressa ao cubículo do fundo, onde o Tarou se encontra. Ela abre a porta e…
 
Tarou: Não! Não entres ainda!
 
Ela apenas consegue ver as costas do Tarou. Apesar de se tratar de uma casa de banho tipicamente Japonesa na qual a pessoa se deve agachar, o Tarou está de pé virado para a retrete.
 
Som: *Pshhh…* [som de líquido]
 
Sem sequer se aperceber do que ele está a fazer, a Sachiko mete os braços há volta do peito do Tarou, abraçando-o por trás, e coloca a cara nas costas dele, cheia de medo com lágrimas nos cantos dos olhos.
 
Sachiko: E-Está um f-fantasma lá fora! Vamos embora daqui, por favor!!! – Ela diz baixinho a tremer de medo.
 
Tarou: Não me abraces quando eu… - Ele murmura.
 
Sachiko: Eh? – Ainda a abraçá-lo, ela põe a cabeça um pouco para traz e franze o sobrolho enquanto lhe olha para as costas.
 
Sachiko: Tu… por acaso… estás a fazer xixi?
 
Tarou: Estou…
 
A Sachiko fica incrivelmente vermelha, mas quando se preparava para soltá-lo…
 
Som: *Autoclismo* - Ouve-se uma descarga no outro cubículo.
 
Em vez de se afastar dele, a Sachiko abraça-o ainda com mais força que anteriormente. Ela está demasiado assustada para largá-lo.
 
Sachiko: Vês! O espírito está lá fora! – Afirma quase inaudivelmente. Ela ainda treme mais agora.
 
Som: *Pshh* [som de líquido] – O som para.
 
Tarou: Acalma-te lá. Não existem fantasmas!
 
Sachiko: Já acabaste de fazer xixi?
 
Tarou: Ainda não…
 
Sachiko: (Mas já não oiço nada…)
 
Nisto, alguém abre a torneira do lavatório. Claro que é apenas a Chizuru a lavar as mãos.
 
Sachiko: GII! A Hanako está… está… aqui… lá fora… uuuu… - Tremendo como varas verdes, ela abraça-o ainda com mais força.
 
Tarou: (Ah~~ Para de tremer…)
 
Chizuru: (Consigo ouvi-los a cochichar… o que estarão a dizer? Talvez me tenham ouvido e ficado aterrorizados de medo… hi, hi, hi… Talvez eu pudesse ir até à divisória ao lado da deles, para ouvir melhor o que dizem e começar a assustá-los com barulhos… hi, hi, hi! Mas estar aqui não deixa de ser arrepiante…) – Ela fica com uma gota de suor na cabeça.
 
Tarou: *Arf*… Pronto, acabei. (Isto foi tão…)
 
Ele aperta as calças e puxa o autoclismo. Depois vira-se para a Sachiko e segura-lhe nos ombros. A Sachiko tem um enorme arrepio.
 
Sachiko: N—N-N-Não me toque com as mãos sujas! – Os olhos dela estão a andar à roda.
 
Tarou: Desculpa… - Ele retira as mãos. É escusado dizer que eles continuam a falar baixinho.
 
Chizuru: (Não, estou demasiado assustada! Vou esperar que os outros cheguem. Assim será menos assustador.) – A Chizuru retira-se da casa de banho e regressa ao corredor.
 
Tarou: Olha, o que raio aconteceu para teres ficado assim tão perturbada?
 
Sachiko: F-F-F-F-Fantasma!
 
Tarou: Eles não existem.
 
Sachiko: No outro cubículo… Vi alguém lá dentro! E tu também ouviste aquilo, não ouviste? A descarga e a água a correr no lavatório, tu também ouviste isso, certo?
 
Tarou: Burra, provavelmente foi apenas um dos nossos colegas que também estava com vontade.
 
Sachiko: Ah… ha, ha… agora que penso nisso…
 
Tarou: Nunca pensei que fosses assim tão assustadiça…
 
Sachiko: Mas tu, tu estavas…
 
Tarou: Também estava à rasca para fazer xixi. Não pude evitar. (E o resto foi tudo culpa tua!) Eu pensei que não faria mal, mas tu regressaste demasiado cedo! E tu chegaste a acabar o teu negócio?
 
Sachiko: Ugh… Esqueci-me… Agora que falas nisso, não consigo aguentar nem mais um minuto. – Ela esfrega as pernas uma na outra e tem lágrimas nos cantos dos olhos.
 
Tarou: Ó pá, vai lá fora outra vez e despacha lá isso de uma vez por todas!
 
Sachiko: Nem pensar! Mete medo! – Ela murmura ao mesmo tempo que abana pronunciadamente a cabeça em sinal de reprovação.
 
Tarou: Então o que é que tencionas fazer?
 
Sachiko: Vou fazer aqui mesmo. Não olhes! – Ela murmura.
 
Tarou: O quê? Aqui? Ok… - Ele vira-se para o outro lado e engole em seco.
 
Sachiko: (Eu mandava-o lá para fora, mas tenho muito medo de ficar aqui sozinha…)
 
A Sachiko agacha-se no mesmo sítio onde, apenas há alguns instantes, o Tarou estava em pé a aliviar-se.
 
Som: *Barulho das roupas* - O Tarou fica todo vermelho.
 
Sachiko: Se olhares para aqui, mato-te.
 
Som: *Pshhh…* [som de líquido]
 
Sachiko: (Ah, ele vai ouvir isto… que vergonha… quero morrer!)
 
Sachiko: És um depravado, Tarou. Odeio-te. És do piorio. – Ela volta a cabeça para trás para se certificar de que ele não está a espreitar. Ele não está a olhar, mas ainda assim, a Sachiko está muito vermelha.
 
Tarou: Mas a culpa não é minha… - Ele coça a cabeça.
 
Som: *Pshhh.* [som de líquido] – O som desvanece e deixa de se ouvir.
 
Som: *Barulho das roupas*, *Barulho da descarga*
 
Tarou: Já terminaste?
 
Sachiko: Un
 
Tarou + Sachiko: … - Eles olham um para o outro. Eles estão a arder de vergonha e uma imensa nuvem de vapor sai-lhes das cabeças.
 
Sachiko: Tarado…
 
Tarou: Já é quase meia-noite. Só temos que esperar mais uma hora.
 
Sachiko: Tarado, tarado…
 
Tarou: Cala-te lá! A única tarada aqui és tu! Primeiro abraças-me quando eu estou ocupado e depois fazes xixi comigo aqui… mas tu não tens vergonha?
 
Sachiko: És do piorio! Do mais reles! – Eles agora estão a discutir aos cochichos.
 
Tarou: Gah, és tão irritante! Mas ainda assim…
 
O Tarou vai até ela e beija-a subitamente. A Sachiko é apanhada de surpresa.
 
Sachiko: ? Nnn…
 
Depois de quebrar o beijo, ele sussurra gentilmente ao ouvido dela.
 
Tarou: Eu gosto de ti.
 
Sachiko: … Onde pensas que estás a pôr as mãos?
 
A mão esquerda do Tarou está no ombro dela e a mão direita está na perna dela. E, lentamente, ele começa a fazer subir a mão.
 
Tarou: Eu vou analisar para ver se molhaste as cuequinhas com xixi… Guh!!!
 
A Sachiko dá-lhe um valente murro no estômago. Ele recua e vai-se encostar contra a parede de betão atrás dele, agarrado à barriga. Encostada à divisória, a Sachiko fica amuada e zangada, com os braços cruzados.
 
Tarou: Gaahh… Que dor… Era só uma piada, burra. Uma piada! – Ele “grita” baixinho.
 
Sachiko: Não me pareceu que estivesses a brincar. E mesmo que fosse só uma piada, não tem graça nenhuma, seu degenerado!
 
Tarou: Vá lá! Não te zangues comigo outra vez. A sério, eu não ia mesmo fazer uma coisa dessas. Era só uma piada!
 
Sachiko: Hmph! – Ela vira a cabeça para o lado.
 
Tarou: (Ela é tão gira mesmo quando fica zangada ou amuada!) Eu realmente amo-te.
 
Voz Feminina: Ah! – Eles ouvem uma voz abafada que vem do cubículo ao lado.
 
Tarou + Sachiko: !!
 
Som: Catrapum!
 
Voz Feminina: Nn…
 
Som: Clinque, plinque, clinque…
 
Sachiko: Que barulhos são estes?
 
Tarou: Não sei… Aposto que são eles a tentarem assustar-nos.
 
Voz Feminina: Onde? Onde?
 
Sachiko: T-Tenho medo…
 
A Sachiko vai para junto do Tarou na parede de betão e agarra-lhe firmemente o braço. Eles estão a olhar para a divisória dos cubículos.
 
Tarou: …
 
E então, vindo por baixo da divisória, aparece uma mão muito branca que parece que os quer agarrar.
 
Tarou + Sachiko: AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Eles abraçam-se cheios de medo e gritam em pânico.
 
Sachiko: VAMOS FUGIR!
 
Tarou + Sachiko: AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
 
Eles saem os dois da casa de banho, a correr o mais rápido que conseguem. Quando eles veem os amigos no corredor…
 
Tarou: Está aqui! A Hanako está mesmo aqui!
 
Sachiko: FUJAAAAAAAAAAAAM!!!!!!!
 
*************
 
Recuando um pouco no tempo…
 
Aoi: Cá estamos nós. As máquinas de vendas estavam desligadas…
 
Rapariga 1: Aconteceu alguma coisa?
 
Chizuru: Não. (Bem, eles estavam a cochichar os dois. E puxaram o autoclismo duas vezes, vá-se lá saber porquê…) Nada importante…
 
Ichitaka: Ei, já não está quase na hora de começarmos a assustá-los?
 
Rapariga 1: Está. Chizuru-chan, vai lá dentro e prega-lhes um cagaço de morte! Hi, hi, hi…
 
Chizuru: Está bem…
 
Sem qualquer entusiasmo, a Chizuru entra na casa de banho.
 
Chizuru: (Vou para o cubículo ao lado do deles…)
 
A Chizuru entra sorrateiramente para o cubículo.
 
Vozes: …ah! … dor… era… piada…
 
Chizuru: (Eles continuam a cochichar? O que estão a dizer? Vou tentar ouvir o que dizem primeiro…) – Ela encosta a orelha na parede da divisória.
 
Sachiko: Hmph!
 
Tarou: Eu realmente amo-te.
 
A Chizuru fica chocada e dá um salto para trás.
 
Chizuru: Ah! – Ela meteu o pé dentro da retrete.
 
Quando o seu pé aterra na retrete de agachamento tradicionalmente Japonesa da casa de banho das raparigas, ela perde o equilíbrio e tropeça, embatendo contra a parede da divisória oposta.
 
Som: Catrapum! – A Chizuru bate com a cabeça na parede.
 
Chizuru: Nn…
 
Som: Clinque, plinque, clinque…
 
Chizuru: (Que nojo! Ah, a minha cabeça, que dor… ah, a minha bracelete! Foi a rolar para o cubículo ao lado…) – Ela fica pálida.
 
Sachiko: Que barulhos são estes?
 
Tarou: Não sei… Aposto que são eles a tentarem assustar-nos.
 
Chizuru: Onde? Onde? (Para onde é que ela foi?) – Ela espreita por baixo da divisória.
 
Sachiko: T-Tenho medo.
 
Tarou: …
 
Chizuru: (Está ali!)
 
Depois, ela estica a sua branca mão por baixo da divisória para tentar apanhar a bracelete.
 
Tarou + Sachiko: AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
Sachiko: VAMOS FUGIR!
 
Tarou + Sachiko: AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!
 
O Tarou e a Sachiko saem os dois da casa de banho, a correr o mais rápido que conseguem. Quando eles veem os amigos no corredor…
 
Tarou: Está aqui! A Hanako está mesmo aqui!
 
Sachiko: FUJAAAAAAAAAAAAM!!!!!!!
 
Aoi: Vocês os dois acalmem-se! Está tudo bem!
 
Sachiko: Mas, mas, mas…
 
Aoi: ACALMEM-SE! Eu já disse que não foi nada!
 
Ichitaka + Kenji + Sera + Rapariga 1 + Rapariga 2: HA, HA, HA! Que engraçado! HA, HA, HA!
 
Sachiko + Tarou: Eh?
 
Aoi: Foi a Chizuru que vos foi pregar um susto. Olhem, ali está ela! – A Aoi aponta para dentro da casa de banho das raparigas.
 
Sachiko + Tarou: Aaah…
 
A Chizuru está nos lavatórios a lavar a bracelete com um ar muito abatido.
 
Chizuru: *Suspiro…* (Que nojo! Que grande nojo! Meti o sapato dentro da retrete! Ai que nojo! E deixei cair a minha preciosa bracelete que me foi oferecida pelo meu pai… Que nojo! Que nojo! Que nojo! Ainda sou capaz de morrer tal é o nojo que sinto!)
 
Tarou: Então afinal sempre eram vocês…
 
Sachiko: Mon!
 
Kenji: Mas deviam ter visto as vossas caras! Quem me dera que a Nanako vos tivesse tirado uma fotografia agora, tal como daquela vez com o tubarão.
 
Tarou: Fecha a matraca!
 
Ichitaka: Mas assim o desafio acabou em empate. Que pena…
 
Sachiko: Vocês todos são do piorio! Mon… - Ela tem lágrimas nos cantos dos olhos.
 
Chizuru: (Mas eu acho que ouvi o Sawada-san a dizer “Eu realmente amo-te”…)
 
Sachiko: (Que dia horroroso… mas o Tarou disse que me ama pela primeira vez, hi, hi, hi… Ele até aqui usou sempre o verbo “gostar”.)
 
*************
 
No dia seguinte, no corredor da escola, eles estão todos na conversa durante o intervalo.
 
Kenji: Ontem foi mesmo engraçado. Ha, ha, ha!
 
Tarou: Podemos parar de falar disso?
 
Aoi: Vocês riem-se disso, mas oiçam bem! Existe mesmo uma Hanako na nossa escola! – Ela está a falar num tom sério e assustador.
 
Sachiko: Ai por favor Aoi-chan, para. Para lá com essas coisas!
 
Aoi: Isto foi no outro dia, quando fui até à sala de professores…
 
Sachiko: NÃOOO!! EU NÃO QUERO OUVIR MAIS!!!
 
Aoi: Eu ia para falar com o Hirota-sensei. E foi quando olhei, por acaso, para uns impressos que estavam em cima da secretária da Enomoto-sensei… foi quando o vi!!!
 
Sachiko: IIYAAA!
 
A Sachiko não é a única que está assustada. Todos os outros engolem em seco, esperando pelo desfecho.
 
Ichitaka: O que é que tu viste?
 
Aoi: Num dos papéis, eu vi-o. O nome próprio da Enomoto-sensei é, na realidade, Hanako!
 
Sachiko + Tarou + Kenji + Ichitaka + Sera + Nanako: QUE DIZES?
 
Enomoto-sensei: QUE DIZES?
 
Aoi: *Giku*!!! Eh? Enomoto-sensei? – A Aoi salta assutada.
 
Naquele momento, a Enomoto-sensei ia a passar no corredor.
 
Enomoto-sensei: Tu viste isso, Ando-san?
 
Aoi: …
 
Enomoto-sensei: Ah… - A Enomoto-sensei põe a mão na sua testa, perde a força nas pernas e está quase a desmaiar. Ela agarra-se à parede.
 
Alunos: Sensei!! – Alguns estudantes correm para ampará-la.
 
Enomoto-sensei: Foi revelado… está tudo perdido… - Ela queixa-se baixinho enquanto alguns estudante a apoiam para ela não cair.
 
Desde então, para desalento da Enomoto-sensei, os alunos começaram a fazer piadinhas, dizendo coisas como “Quando forem à casa de banho tenham cuidado com a Enomoto-sensei” ou “Não façam com que a Enomoto-sensei se zangue com vocês, ou ela irá aparecer à noite na casa de banho das vossas casas para se vingar”. Quanto à razão para a disseminação do rumor sobre os ruídos na casa de banho, ao que parece, foi apenas um boato que alguém espalhou por brincadeira.
 
Enomoto-sensei: (Que pesadelo!)
 
Continua…
 
** FIM DA LUTA 27 **


----
IR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO




Conversa Livre 27 – Sobre os nomes

E este capítulo foi sobre a Hanako da casa de banho. Originalmente era suposto ser um capítulo assustador, por isso surpreende-me o facto de ele se ter tornado em mais um capítulo pervertido. O que há de errado comigo? De qualquer modo, tal como explicado na Wikipedia, a Hanako da casa de banho é uma lenda urbana Japonesa sobre o espírito de uma jovem rapariga da era da segunda guerra mundial que assombra as casas de banho, sobretudo escolares. Alegadamente, o espírito aparece se alguém gritar o nome dela. Mas Hanako é um nome tão bonito. “Hana” significa flor, por isso o nome significa pequena flor ou rapariga das flores. Fofinho, não é? Mas questiono-me se não será um trocadilho com “ana” (buraco), isso seria mesmo arrepiante. E quanto aos nomes das personagens, para dizer a verdade, eu escolhi-os aleatoriamente, tendo em conta apenas o facto de os nomes me soarem bem ou não. Confesso que o Tarou só ficou Tarou simplesmente porque eu o associo a um nome de rapaz brusco e porque eu gosto do som de “Takkun”. Analogamente, eu gosto do som de Sachiko e da contração “Sacchan”. Outra razão é o facto de os nomes soarem um pouco antiquados e banais. E também porque, tanto quanto sei, não existem assim muitas personagens principais noutras histórias com esses nomes. Os nomes Tarou e Sachiko ocorreram-me muito naturalmente. Eu não me lembro da razão exata de como cheguei a esses nomes ou qual dos nomes decidi primeiro… Mas recordo-me de que, como gosto do verão, eu quase dei o nome de Natsuki ou Natsumi à Sachiko. Adoro esses nomes, mas como tinha acabado de ver recentemente um anime com uma Natsumi, pus de lado a ideia, pois iria ficar com a imagem dessa personagem na cabeça e isso seria mau. Mais tarde, lembrei-me que existe uma espécie de “lei” que dita que os nomes das personagens manga devem ter uma razão de ser, por exemplo, estarem relacionados com a personalidade, o papel ou até mesmo o aspeto (tipo, a cor do cabelo) da personagem. Eu pensei, “quero lá saber dessas coisas”, mas depois a curiosidade levou a melhor e tive que ir ver o que é que os nomes deles significam. E fiquei contente. Foi um alívio saber que Sachiko significa “rapariga alegre” e Tarou significa “filho maior/mais velho”. É adequado a eles, não é? Apesar de a Sachiko ser uma bebé chorona, normalmente ela é muito alegre, positiva e energética. Originalmente, eu não queria que a Sachiko fosse bebé chorona, mas como é que ela acabou a chorar tanto? A escolha dos nomes das restantes personagens também foi completamente despreocupada e lembro de ter que ir consultar uns sites com nomes comuns Japoneses (tanto para nomes próprios como apelidos). E as personagens secundárias apenas receberam os apelidos lá muito mais para a frente. E dei conta de que estava subconscientemente apenas a escolher combinações de nomes que começavam pela mesma letra. Tipo Ando Aoi, Nakamura Nanako ou Yamada Yuuji. Quando me apercebi, foi um choque. Mas o que raio há de errado comigo? Estava prestes a fazer a mesma coisa para o Kenji e o Ichitaka, mas achei que tinha mesmo que parar com isso!

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Sinto-me tão :m068::m017:  De repente ficou tão doloroso traduzir CF2... :m041:

 

Tal como prometido, hoje começa a Luta 28, 2ªF há mais.

 

-------------
 
>> Nos Capítulos Anteriores <<

Luta 26 (Uma Branca no Dia Branco) [~10 páginas]: As coisas ficam ainda mais tremidas entre a Sachiko e o Tarou. A Sachiko fica com medo do que o Tarou lhe possa tentar fazer. O Tarou quer pedir desculpa à Sachiko e pede para ela ir até ao telhado depois das aulas terminarem mas ela não vai pois está com medo de ficar sozinha com ele. Ele vai até casa dela porque se meteu o fim de semana e ele quer pedir desculpa rapidamente. A Sachiko não está em casa mas o irmão dela arrelia o Tarou dizendo-lhe que ele conhece bem a irmã e que ela não gosta dele. Ele pegava-lhe ao colo quando ela estava doente, tem fotografias dela nua de quando ela era pequena e até há pouco tempo eles ainda tomavam banho juntos. Claro que isto é só o Yuuji a exagerar para irritar o Tarou. O Yuuji relembra o Tarou do acordo que eles fizeram caso fizessem chorar as namoradas. O Tarou fica irritado e vai-se embora. E depois, o Tarou esquece-se completamente do White Day! O Kenji estava a contar ao Tarou que o Ichitaka comprou uma prenda de White Day para a rapariga que lhe tinha dado chocolates no Dia dos Namorados. O Tarou e a Aoi, que também ouviu a conversa dos dois rapazes, ficam ambos azuis. Por alguma razão, a Aoi fica triste. E o Tarou só agora se apercebeu de que ele se tinha esquecido completamente do White Day e não deu nada à Sachiko. Ele acha que agora é que estragou mesmo tudo e que a relação deles está acabada de vez. A Sachiko está abatida a pensar a mesma coisa. Mas, mesmo que um dia atrasado, o Tarou dá-lhe um presente. Ele oferece-lhe o seu jogo eletrónico favorito, aquele jogo raro que o seu pai lhe oferecera e de que ele gosta tanto. Mas a Sachiko começa a chorar outra vez. O Tarou receia que a Sachiko vá terminar tudo com ele…

Luta 27 (Desafios Assombrados) [~14 páginas]: Afinal, a Sachiko estava a chorar de alegria e eles confirmam que a relação continua forte e beijam-se. Eles acham que devem começar a empregar os seus nomes próprios quando estão sozinhos. Isso é algo embaraçoso, mas eles lá o conseguem fazer. Eles ficam muito contentes. Eles falam e trocam alegremente os seus jogos na escola. Os seus colegas ficam todos muito desconfiados. Quando alguém diz na brincadeira que as zangas de amor fazem parte do passado e pergunta quando é que é o casamento, eles ficam mesmo muito envergonhados. O Tarou explica que ainda não a consegue aturar, mas que não consegue evitar querer partilhar os jogos. Quando questionados da razão pela qual deixaram de haver desafios entre eles, eles afirmam que simplesmente não têm surgido oportunidades para competirem ultimamente. Alguém comenta que apesar de não ser verão, eles deveriam fazer um teste de coragem. Circulam rumores de que a “Hanako da casa de banho” aparece na escola deles. Os seus amigos obrigam-nos a vir à escola para ficarem no cubículo amaldiçoado na casa de banho das raparigas, até que passe a meia-noite. O primeiro a abrir a porta e a fugir com medo, perde o desafio. E o castigo é algo ainda mais medonho: dizer ao Hirota-sensei que ele é um tirano que obriga os alunos a fazerem demasiados trabalhos de casa. Mas eles não conseguem recusar. Eles sabem que não existem fantasmas e vão calmamente para o teste. Os colegas ficam no corredor para arbitrarem o desafio. Mas, completamente sozinhos, o Tarou e a Sachiko têm outras coisas com que se preocupar. Eles ficam inquietos com a excitação. Eles beijam-se e acontecem outras coisas pervertidas. Os seus amigos planeiam uma brincadeira para os assustar e a Chizuru vai até à casa de banho para fazer ruídos assustadores. Quando uma mão pálida aparece por baixo da divisória dos cubículos, a Sachiko e o Tarou apanham um susto de morte. Aterrorizados, eles primeiro abraçam-se e depois fogem a gritar e a correr o mais rápido que conseguem. Todos se riem deles. Depois a Aoi comenta que existe mesmo uma Hanako na escola. O nome próprio da Enomoto-sensei é Hanako. Os colegas do Tarou e da Sachiko continuam desconfiados da relação deles. Especialmente a Chizuru! Ela ouviu o Tarou a dizer coisas muito suspeitas à Sachiko.


 

Luta 28 – Mais Confrontos

 
Chizuru: (E eles continuam a dar-se tão bem os dois… Eu devo mesmo ter ouvido aquilo corretamente, agora já não há dúvida…)
 
A Sachiko e o Tarou estão na conversa durante o intervalo. A Chizuru vai até junto deles.
 
Chizuru: Ultimamente isto não me sai da cabeça… Vocês os dois não estão mesmo a namorar?
 
Surpreendidos, a Sachiko e o Tarou viram-se para ela.
 
Tarou: Claro que não!
 
Sachiko: Porque pensas isso?
 
Chizuru: Durante o teste de coragem, eu acho que ouvi o Sawada-san a dizer que te ama. Eu acho que as suas palavras exatas foram “Eu realmente amo-te” ou algo parecido.
 
Tarou + Sachiko: *Giku*! A-Algum dia?
 
A turma inteira fica interessada neles.
 
Sachiko: De certeza que ouviste mal!
 
Tarou: Agora que falas nisso, eu disse qualquer coisa nas linhas de “Eu realmente amo Terror no Cemitério 2”… É um jogo muito fixe. - Ele está a suar.
 
Sachiko: (Boa peta…)
 
Chizuru: Então foi isso… hmm…
 
Toda a turma fica um pouco desapontada com aquele comentário que é “mesmo à Tarou”.
 
*************
 
Numa manhã alguns dias mais tarde, quando a Sachiko chega à sala de aulas, alguém desenhou no quadro um rapaz e uma rapariga, com os nomes Tarou e Sachiko escritos por baixo. Estão de mãos dadas e vê-se que estão apaixonados, julgando pelo grande coração que pintaram com giz cor-de-rosa. No fundo, também desenharam uma igreja, sinos e passarinhos. Para dizer a verdade, é um desenho muito bem feito, bem grande e bonito.
 
Sachiko: Whoa… Quem é que fez isto?
 
Colegas: …
 
Sachiko: Sim, extremamente engraçado pessoal. A sério, é melhor que quem fez isso vá apagá-lo. O Hirota-sensei vai ficar zangado. – Calmamente, ela vai simplesmente até à sua secretária e senta-se.
 
Colegas: …
 
Imediatamente depois disso, o Tarou entra na sala de aulas e fica chocado com o que vê. A reação dele foi bem pior do que a da Sachiko.
 
Tarou: Quem foi o cabrão que fez isto? Vou matá-lo!
 
Ele vai furiosamente até ao quadro e começa a apagar freneticamente o desenho.
 
Tarou: A sério, não me associem a essa miúda estúpida e feiosa!
 
Sachiko: (Não é preciso ficares assim tão zangado! Bolas, isso magoa um pouco…)
 
Tarou: E o que é que tu estás aí a fazer, Yamada-san? Sem fazeres nada, do que estavas à espera para apagares isto?
 
Sachiko: Não fui eu que desenhei isso, por isso não tenho que ser eu a apagar isso. Para além disso, não me ralo nada com essas coisas. Para que é que estás aí tão zangado?
 
Tarou: Eu ser assim associado contigo desta maneira, é uma desgraça vergonhosa!
 
Sachiko: Geh? Se alguém se devia queixar era eu! Eu é que digo isso! – Com o cotovelo apoiado na mesa, ela descansa a cabeça, olhando para a esquerda.
 
Ele acaba de apagar tudo e vai até à carteira da Sachiko. Ele bate violentamente com as mãos no tampo da secretária da Sachiko e ela é apanhada de surpresa e salta um pouco para trás na cadeira, tal fora o susto. Depois, ele queixa-se alto e em bom som…
 
Tarou: Nem acredito que não te importas com uma coisa horrível como esta!
 
Sachiko: Eu… uh… eu… (Para que é que estás aí tão irritado? Estúpido Tarou!)
 
Tarou: Namorar contigo seria a coisa mais vergonhosa do mundo! Preferia morrer!
 
Sachiko: Hmph, para de te comportar como um puto mimado! Tens algum problema?
 
Tarou: É por causa dessas atitudes tuas que toda a gente está a ficar com a ideia errada. Irritas-me até mais não! Não volto a falar contigo!
 
Sachiko: Que dizes? Por mim tudo bem! Eu é que me sinto insultada por ter sido desenhada junto do rapaz que venceu o título de “Pior Gajo na Escola para se Namorar”!
 
Tarou: Como te atreves? Falas como se tu fosses muito popular! Nunca nenhum gajo se aproxima sequer de ti! És tão chata que, quanto muito, apenas raparigas se chegam a ti!
 
Sachiko: Que ordinário! Eu sou popular com os rapazes!
 
Tarou: A sério? Qual deles? Onde? Hã? Onde? Aposto que nunca ninguém se declarou a ti!
 
Sachiko: Ugh, eu… Maldito sejas! – Ela fica com os cantos dos olhos lacrimejados.
 
Muito zangados, eles olham um para o outro com as sobrancelhas bem carregadas.
 
Kenji: Oh, uma discussão como a dos bons velhos tempos. Finalmente estão de volta! Eles vão andar à batatada como antigamente.
 
Ichitaka: Acalmem-se lá, vocês os dois! Não comecem agora uma bulha, ou vão meter-se novamente em sarilhos. Desta vez serão expulsos da escola. Já sei! Acabou de abrir um novo café e os parfaits de lá são extremamente populares. Porque não vamos todos até lá depois das aulas, e vocês os dois podem fazer uma pequena competição.
 
Tarou: Parfaits? Isso são coisas de miúdas!
 
Ignorando-o, ele prossegue o discurso…
 
Ichitaka: Podem competir para ver quem o come mais rapidamente. Quem perder, fará as tarefas de limpeza da turma durante uma semana. O que acham?
 
Sachiko: Vamos a isso! Ou estás com medo? – A Sachiko está completamente furiosa.
 
Tarou: Ah, quando quiseres! Tu já perdeste aquela última competição do gelado. Desta vez será a mesma coisa.
 
Ichitaka: Então está decidido.
 
*************
 
A Sachiko, a Aoi, a Nanako, a Sera, a Chizuru, o Tarou, o Kenji e o Ichitaka estão todos juntos numa mesa de 8. A empregada de mesa trouxe-lhes os seus parfaits.
 
Ichitaka: Ora muito bem. Estão prontos? Comecem!
 
Tarou + Sachiko: *Nham, nham* - Eles devoram a sobremesa como se o mundo fosse para acabar.
 
Nanako: Hmmm, são deliciosos. – Regaladíssima, ela saboreia lentamente o seu parfait.
 
Sachiko: (Eu nem consigo saborear isto…) Itai [Que dor]! A minha cabeça dói-me muito!
 
Kenji: Ha, ha, ha!
 
Sachiko: (Estas coisas ainda magoam mais do que antes… Odeio isto…)
 
Aoi: Ei, tu estás a ficar muito para trás. Sacchan, assim vais perder de certeza.
 
Tarou: *Nham, nham*
 
Sachiko: Oh, não! – Ela recomeça a devorar o gelado.
 
O Tarou observa-a.
 
Tarou: (Devíamos empatar isto outra vez… É isso.) Gah, a minha cabeça dói pra caraças!
 
Kenji + Ichitaka + Nanako: Ha, ha, ha!
 
A Sachiko espreita para ele. O Tarou pisca-lhe o olho.
 
Sachiko: (Ele está a fazer de propósito para esperar por mim?)
 
Ichitaka: Takkun? O que estás a fazer? Ela está a apanhar-te.
 
Tarou: A minha cabeça parece que vai rebentar… - Ele segura a cabeça com as duas mãos antes de recomeçar novamente a devorar o parfait.
 
Eles olham um para o outro e metem a última colherada para a boca, exatamente ao mesmo tempo.
 
Kenji: Oh, deu outra vez empate… Que seca…
 
Sera + Chizuru + Ichitaka: (Parece que fizeram de propósito…)
 
*************
 
Empregada: Aqui estão as vossas continhas.
 
Sachiko: …
 
A Sachiko olha para o talão dela. Quando vai para buscar o seu porta-moedas para pagar a conta, ela fica toda branquinha. Ela começa a procurar por todo o lado, até mesmo dentro da mochila.
 
Sachiko: Nai [Não está]! Não consigo encontrar a carteira. Oh bolas! Será que a perdi?
 
Aoi: Se a perdeste, isso é uma grande chatice. Não a terás deixado em casa?
 
Sachiko: Talvez… ah, já me lembro. Eu realmente esqueci-me dela no meu quarto… Isto é embaraçoso.
 
Aoi: Eu posso…
 
Tarou: Toma, eu pago a tua parte. – Ele mete uma nota em cima da mesa.
 
Todos: ?
 
Tarou: Quero dizer, estou só a emprestar-lhe! Ela tem que me pagar depois, e com juros!
 
Nanako: Sacchan, não aceites o dinheiro dele! Ele vai-te fazer pagar com uma taxa de juro elevadíssima.
 
Sachiko: Obrigada, Sawada-san.
 
Sera + Chizuru + Ichitaka: (Ela aceitou logo sem qualquer hesitação!!!)
 
*************
 
Kenji: Então vocês são os únicos que vão para aquele lado?
 
Tarou: Parece que sim. Bem, até à próxima, malta.
 
Kenji + Ichitaka + Aoi + Nanako + Sera + Chizuru: Bye, bye. / Até à próxima. / Adeus.
 
Sachiko: Bye, bye.
 
Depois da batalha dos parfaits, a Sachiko e o Tarou caminham juntos para casa.
 
Tarou: Olha, Sachiko…
 
Sachiko: Durante a competição, tu esperaste por mim?
 
Tarou: Claro. O castigo era lixado. Assim, nenhum de nós o tem de fazer.
 
Sachiko: Bem, tenho que te agradecer por isso… acho eu … Hmph! – Ela diz num tom amuado.
 
Tarou: Mas o que eu estava a querer dizer… o meu pai tinha um PC, mas como ele o utilizava para trabalho, eu estava proibido de o usar. Mas agora ele comprou um novo e deu-me o seu computador velho. Eu meti-o no meu quarto e instalei uns jogos. São mesmo divertidos. Vamos jogá-los juntos.
 
Sachiko: …
 
Tarou: O que dizes? Amanhã não deve estar ninguém em casa a essa hora, por isso, porque não jogamos os dois um bocado depois das aulas.
 
Sachiko: Não me apetece… (Eu até queria mesmo ir, mas agora estou zangada com ele por causa do que ele disse há bocado e… ainda tenho um pouco de medo dele… receio que ele me possa tentar fazer algo estranho outra vez…)
 
Tarou: Olha, eu juro que não te ataco como da outra vez. Prometo. – Ele segura-lhe nos ombros e olha-a bem nos olhos.
 
Sachiko: …
 
Tarou: Tu vens, não vens? Por favor!
 
Sachiko: Eu não sei se deva… - Ela olha para o lado, corando um pouco.
 
Sachiko: Não confio em ti quando dizes que não me vais atacar. Mas dado que sou tão impopular com os rapazes, talvez até estejas a dizer a verdade. Hpmh! – Amuada, ela faz beicinho.
 
Tarou: Ei, Sachiko, tu tens noção de que aquilo era tudo a fingir, certo?
 
Sachiko: Era? A mim pareceu-me bem a sério. Hpmh!
 
Tarou: Os nossos amigos estão mesmo muito desconfiados. Acho que ultimamente exagerámos um pouco e estávamos a dar-nos demasiado bem na escola.
 
Sachiko: …
 
Tarou: EI! Para lá com a birrinha! Só te pareceu a sério porque na verdade tu não és mesmo popular com os rapazes, não foi isso?
 
Sachiko: Olha quem fala! Tu que és o maior Sr. Impopular que alguma vez existiu!
 
Tarou: Diz o que quiseres! Mas pelo menos eu sou popular com uma rapariga…
 
Sachiko: O quê? Mentiroso!
 
Tarou: …
 
Sachiko: …………………… Q-Quem é? – Ela fica preocupada.
 
Tarou: Tu. Parva…
 
Sachiko: Que é isso? Eu também posso dizer a mesma coisa.
 
Tarou: Exato. Pois podes! Quanto a ti não sei, mas para mim, isso é mais do que suficiente. Para dizer a verdade, assim até há menos complicações. Se as miúdas não me largassem, eu acharia isso mesmo muito irritante. Não achas o mesmo?
 
Sachiko: … - Ela cora.
 
Tarou: Mas vá lá! Vai ser divertido. Tenho jogos muito fixes. Eu sei que vais gostar deles.
 
Sachiko: Hmm… está bem… eu vou… - Ela murmura.
 
Tarou: A sério? YOSHAA [bOA]!
 
Sachiko: Estúpido! Não fiques assim tão contente. É embaraçoso. Fica toda a gente na rua a olhar para nós.
 
Tarou: Não me importo! Estou mesmo contente.
 
Sachiko: Ei, tu não estarás mesmo a planear fazer coisas suspeitas, pois não?
 
Tarou: Não te preocupes. Nada de pervertido.
 
Sachiko: … (Será que posso confiar nele?) – Ela olha de lado para ele, com ar desconfiado.
 
*************
 
No dia seguinte, depois das aulas terminarem, o Tarou e a Sachiko estão escondidos atrás de uns arbustos no recreio da escola, junto da zona de parqueamento de bicicletas.
 
Tarou: Muito bem, a costa está livre. Toca a andar, rápido.
 
Sachiko: Un.
 
Eles correm para a bicicleta do Tarou. O Tarou ofereceu boleia à Sachiko, por isso eles montam-se os dois na bicicleta.
 
Sachiko: Não será problemático se alguém nos vir?
 
Tarou: Se isso acontecer, inventamos uma desculpa.
 
Sachiko: E se o Sr. Agente do costume nos vir?
 
Tarou: Nesse caso, fugimos dele. Ele não nos apanha.
 
Sachiko: Mas ele agora também tem uma bicicleta. Não serias capaz de despistá-lo comigo aqui atrás.
 
Tarou: Tch, que chata de stressada. Quem é que se rala com isso? Até parece que vamos presos se formos apanhados.
 
Sachiko: Acho que tens razão…
 
[Shiratori comenta: Já devem ter dado conta, mas o Tarou e a Sachiko são estúpidos. O problema aqui não é o castigo que eles podem apanhar, mas sim a segurança deles (e dos outros também) se algo der para o torto e eles tiverem um acidente! É disso que eles se deviam preocupar… Jovens bem comportados não se aventuram a ir aos pares em bicicletas! É perigoso!]
 
Eles vão pela rua fora, montados na bicicleta. Tal como da outra vez, a Sachiko vai abraçada ao Tarou e eles coram em silêncio. Passado um pouco, a Sachiko quebra o silêncio.
 
Sachiko: Eu fiz umas bolachinhas.
 
Tarou: E desta vez prestaste atenção a todas as datas de validade?
 
Sachiko: Que mauzinho! Desta fez tomei cuidado com isso!
 
Tarou: Nesse caso… mal posso esperar para provar essas bolachas!
 
Sachiko: Não é que elas tenham ficado grande coisa…
 
Tarou: Como foste tu a fazê-las, és capaz de ter razão. Mas mesmo que sejam incomestíveis, tenho a certeza de que serão doces e saborosas.
 
Sachiko: Isso é suposto ser um elogio? Mon
 
Tarou: Claro que é. Ok, chegámos.
 
Eles desmontam da bicicleta. Depois disso, o Tarou vai até à porta de casa e abre-a.
 
Tarou: Vá, podes entrar.
 
Sachiko: Un… - Ela parece relutante.
 
Tarou: Não tenhas medo. Não está ninguém em casa. Toma, podes usar estes chinelos.
 
Eles mudam de sapatos para as pantufas.
 
Tarou: Vem até ao meu quarto.
 
Eles vão para o piso de cima e a Sachiko entra no quarto dele.
 
Tarou: Faz de contas que estás em tua casa. Vou buscar sumo para acompanhar com as tuas bolachas.
 
Sachiko: Un. (Ah, ele saiu. Estou outra vez sozinha no quarto dele. Eu podia ir à procura daquelas coisas, mas o que eu realmente quero fazer é…)
 
Ela está a olhar para a cama. Ela deita-se em cima da colcha, pega na almofada dele e enterra a cara nela.
 
Sachiko: Mmmmm. (Que confortável! A modos que tem o cheiro do Tarou.) – Ela está contente com as bochechas todas vermelhas.
 
Sachiko: (Era capaz de dormir uma sesta agora mesmo…)
 
Tarou: Ei, o que estás a fazer? – O Tarou está a segurar dois copos e uma garrafa de sumo.
 
Sachiko: Ugh… - Ela senta-se imediatamente na cama a olhar embasbacada para ele.
 
Tarou: …
 
Sachiko: (Tão rápido, eu pensei que ele iria demorar uma eternidade, tal como da última vez.) Ah… ha-ha-ha, senti-me um pouco ensonada. – Ela ri-se como se estivesse avariada.
 
Tarou: Vieste aqui para dormir?
 
Sachiko: Acho que a viagem de bicicleta me deu sono. Ah, mas agora já estou completamente acordada!
 
Tarou: Ainda bem, vamos comer.
 
Eles sentam-se à volta da pequena mesa kotatsu [mesa com aquecedor] do Tarou. De dentro da sua mochila, a Sachiko tira um saco de pano fofinho cheio de bolachas e coloca-o em cima da mesa. O Tarou serve o sumo.
 
Sachiko: Ah, algumas delas estilhaçaram-se todas…
 
Tarou: Não faz mal, eu também vou comer as migalhas, não fica uma! Mmmm, são saborosas.
 
Sachiko: A sério? – Ela põe um radiante sorriso de felicidade.
 
Tarou: A sério.
 
*************
 
Depois do Tarou comer a última bolacha…
 
Tarou: Aaah, estou mesmo cheio. Não era capaz de parar de comê-las, estavam mesmo boas. Mas vamos ao que interessa agora, a razão da tua vinda aqui… Olha para ele, não é muita fixe? Eu vou ligá-lo.
 
Sachiko: Whoa, então isto é um computador. Quem me dera ter um…
 
Tarou: É um processador B0-4B6 com 33 MHz. 4Mb de memória RAM. 512Mb de espaço em disco. E o computador novo do meu pai ainda é mais impressionante, tem um processador “pêndulo” com 200 MHz!
 
Sachiko: Hah… - Ela não percebe nada do que ele está para ali a dizer.
 
Tarou: Ok, então agora tu podes escrever comandos aqui. Tipo, o “DIR” mostra os diretórios e os ficheiros que estão na localização atual. Vês?
 
Sachiko: Oh… (Ficheiros? Diretórios?)
 
Tarou: Estes aqui são diretórios e estes outros são ficheiros. Podes entrar nos diretórios usando o comando “CD” e escrevendo o nome da pasta à frente. E podes abrir ou executar certos ficheiros. Ficheiros com uma extensão “TXT” podem ser abertos com o editor de texto desta maneira.
 
Sachiko: Incrível…
 
Tarou: Mas os que têm piada são os jogos. Primeiro, mudamos para dentro do diretório do jogo que queremos jogar. Depois executamos o ficheiro principal. Tipicamente é um ficheiro que acaba em “EXE” ou “BAT” e normalmente chama-se “run”, “play”, “start” ou tem o mesmo nome que o próprio jogo. Tipo, este aqui abre este jogo engraçado.
 
Sachiko: Ah…
 
Tarou: Podes experimentar jogá-lo agora. Tens que disparar contra os inimigos antes que eles toquem em ti. Usas as teclas das setas para apontar e a barra de espaços para disparar.
 
Sachiko: Barra de espaços?
 
Tarou: Essa tecla grandalhona cá em baixo.
 
Sachiko: Estou a ver.
 
Tarou: Diverte-te.
 
Sachiko: Whoa, isto é fantástico. É como ter um salão de jogos no nosso próprio quarto!!
 
Tarou: Não é?
 
Sachiko: Toma isto! Oh, fui atingida.
 
Tarou: (Hi, hi, ela está a divertir-se.)
 
O Tarou observa a Sachiko a jogar o jogo. Depois de 3 ou 4 minutos, ele diz…
 
Tarou: Oh, já lhe apanhaste o jeito. Eu vou só um minuto à casa de banho.
 
Sachiko: Un.
 
O Tarou sai do quarto. Ela continua a jogar, mas depois…
 
Sachiko: Eh? O que aconteceu? Carreguei em alguma coisa que não devia? Que mensagem Inglesa é está? Fa-Fatal E-Error. “Fatal” não significa “fatal” ou “mortal” em Japonês? Isso significa… AHHH! Eu acabei de matar o PC do Tarou! Morreu! Está morto! O que faço agora? Como é que pode ter acontecido uma coisa destas?
 
Som: *Som da descarga do autoclismo*
 
Sachiko: Ele já vem aí. Ele vai ficar tão furioso comigo… De certeza que vai terminar o namoro comigo. O que faço agora?

 

--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Aqui vai o resto do capítulo 28. Eu sei que estes últimos 3 ou 4 capítulos têm sido estranhos, mas prometo que daqui para a frente fica tudo melhor. As lutas 29 e 30 são das minhas favoritas de CF2 e a fase final (Parte 5) é ainda melhor e mais interessante do que o final de CF1 (pelo menos, eu acho... :unsure: )
 
Argh, mas receio que já ninguém esteja a ler de qualquer das formas... :( 
 
--------------
 
>> Luta 28 - Página 2 <<
 
Sachiko: Eh? O que aconteceu? Carreguei em alguma coisa que não devia? Que mensagem Inglesa é está? Fa-Fatal E-Error. “Fatal” não significa “fatal” ou “mortal” em Japonês? Isso significa… AHHH! Eu acabei de matar o PC do Tarou! Morreu! Está morto! O que faço agora? Como é que pode ter acontecido uma coisa destas?
 
Som: *Som da descarga do autoclismo*
 
Sachiko: Ele já vem aí. Ele vai ficar tão furioso comigo… De certeza que vai terminar o namoro comigo. O que faço agora?
 
Quando o Tarou regressa ao quarto, a Sachiko está a olhar para ele com os olhos todos lacrimejados.
 
Tarou: O que foi?
 
Sachiko: Uuu… *snif* Eu matei o teu PC…
 
Tarou: O quê?
 
Sachiko: Eu não fiz nada, juro! (Bem, pelo menos acho que não fiz.) Mas ele morreu. Olha!
 
Tarou: Ah, apareceu-te um erro fatal de ecrã azul. Isso acontece de vez em quando. Só tens que fazer reset.
 
Sachiko: *Snif* Reset?
 
Tarou: Basta reiniciar o PC. Desligas e ligas o PC assim. Se fizeres isto, ele arranca limpo outra vez.
 
Sachiko: Oh, ainda bem que não está estragado… – Ela sorri e limpa as lágrimas à manga da roupa.
 
Tarou: Às vezes estes erros aparecem. Mas tu és cá uma rainha do drama e uma bebé chorona. Passas a vida nisso. Por esse andar, vão aparecer-te rugas e vais ficar feia.
 
Sachiko: Mon! Que parvo! Aquilo dizia fatal, fique assustada. Pensei que o tivesse morto acidentalmente… E tu estavas tão feliz e excitado com o PC… Foi por isso que fiquei preocupada. Oh olha, também posso ir à casa de banho?
 
Tarou: Claro. É ao fundo do corredor. A porta está aberta, não há que enganar. Entretanto, eu vou pôr-te aqui outro jogo. Tenho um que acho que és capaz de gostar mais do que o outro.
 
Sachiko: Ok. – A Sachiko sai do quarto.
 
Tarou: (Ela é tão fofa. Tenho a certeza que ela vai gostar do “Prince of Precious”.)
 
*************
 
Tarou: Tens que saltar no momento certo ou a guilhotina mata-te instantaneamente, não importa quanta vida tenhas. E não te esqueças de ir apanhando as poções pelo caminho. Mas as roxas estão envenenadas, não bebas essas. Pronto, eu vou ler um pouco de manga. Eu posso jogar isso sempre que me apetecer, por isso, por agora, diverte-te tu a jogar.
 
Sachiko: Un.
 
A Sachiko está completamente entretida com o jogo. O Tarou está deitado em cima da sua cama a ler uma manga. Ocasionalmente, ele dá uma olhadela para a Sachiko.
 
Tarou: (Hi, hi, hi, a Sachiko está mesmo a divertir-se. É mesmo fofinha. Preferia ficar a olhar para ela do que ler esta manga. Ela faz-me sentir como se eu me estivesse a afogar em felicidade… … … Estou a ficar com sono… …)
 
Tarou: *Zzzz*…
 
Sachiko: Ah, morri outra vez! Hmm? (Ele está a dormir. Que fofinho!)
 
A Sachiko levanta-se e aproxima-se do Tarou. Ela fica a observar a cara do Tarou a dormir.
 
Sachiko: (Hi, hi, hi!)
 
Muito contente, a Sachiko continua a olhar para o Tarou enquanto ele dorme. Depois, ela sobe para a cama e encosta a cara no peito do Tarou, usando-o como se fosse uma almofada.
 
Sachiko: (Hi, hi, hi! Isto é tão agradável e confortável. Ele é tão quentinho. Consigo ouvir a respiração e o bater do coração dele.)
 
Sachiko: (O seu perfume… o seu calor… é tão tranquilizador… é mesmo bom. Por algum motivo, faz-me sentir nostálgica… Não consigo explicar… o coração dele a fazer tum, tum… … … faz sono… Sinto-me muito sonolenta… …)
 
Sachiko: *Zzzz*…
 
*************
 
O Tarou acorda.
 
Tarou: Nnnn… (Quando é que eu adormeci? Hm? Sa-chiko? Ela está a dormir em cima de mim? Ela parece uma anjinha. Oh, está a babar-se na minha camisa. Só me apetece abraçá-la com muita força, mas ela iria acordar. Vou deixá-la dormir por mais um bocado.)
 
Depois a Sachiko rebola um pouco e abraça o Tarou como se ele fosse uma almofada de abraçar. Ela parece confortável, julgando pela boquinha de gato que está a fazer. O Tarou aproveita a situação para a abraçar gentilmente de volta. Eles estão muito agarradinhos.
 
Tarou: (Ela cheira tão bem. Isto é mesmo excitante… O meu coração parece um doido.)
 
Sachiko: Nnnn… Ah, Tarou! Desculpa. Adormeci em cima de ti. – Descansando ainda a cabeça no peito do Tarou, ela limita-se a olhar para cima, na direção dos olhos dele e, com uma mão, ela esfrega os próprios olhos para acordar. Mal ela acordou, muito envergonhado, o Tarou deixou imediatamente de a abraçar, para que ela não desse conta.
 
Tarou: Não faz mal. Os jogos eram aborrecidos?
 
Sachiko: Nada disso! És cá um sortudo, teres um salão de jogos no teu próprio quarto. Invejo-te. Quem me dera também ter um PC! Mas no fundo, prefiro estar perto de ti. O teu peito é tão confortável. Posso ficar aqui deitada só mais um bocadinho?
 
Tarou: Aposto que deve ser mesmo confortável, tendo em conta o quanto tu te babaste…
 
Sachiko: Ah, desculpa! Que vergonha! – Ela senta-se na cama e começa a esfregar a camisa dele com a manga da blusa.
 
Tarou: Não faz mal, eu não me importo.
 
O Tarou está prestes a levantar-se mas a Sachiko coloca as mãos nos seus ombros e pressiona-o de volta contra a cama. Ela está toda vermelha.
 
Tarou: Sachiko?
 
Sachiko: … - Ela puxa a camisa do Tarou para cima, revelando o seu peito.
 
Tarou: O que é que estás a fazer?
 
Sachiko: Tu brincaste com os meus no outro dia, por isso agora quero eu brincar com os teus. Diz-me, os rapazes também sentem prazer com os seus peitos?
 
Tarou: C-Claro que não! Isso seria tão homo.
 
Sachiko: A sério? – Ela começa a massajar o peito do Tarou.
 
Tarou: (Por algum motivo, até sabe mais ou menos bem…)
 
Sachiko: Isto não te faz sentir bem?
 
Tarou: Não. Nem um pouco.
 
Sachiko: E se eu fizer isto? – Ela foca as atenções nos mamilos dele e massaja-os usando os seus dedos médios e indicadores. Sentada em cima das pernas dele, com a mão esquerda, ela estimula o mamilo direito do Tarou e com a mão direita faz o mesmo no mamilo esquerdo do Tarou.
 
Tarou: (Oh não, estou a ficar mesmo excitado com isto… tão bom…)
 
Sachiko: Oh, estão a ficar mais rijitos. Hi, hi, hi. Isso significa que te está a saber bem, não é verdade? – Ela ainda está mais vermelha do que o Tarou.
 
Tarou: Nem por isso… Bem, surpreende-me que eles tenham ficado assim. Mas deve ser apenas uma reação condicionada ou lá como é que se diz. Não é que eu esteja a apreciar lá grande coisa, nada que se pareça. (Estou cá com uma excitação, nem te conto! Se olhasses para baixo de certeza que irias notar… Ainda bem que ela é tão tapadinha…)
 
Sachiko: Eh? Que aborrecido… Então… vou dar-lhe um beijinho.
 
Tarou: Espera! Idiota! Para!!!
 
Sachiko: *Chu [som do beijo]* - Ela beijou a maminha esquerda do Tarou.
 
Tarou: Nnnn…
 
Sachiko: Oh? Tu gemeste! Que querido, tu estás a gostar disto.
 
Tarou: Não é nada disso! Simplesmente não estava à espera que fosses fazer uma coisa dessas!
 
Sachiko: Então… Para a outra não ficar triste… - Ela beija a outra maminha.
 
Tarou: (Ah~~ Estou quase a perder a cabeça! Quase que sujei as cuecas…)
 
Sachiko: Hi, hi, hi! – Ela senta-se na cama e solta uns risinhos, com as bochechas tingidas com um tom de vermelho vivo. Depois de o largar, ela esconde as bochechas com as mãos.
 
Tarou: (Que cruel, excitar-me desta maneira e depois parar! Bem, eu fiz-lhe a mesma coisa antes… mas…) És mesmo pervertida! – Ele senta-se na cama e puxa a camisa para baixo, tentando tapar o altinho que tem nas calças.
 
Sachiko: NÃO SOU NADA! NÃO SOU NENHUMA PERVERTIDA!
 
Tarou: Quando eu te apalpo as maminhas ficas toda exaltada e armada em difícil e nem sequer me deixaste vê-las. E chamaste-me tarado. E agora vê só quem é que está a atacar quem! Não só viste completamente o meu peito mas também tinhas que andar aqui às beijocas! E eu é que sou o pervertido?
 
Sachiko: Eu não sou pervertida! É diferente! E ao contrário de ti, eu estava só na brincadeira sem qualquer intenção sexual. (Para dizer a verdade, eu também achei isto bom… se calhar sou mesmo uma degenerada! Mas a culpa é dele!)
 
Tarou: Ai sim? Então, eu também não tenho qualquer intenção sexual neste momento, por isso deixa-me lá ver as tuas mamas!
 
Sachiko: Nunca!
 
Tarou: Porque não? Tu acabaste de ver as minhas!
 
Sachiko: É completamente diferente!
 
Tarou: Como assim?
 
Sachiko: Os rapazes mostram o peito a toda a hora! Tipo, na praia ou na piscina…
 
Tarou: Bem, isso é verdade… Porque será isso? Oh, já percebi!
 
Sachiko: Então, já percebes agora? (É porque tu és um rapaz e eu sou uma rapariga…)
 
Tarou: É porque é aceitável mostrar o peito se ele for liso. Algumas meninas pequeninas também vão em topless para a praia. Deve ser isso!
 
Sachiko: Eh?
 
Tarou: Como tu és completamente lisa, não há razão nenhuma para não me deixares ver. He, he, he.
 
Sachiko: (Deves estar a brincar comigo! Ele está a comparar-me a uma criança de 2 anos?) Que parvo! Eu não sou completamente lisa! Sou uma copa A! – Ela está super zangada.
 
Tarou: Copa A? Isso não é o mesmo que completamente lisa?
 
Sachiko: Não! Ainda existe o tamanho AA!
 
Tarou: AA? Que é isso?
 
Sachiko: É abaixo da copa A… - Ela murmura envergonhada.
 
Tarou: Antes da copa A? Nunca ouvi tal coisa! Estás a inventar isso. O tamanho mais pequeno é o A e é o mesmo que nada. L-I-S-O!
 
Sachiko: NÃO! AA é o mais pequeno! Se fossem completamente lisas, não seriam sequer tamanho A!
 
Tarou: Hmmm, talvez… É verdade que elas eram algo macias quando lhes toquei…
 
Sachiko: …
 
Tarou: Mas ainda assim não é justo! Tu foste longe demais com isso das beijocas! Por isso vá lá, tira lá a roupa para eu também ver! Só assim é que ficamos quites!
 
Sachiko: Eu… eu… eu… não tiro! Se soubesse que ias reagir desta forma estúpida, nem sequer tinha feito nada! Já estou arrependida!
 
Tarou: Arrependida ou não, é indiferente. Isso não nos põe quites. Por isso, despe-te! – Ele está a olhar intensamente para ela.
 
Sachiko: … - Ela engole em seco.
 
Kaede: Tadaima [Cheguei a casa]! Onii-chan, temos convidados? – Ela grita lá de baixo.
 
Sachiko: (Estou safa!)
 
Tarou: (Gah, que treta! Mesmo agora que as coisas estavam a chegar à melhor parte…)
 
Som: TA-TA-TA-TA [som de passos a subirem as escadas em ritmo de corrida.]
 
A Kaede corre e abre de rompante a porta do quarto do Tarou, sem sequer bater.
 
Kaede: Oh não! Apanhei o onii-chan no truca-truca com a Yamada-san. Que badalhoquice! – Ela aponta para eles.
 
Ela disse aquilo apenas na brincadeira. O Tarou e a Sachiko sentaram-se normalmente na cama e estavam simplesmente à espera dela a olhar para a porta, pois já contavam que a Kaede fosse abrir a porta. Mas depois do que ela disse, eles coram.
 
Tarou: Para além de precisares de óculos, necessitas de uma operação cirúrgica a esse teu cérebro para curares essa doença da perversidade que tu contraíste.
 
Kaede: Estava só a brincar! Bem-vinda à nossa casa, Yamada-san.
 
Sachiko: Olá, Kaede-chan!
 
Kaede: Tu és a namorada do Tarou, não és?
 
Tarou: Claro que não!!
 
Sachiko: Ah, olha só para as horas que já são! Tenho que ir para casa!
 
Tarou: Eu acompanho-te a casa.
 
Kaede: Eh? Que pena… queria ter uma conversa só de raparigas com a Yamada-san.
 
Sachiko: Desculpa, fica para a próxima. Bye, bye Kaede-chan.
 
Kaede: Bye, bye.
 
*************
 
Naquele final de tarde, enquanto o Tarou e a Sachiko caminham na rua, a Sachiko diz…
 
Sachiko: Ne, já estou farta e cansada de termos que fingir que não estamos a namorar e de termos que fazer aquelas competições falsas. Por algum motivo, essas competições magoam mais agora do que quando eram a sério. E mesmo que seja tudo a fingir, eu não quero dizer coisas más sobre ti. E também odeio quando dizes coisas más a meu respeito!
 
Tarou: Pretendes contar a toda a gente que nós estamos a namorar? Só porque sim? Estás doida da cabeça? Como as coisas estão, os nossos colegas já andam a desenhar cenas embaraçosas como tudo no quadro, agora imagina se lhes contasse-mos!
 
Sachiko: Mas…
 
Tarou: Vai em frente e conta-lhes tudo! Eu deixo de ir à escola!
 
Sachiko: És tão infantil! Tens vergonha de me teres como namorada? Odeio isto!
 
Tarou: Não é isso! Tenho orgulho em ter uma namorada como tu. É só que… eles vão-se fartar de gozar com a gente. Vamos deixar as coisas estar como estão.
 
Sachiko: ………… - Ela parece desanimada.
 
Tarou: ………
 
Eles caminham durante um minuto sem proferirem qualquer palavra. E nisto, quando ainda estavam a uns escassos metros da casa da Sachiko…
 
Sachiko: Chegámos. Até amanhã. – Ela começa a correr para casa sem olhar para trás.
 
Tarou: Pois, até amanhã… (O que é que lhe deu?)
 
*************
 
No dia seguinte…
 
Ichitaka: Todas as vossas competições andam a acabar em empate. Estive a pensar… Vocês andam a fazer de propósito para empatarem?
 
Tarou: Claro que não! (Só fizemos batota no desafio do parfait…)
 
Kenji: Tenho uma ideia! Tal como da outra vez, vocês podem fazer um duelo de Jan Ken para ver quem é que vai comprar o almoço para o pessoal todo. Desta forma, será impossível empatarem! Não é possível vocês empatarem ronda após ronda, a menos que estejam a fazer batota.
 
Tarou: Oh, eu lembro-me disso… Eu perdi dessa vez. Mas agora vou poder desforrar-me.
 
Sachiko: Espera um segundo! Olha uma coisa, Sawada-san…
 
Tarou: (Não lhes contes! Vê se alinhas nisto! Faz o desafio e cala-te!) – Preocupado, ele olha para ela.
 
Sachiko: Isto não te dá a sensação de que eles andam a tentar usar-nos?
 
Tarou: Hm? AH!!! Tens toda a razão! Tu só queres que a gente te vá comprar o almoço por ti!!
 
Sachiko: E as tarefas de limpezas também! E aquilo de fazer queixas ao Hirota-sensei para ele reduzir os trabalhos de casa! São tudo coisas boas para eles! Não interessa quem é o vencedor, os nossos colegas ficariam sempre beneficiados.
 
Ichitaka: Tch, descobriram-nos a careca.
 
Tarou: VOCÊS AÍ!! EU VOU MATAR-VOS A TODOS!
 
Ichitaka + Kenji: Oh não! Fujam!
 
Tarou: ESPEREM AÍ!
 
Continua…
 
** FIM DA LUTA 28 **
 
 
 
----
IR PARA O CAPÍTULO DE BÓNUS (28.5)

ou

IR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO (29)




Conversa Livre 28 – Sobrenatural

É impressão minha ou atualmente as light novels/manga/anime estão cheios de coisas sobrenaturais? Já me aborrece um pouco tantas histórias sobrenaturais, a sério. É só lutas e superpoderes, já farta. Mas como não há nada extraordinário na minha história, será que ela é aborrecida? Penso muito sobre isso, mas acho que assim está bem. Confesso que quero ver isso como um ponto positivo da história. Eu já disse algo parecido antes, mas acho que se andam todos a fazer “A”, então é altura de fazer “B”. E se entretanto começarem todos a fazer “B”, então está certamente na hora de fazer “A” ou “C”. Sou assim, do contra. E passo a vida a pensar em como melhorar a história. Depois de acabar de escrever um capítulo, continuo a refletir sobre ele. E às vezes tenho pequenas ideias muito simples em como melhorar os capítulos. É impressionante como o facto de se alterar ou acrescentar uma ou duas linhas pode tornar uma cena muito mais engraçada. E muitas vezes, tornar a coisa mais realista e natural! Uma simples frase pode melhorar imensamente ou arruinar completamente um cena. Por isso, depois de escrever algo, eu necessito de um período para deixar a coisa arrefecer e refletir, para assim poder afiná-la e melhorá-la. Polir as coisas desta maneira até é divertido, pois o trabalho mais árduo já está feito e só necessito de (re)escrever meia dúzia de linhas. Mas no final, reler a história toda várias vezes para eliminar erros ortográficos e gramaticais é a pior parte. Odeio ter que fazer isso!

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

Ah, ainda falta este especial antes da Luta 29.
2ªF há mais (mas não sei se deva abortar isto e lançar apenas o PDF quando estiver pronto...)
 
-----

Luta 28.5 – Mini Luta 06 – Dormindo Juntos

 
O Tarou está prestes a ir buscar a sua bicicleta para regressar a casa depois de mais um longo dia de escola.
 
Aluno 1: Ei, Tarou. O capitão do clube de futebol andava à tua procura. Ele tem algo importante para te dizer.
 
Tarou: A sério? O que é que ele quer?
 
Aluno 1: Não faço ideia. Ele estava mesmo há bocado a arrumar os cones na arrecadação de educação física. Com sorte ele ainda lá está.
 
Tarou: Está bem, obrigado.
 
O Tarou vai até à arrecadação. A porta está aberta e está alguém lá dentro.
 
Tarou: Yamada-san? Viste o capitão do clube de futebol?
 
Ele entra na arrecadação. A Sachiko estava a arrumar um grande saco de rede com várias bolas de voleibol num dos cantos. Ela ainda tem vestido o seu uniforme de educação física, enquanto o Tarou já tem vestido o uniforme de inverno escolar. Ela vira-se para o Tarou.
 
Sachiko: Sawada-san? Não, eu não o vi.
 
Tarou: Disseram-me que ele estava por aqui…
 
De repente, a arrecadação começa a ficar cada vez mais escura, à medida que a porta atrás deles se fecha.
 
Sachiko + Tarou: !!
 
Som: Clique [som da porta a ser fechada à chave]
 
Sachiko + Tarou: EI! ESPEREM! Estamos cá dentro!
 
O Tarou vai até à porta e tenta abri-la.
 
Tarou: Está trancada.
 
Sachiko: O quê? Eles não nos viram nem nos ouviram???
 
Tarou: EI! ABRAM A PORTA! ESTAMOS CÁ DENTRO! – Ele bate com força na porta para fazer barulho.
 
Mas não há sinal de resposta. No outro lado da porta, o Aluno 1 está a sorrir maquiavelicamente.
 
Aluno 1: He, he, he. (Grita o que quiseres, por esta altura já foram quase todos para casa. É para veres, Tarou! Isto foi por nos teres estragado os nossos planos de ir espreitar as raparigas na enfermaria durante o Exame Médico. Mas eu ia jurar que também ouvi a voz de uma miúda lá dentro… Que se lixe, vítima colateral.)
 
Sorrindo maldosamente, ele vai-se embora para casa. Dentro da arrecadação, o Tarou e a Sachiko olham incrédulos um para o outro.
 
Sachiko: O que é que vamos fazer agora?
 
Tarou: E eu é que sei?
 
*************
 
Sachiko: EI! DEIXEM-NOS SAIR DAQUI! ESTÁ ALGUÉM AÍ! EI! – Ela está a bater na porta da arrecadação com as duas mãos.
 
Tarou: Grr… MAS TU PARAS COM ISSO! Estás a dar-me cabo dos ouvidos!
 
Sachiko: Mas…
 
Tarou: Já chega! Há quanto tempo é que já estás nessa gritaria? Que horas são?
 
Sachiko: 18:52. – Ela responde depois de olhar para o seu relógio de pulso.
 
Tarou: Já toda a gente deve ter ido embora para casa. Ninguém vai vir para nos abrir a porta. E mesmo que a gente parta aquelas pequenas janelas ali em cima, elas são muito pequenas para sermos capazes de sair por lá…
 
Sachiko: O quê? Então… Nós vamos morrer aqui desta maneira?
 
Tarou: Ó minha burra, só temos que passar a noite. Eles encontrar-nos-ão amanhã.
 
Sachiko: Mas eu estou com fome e está a ficar demasiado escuro e…
 
Tarou: Tenho a certeza que havia uma luz aqui. Ah, está ali o interruptor.
 
O Tarou carrega no interruptor e a lâmpada ilumina-se instantaneamente. Mas imediatamente após se iluminar, a luz da lâmpada fica demasiado intensa, ouve-se um estalo e a arrecadação volta a ficar às escuras.
 
Tarou: O quê? Fundiu-se? Logo agora, quando mais precisávamos dela…
 
Sachiko: Isto é horrível… Não aguento mais isto! Odeio isto! Odeio isto! Odeio isto!
 
Tarou: És capaz de te acalmar? ‘Bora dormir em cima de um daqueles colchões de ginástica ali. Assim, o tempo passará mais rápido.
 
Sachiko: Mas, mas… eu… eu…
 
Tarou: O que foi? – Ele franze o sobrolho.
 
Sachiko: Eu estou mesmo aflita para fazer xixi… - Ela murmura amuada.
 
Tarou: O quê? Não consegues aguentar?
 
Sachiko: Não. Especialmente se for a noite toda!
 
Tarou: Hmmm… - O Tarou olha em redor enquanto pensa numa solução. Ele pega numa bola de basquetebol, poisa-a no chão e esta rola para um dos cantos da arrecadação.
 
Tarou: Não há nada a fazer… - O Tarou empurra o cesto de ferro com rodinhas que contém várias bolas de futebol e que estava naquele mesmo canto da arrecadação. É o canto junto da porta de entrada, que fica à esquerda de quem entra na arrecadação.
 
Sachiko: O que estás a fazer?
 
Tarou: Faz nesse cantinho aí. – Ele aponta.
 
Sachiko: O QUÊ? NUNCA NA VIDA!
 
Tarou: Bem, se queres fazer ou não, a escolha é tua! Mas por amor de deus não te mijes toda como da outra vez. Se sujares as roupas, a situação em que nos encontramos ainda fica mais complicada.
 
Sachiko: … (É verdade…)
 
O Tarou vai até ao fundo e estica um dos colchões de ginástica no chão.
 
Sachiko: …
 
Tarou: Pronto, isto deve servir. Podemos dormir aqui. Hmm? O que estás aí especada em pé a fazer? Se não queres fazer, vem deitar-te aqui. – Ele dá duas palmadas suaves no colchão depois de se sentar nele.
 
Sachiko: Eu não consigo dormir assim… AHH!!! Não aguento mais, que se dane. Eu vou fazê-lo. É bom que não olhes para aqui!
 
Tarou: Quem diabo é que quereria ver uma coisa dessas? E de qualquer maneira, está muito escuro… despacha lá mas é isso. Se adormecermos, isto passa tudo num instante. – Ele deita-se no colchão e fica a olhar para o teto.
 
Sachiko: Uuuu… (Mas porque é que estas coisas me acontecem a toda a hora? Acontecem-me sempre a mim, que mal fiz eu?) – Ela vai até ao canto e agacha-se lá.
 
Som: *Barulho das roupas*
 
Som: *Pshhh…*
 
Sachiko: (Gah… Odeio isto! Deus é tão cruel!)
 
[Shiratori comenta: Não é Deus! A culpa é toda da minha mente perversa… (>//.//<)]
 
Depois daquilo, ela vai para junto do Tarou. O Tarou esteve deitado no colchão a olhar para o teto durante o tempo todo.
 
Sachiko: Brrr… está mesmo frio, posso dormir ao pé de ti?
 
Tarou: Claro. Deita-te aqui. É bué confortável.
 
Sachiko: Un. – Ela acena e deita-se ao lado dele.
 
Tarou: Vamos passar a noite os dois. Dormir juntos, não é emocionante? – Ele sorri.
 
Sachiko: Eh? Un
 
Tarou: Deves estar cheia de frio só com esses bloomers e t-shirt. Apesar do inverno já estar quase a acabar, ainda fica muito frio durante a noite. Toma, fica com o meu casaco.
 
Ele despe o seu casaco e coloca-o a cobrir o corpo da Sachiko.
 
Sachiko: Eh? E tu?
 
Tarou: Eu estou bem, não tenho frio.
 
Sachiko: Mentiroso! Consigo ver-te a bateres os dentes com o frio! Vamos dormir assim.
 
Ela chega-se muito perto do Tarou e eles partilham o pequeno casaco como se fosse um cobertor.
 
Tarou: És tão quentinha.
 
Sachiko: Tu também. Hi, hi.
 
Tarou: Quando os alpinistas ficam isolados numa tempestade de neve nas montanhas, para se aquecerem, não é prática comum eles dormirem juntinhos com os corpos nus?
 
Sachiko: NUNCA!
 
Tarou: Estava só a gozar, parva!
 
Sachiko: …
 
Tarou: Vamos mas é dormir. Boa noite.
 
Sachiko: Boa noite.
 
Tarou + Sachiko: (Dormir juntos… o meu coração está a bater como um doido…)
 
Eles adormecem de mãos dadas.
 
*************
 
O Tarou está a dormir pacificamente na sua cama, no seu próprio quarto. O relógio faz um tique-taque quase inaudível e tirando isso, está tudo num silêncio absoluto. Mas rapidamente a tranquilidade acaba. Começa tudo a abanar e a ranger violentamente.
 
Tarou: !!! T-Tremor de t-t-terra!!
 
Assustadíssimo, o Tarou levanta-se da sua cama, mas o sismo fica ainda mais violento. A estante dele começa a cair.
 
Tarou: AHHH! Uff…
 
O Tarou foi atingido pela estante e fica preso debaixo dela, subterrado por baixo de uma pilha de livros manga e outros brinquedos.
 
Tarou: Que pesado… ugh… não me consigo mexer.
 
Os tremores não dão sinal de parar. Continua tudo a tremer e a tremer.
 
Tarou: AHHH!

vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvv

 
O Tarou abre abruptamente os seus olhos. Ele acabou de acordar de um pesadelo muito assustador. Ele acalma a respiração.
 
Tarou: (Era só um pesadelo… Onde estou? Oh… a arrecadação da escola… uh?)
 
A Sachiko está toda agarradinha a ele, segurando-o firmemente, como se ele fosse uma almofada de abraçar. Ela está a tremer de frio.
 
Tarou: (Ela é pesada! E está a tremer! Isso explica o meu pesadelo… Pobre Sachiko, ela deve estar mesmo cheia de frio, coitadinha… uh? Oh maldição, eu tenho mesmo que ir fazer xixi! Não aguento por muito mais tempo!)
 
Ele tenta soltar-se da Sachiko. Ele tenta sair dali muito gentilmente para não a acordar.
 
Sachiko: Tarou?
 
Tarou: Acordei-te?
 
Sachiko: U-un, já estava acordada. Está demasiado frio e não conseguia dormir… Mas onde é que tu vais?
 
Tarou: Também tenho que ir fazer xixi. Que horas são? – Ele levanta-se.
 
Sachiko: 23:35.
 
O Tarou caminha para o canto da arrecadação.
 
Sachiko: Espera! Não faças aí!
 
Tarou: Baka, é melhor aqui. – Ele volta-se para responder à Sachiko.
 
Sachiko: NÃO!
 
Tarou: Não podemos fazer uma porcaria por todo o lado, pois não?
 
Sachiko: Nn… Mon… - Ela fica toda vermelha.
 
O Tarou vai até ao canto onde a Sachiko se aliviou anteriormente. Ele abre a braguilha.
 
Som: Clique.
 
Tarou + Sachiko: !!
 
Alguém destrancou a porta. Logo a seguir, a porta abre-se e o Hirota-sensei repara na Sachiko.
 
Hirota-sensei: Então estavas aqui… Que alívio… Uh? Sawada-san! – Quando ele olhou para a sua esquerda, ele vê o Tarou segurar nele.
 
Tarou: Geh!!
 
Hirota-sensei: VAIS LIMPAR ESSA PORCARIA QUE FIZESTE!
 
Tarou: O quê? Não fui eu! Eu ainda não tinha começado! Eu juro! Diz-lhe, Yamada. – Ele fecha a braguilha.
 
Sachiko: Hmph!! O que queres dizer com isso? Que cruel, estás a tentar insinuar que fui eu que fiz isso? Obviamente que nunca faria tal coisa!
 
Tarou: Que grande mentirosa!
 
Hirota-sensei: Já chega! Ah, vocês os dois só me dão chatices! Consigo sentir o meu cabelo a ficar branquinho! Vou telefonar às vossas famílias para os informar de que vocês os dois estão bem. As vossas famílias estavam mesmo preocupadíssimas quando telefonaram para a escola há bocado! Fico contente por vos ter encontrado, mas vocês os dois têm muito para explicar.
 
Tarou: É simples, alguém nos trancou cá dentro. (E eu acho que sei quem foi!) Nós tentámos chamar por ajuda…
 
Hirota-sensei: Ai foi…? Bem, Yamada-san, podes ir para casa. Sawada-san, tu tens que ir buscar um balde de água e uma esfregona ao edifício principal e tens que limpar essa porcaria toda que fizeste aí! Toma, tens aqui as chaves.
 
Tarou: Mas não fui… - Ele apanha o molho de chaves que o professor lhe arremessou.
 
Hirota-sensei: Não vais para casa antes de limpares isso! Entendido?
 
Tarou: Hai
 
Hirota-sensei: E tu Yamada-san, despacha-te lá para casa e tem muito cuidado no caminho. Ah, olha só para as horas que já são. Depois de telefonar às vossas famílias, irei também para casa, por isso, tu tranca tudo depois de limpares isso, Sawada-san! A chave do portão principal também está aí nesse molho. Amanhã devolves-me as chaves. Até amanhã e não causem mais transtornos às outras pessoas! – O Hirota-sensei vai-se embora a resmungar.
 
Tarou: Vou dar cabo de ti, sua mentirosa!
 
Sachiko: Seu macaco insensível! Claro que eu vou limpar isso! Mas não tens nada que dizeres coisas desnecessárias às pessoas! É extremamente embaraçoso para mim!
 
Tarou: É embaraçoso para MIM também!
 
Sachiko: Mas tu és um rapaz!
 
Tarou: QUE RAIO DE LÓGICA É ESSA?! Oh, não aguento nem mais um segundo!
 
O Tarou sai a correr em direção ao pavilhão escolar. A Sachiko também tem que lá ir para ir buscar os utensílios de limpeza necessários. Eles entram os dois no pavilhão.
 
*************
 
No dia a seguir, durante o intervalo, o Tarou abordou o culpado no recreio. O Tarou está a segurar-lhe nas golas da camisa.
 
Aluno 1: Não fui eu, eu juro!
 
Tarou: Mentiroso, falei com o capitão. Ele não tinha nada para me dizer e não sabia de nada. Por isso, só podes ser tu o culpado!
 
Aluno 1: *Giku*!! Não sei de nada. Alguém me disse para te chamar…
 
Tarou: Quem foi então?
 
Aluno 1: Eu… uh… esqueci-me, quem foi mesmo?
 
Tarou: Nesse caso foste definitivamente tu!!
 
Aluno 1: *Giku*!! Desculpa. Estou mesmo arrependido…
 
Tarou: Grr!! Por tua culpa fui injustamente acusado de ter feito… gah! Queres que vá contar ao Hirota-sensei sobre o que tu fizeste, ou queres antes que te esmurre essa focinheira?
 
Aluno 1: Não!
 
Tarou: Escolhe uma! Ou eu próprio escolherei por ti.
 
Aluno 1: Por favor, não lhe contes! Podes dar-me um murro!
 
O Tarou puxa o seu braço direito atrás, cerra a mão e finca os dentes com raiva. O seu braço começa a ir para a frente a uma velocidade tremenda, mas mesmo antes do atingir, o Tarou para.
 
Aluno 1: Gih!! – Ele estava a fechar os olhos com força e todo contraído de medo. Porque não houve impacto, ele abre os seus olhos.
 
O Tarou depois, em vez de lhe bater, empurra-o para trás. O rapaz cai de rabo no chão.
 
Tarou: Seu imbecil. Desta vez escapas, mas para a próxima, mato-te!
 
Aluno 1: Desculpa, isto não volta a acontecer! – Ele foge a correr amedrontado.
 
Tarou: *Suspiro*… (Bem, pelo menos dormimos os dois juntos… mais ou menos…)
 
A história principal continuará no próximo capítulo…
 
** FIM DA MINI LUTA 06 **


----
IR PARA O PRÓXIMO CAPÍTULO

 

 

 

Conversa Livre 28.5 – Clichés

Clichés! Odeio-os. Detesto histórias nas quais os autores se limitam a utilizar fórmulas bem conhecidas. Nas comédias românticas, existem imensos capítulos sobre o Dia dos Namorados, o Natal, o Ano Novo, idas à praia, festivais de verão, festivais culturais escolares e por aí fora. Geralmente, eles irritam-me muito pois são sempre a mesma coisa, são aborrecidos e quase nunca trazem nada de novo. Eu fiz um voto comigo de que nunca usaria tais clichés. Mas aqui estou eu, a usá-los todos. Todos sem exceção! Mas, eu apenas os utilizei porque acredito que eles trazem algo fresco e divertido e fazem a história progredir em vez de serem meros episódios para encher. Espero que sejam divertidos. Tipo, este capítulo, quantas vezes é que as personagens já não ficaram presas nas arrecadações de educação física? Deve ter acontecido um milhão de vezes noutras histórias! E desta vez, esta situação até é irrelevante para a história principal, mas eu tentei utilizar este cliché de forma engraçada e inovadora (e pervertida). O Tarou arcar com as culpas, não foi engraçado? Quero dizer, se calhar não foi assim tão engraçado, ugh… Ainda assim, tal como já disse anteriormente, tive sorte em poder escrever livremente. Os artistas profissionais lidam com muitas restrições nas histórias, limites de páginas e prazos que não podem falhar, e isso tudo pode explicar a falta de originalidade e criatividade em algumas obras. Por exemplo, este capítulo é capaz de ser considerado demasiado pervertido e polémico e, como se isso já não bastasse, este capítulo é muito maior que os habituais mini-capítulos. Mas pronto…

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

O fim da turma 8-2...

Será este o fim de CF2?

 

-------------
 
>> Nos Capítulos Anteriores <<

Lutas 28 (Mais Confrontos) [~11 páginas]: A Sachiko e o Tarou continuam a dar-se muito bem, o que torna tudo ainda mais suspeito. Quando alguém desenha no quadro umas caricaturas da Sachiko e do Tarou apaixonados com uma igreja, sinos, passarinhos e um grande coração como fundo da pintura, eles dizem coisas horríveis e magoam-se mutuamente. Eles acabam por fazer um desafio para ver quem consegue devorar o seu parfait primeiro, sendo que o castigo será uma semana de limpezas da sala de aulas para o perdedor. Depois de lhe dar uma dor de cabeça, a Sachiko apercebe-se de que agora estes desafios magoam ainda mais do que antes. A Sachiko esqueceu-se da carteira e é o Tarou que a desenrasca com a conta do café. Os colegas continuam desconfiados. Depois disso, o Tarou convida a Sachiko a ir ao quarto dele para jogarem jogos num computador que ele recebera recentemente. Ela aceita relutantemente, ainda receosa de ser atacada. A Sachiko fez umas bolachas e eles passam um bom bocado os dois. Mas será que a Sachiko matou o PC do Tarou? Quando o Tarou adormece, ela vai deitar-se no peito do rapaz e adormece também. E quando acordam, a pervertida da Sachiko brinca com as maminhas do Tarou, pois ele brincou com as dela anteriormente. As coisas começam a ficar descontroladas, mas por sorte, a Kaede interrompe-os. Quando o Tarou caminha ao lado da Sachiko para a acompanhar até casa, a Sachiko queixa-se de estar cansada da farsa e dos desafios a fingir e quer contar a todos sobre a relação deles, mas o Tarou não lhe dá autorização para tal. Ela fica desanimada, pois sente que o Tarou tem vergonha de a ter como namorada. No dia seguinte, o Kenji sugere que eles façam outro duelo de Jan Ken para ver quem é que vai comprar os almoços à malta toda. É então que o Tarou e a Sachiko dão conta que os seus colegas têm estado a tentar usá-los, visto que os castigos beneficiariam sempre os colegas, independentemente de quem perdesse.

Luta 28.5 - Mini Luta 06 (Dormindo Juntos) [~5 páginas]: Para se vingar do Tarou, que foi o responsável por uns meses antes ter arruinado o plano dos rapazes, que consistia em irem espreitar as raparigas durante os exames médicos na enfermaria, um dos rapazes mente e diz ao Tarou que o capitão do clube de futebol estava a arrumar os cones na arrecadação de educação física e que ele queria dar uma palavrinha ao Tarou. Quando o Tarou vai até à arrecadação, ele é fechado lá dentro. Mas a Sachiko também estava lá a arrumar as bolas de vólei e também ficou presa como vítima colateral. Eles não conseguem sair e ninguém os ouve a gritar. Eles têm que passar a noite ali. A Sachiko fica assustada, esfomeada e aflita para fazer xixi. Relutantemente, ela alivia-se num canto da arrecadação. Depois o Tarou estende um colchão de ginástica no chão e, visto que está muito frio, eles dormem juntinhos usando o casaco do Tarou como cobertor. Na brincadeira, o Tarou diz à Sachiko que eles deviam tirar a roupa para se aquecerem melhor. Eles adormecem e o Tarou tem um pesadelo por causa da Sachiko. Ele acorda um pouco antes da meia-noite e também necessita urgentemente de fazer xixi. Quando está prestes a fazê-lo no mesmo sítio da Sachiko, o Hirota-sensei, que estava a fazer uma busca na escola depois das famílias dos dois jovens terem telefonado preocupadas para a escola, entra na arrecadação e assume que o Tarou foi quem sujou aquilo tudo. O Tarou, que ainda não tinha começado a fazer, reclama a dizer que não foi ele e ordena a Sachiko que diga a verdade ao Hirota-sensei. Mas a Sachiko mente e o Tarou fica furioso com ela.

 

Luta 29 – O Início de um Novo Ano Escolar Nível 2

 
Hirota-sensei: Miyazaki-san.
 
Chizuru: Hai. – Ela levanta-se do seu lugar e vai até à secretária do Hirota-sensei.
 
Toda a turma está em silêncio. Existe muita tensão e nervosismo no ar. Alguns estudantes engolem em seco e outros têm pequenas gotas de suor a escorrerem-lhes da testa até às bochechas. Há também quem tenha as pernas a tremer tal é o nervoso que sentem e outros põem as duas mãos juntas a rezar.
 
Hirota-sensei: Sawada-san.
 
Tarou: Hai. *Glup* - A Chizuru regressou ao seu lugar e agora é a vez do Tarou ir receber do professor um pedaço de papel.
 
Tarou: (Yosha!) – Ele sorri, cerra a mão e faz um “v” com o braço em celebração.
 
Hirota-sensei: Yamada-san.
 
Sachiko: Hai. (Oh meu deus… eu acho que não me safo a Inglês e Matemática… por favor meu deus, preciso aqui de um milagre!)
 
Depois de receber a sua folha com as notas finais, a Sachiko sente-se incrivelmente aliviada e sorri.
 
Sachiko: (Yatta!) – Sorrindo, ela cerra a mão para celebrar tal e qual como o Tarou.
 
Depois de ter chamado toda a gente, o professor informa os seus alunos…
 
Hirota-sensei: Muito bem, amanhã é o dia da graduação e o vosso último dia como alunos do 8º ano. Estão todos de parabéns, mas têm de trabalhar ainda mais arduamente para o ano. Vão ter exames importantes que serão decisivos para a vossa entrada numa boa escola secundária, por isso, nada de mandriarem. Não é, Sawada-san, Yamada-san?
 
Tarou + Sachiko: PORQUE NOS ESTÁ A PERGUNTAR A NÓS?
 
Hirota-sensei: Porque vocês os dois são os delegados de turma! Porque haveria de ser?
 
Tarou + Sachiko: Oh… pois é… - Os seus colegas riem-se bem alto.
 
Hirota-sensei: Já agora, vocês os dois reuniram as chaves dos cacifos de toda a gente? Sendo assim, a seguir venham até à sala de professores. Esta será a vossa última tarefa como delegados de turma.
 
Tarou + Sachiko: Hai!
 
Hirota-sensei: Portaram-se todos bem este ano. Por isso vamos acabar esta última aula mais cedo. Vejo-vos amanhã.
 
Turma: Hai.
 
O Hirota-sensei abandonou a sala de aulas.
 
Turma: YAY!! / EU PASSEI! / Que sorte, pensava mesmo que ia ter de repetir o ano!
 
Estão todos a celebrar.
 
*************
 
Depois de se reunirem com o Hirota-sensei, os dois delegados da turma 8-2 estão a caminhar pelos corredores do pavilhão administrativo.
 
Tarou: Está feito. Foi mesmo o cabo dos trabalhos termos sido delegados de turma.
 
Sachiko: E de quem foi mesmo a culpa disso? – Ela parece zangada.
 
Tarou: FOI TU-… bem… acho que foi minha. Desculpa…
 
Sachiko: Eh? Como se pedir desculpa melhorasse alguma coisa! Mas até não foi assim tão mau, pois não?
 
Tarou: Foi péssimo!
 
Sachiko: MON! (Serei a única feliz por termos sido delegados juntos?)
 
Tarou: Então terminámos o 8º ano, hã? Passou tudo tão rápido.
 
Sachiko: Pois foi… Uma pessoa até fica triste com isto, não é verdade?
 
Tarou: É! No próximo ano temos que subir 3 lances de escadas todos os dias! Que chatice!
 
Sachiko: É COM ISSO QUE ESTÁS PREOCUPADO?!
 
Tarou: Ha, ha, ha! Oh, começou a chover! Maldição, eu não trouxe chapéu.
 
O Tarou imobilizou-se na porta principal do edifício. Não está a chover muito.
 
Sachiko: Já foram todos para casa. Vamos partilhar o meu guarda-chuva!
 
Tarou: Está bem. Eu deixo a minha bicicleta na escola hoje. Finalmente parecemos verdadeiros namorados.
 
Sachiko: Parvinho.
 
Tarou: Será que vamos ficar na mesma turma no próximo ano? Estou um pouco preocupado…
 
Sachiko: Agora que falas nisso… Já estava a assumir isso como garantido. Afinal, nós sempre estivemos juntos desde a 1ª classe…
 
Tarou: Mas, sabes, nós sempre tivemos rancor a isso… agora que realmente queremos ficar juntos, sabes como é…
 
Sachiko: É verdade… e também nos calhou aquele “super azar” para este ano…
 
*************
 
Entretanto, o Hirota-sensei está numa reunião de professores para decidirem a formação das turmas para o próximo ano letivo.
 
Enomoto-sensei: Será que devemos fazer alterações? Eu sei que não levas estas coisas a sério, Hirota-sensei, mas devíamos agrupar os alunos de acordo com as suas competências e separar aqueles que só arranjam conflitos e…
 
Hirota-sensei: Vá lá, Enomoto-sensei! Dizes isso todos os anos.
 
Enomoto-sensei: *Suspiro*… Então, sobre a tua turma 8-2, Hirota-sensei, o que tens a dizer?
 
Hirota-sensei: Está aqui a minha lista com as propostas de alterações. – Ele entrega uma folha de papel.
 
Hirota-sensei: (Aqueles dois não se dão nada bem mas é óbvio que eu vou pôr esses dois miúdos juntos. BWAHAHA, fiz a mesma coisa o ano passado! Sou tão mauzinho!)
 
Durante a primária, deve ter havido outro professor como o Hirota-sensei. Provavelmente, deve ter sido por isso que o Tarou e a Sachiko acabaram sempre na mesma turma. Mas na 1ª classe e no 7º ano… bem, isso deve ter sido obra do destino…
 
*************
 
O Tarou e a Sachiko continuam a caminhar pelas ruas debaixo do chapéu-de-chuva da Sachiko.
 
Sachiko: *Kushu [som de espirro fofinho]*
 
Tarou: Apanhaste uma constipação? – O Tarou é que está a segurar no chapéu.
 
Sachiko: U-un, estou bem. – Ela agita a cabeça em negação.
 
Não demora muito até eles chegarem a casa da Sachiko.
 
Sachiko: Bem, cá estou eu. Podes levar o meu guarda-chuva contigo.
 
Tarou: Ok.
 
Sachiko: Oh, e tu só dás transtornos, mas no próximo ano, por favor continua a causar-me transtornos.
 
Tarou: Outra vez esta conversa? Gostas assim tanto de transtornos? Por acaso és M?
 
Sachiko: Sou extra S! – Ela zanga-se.
 
Tarou: (És S!?) – Ele franze o sobrolho.
 
Sachiko: Não sou nada gorda!
 
Tarou: (Não és gorda? Ah, XS! São os tamanhos das roupas ocidentais…) És tão burrinha… Mas só espero que amanhã faça sol…
 
Sachiko: Eu também. Bye, bye!
 
*************
 
Dia da Graduação! E está um agradável dia de sol, apenas com uma ou outra nuvem branca no céu. Como sempre, existem alguns estudantes mais comovidos. Mas o mais chocante é o facto de um grupo de rapazes, dos quais não se esperava tal reação, estarem a chorar como bebés.
 
Capitão: Vou ter tantas *snif* saudades vossas. Uuuu…
 
Tarou: Capitão! *Snif*
 
Maeda: De vez em quando, *snif* faz-nos uma visita, está bem? Uwahhh!
 
Capitão: Deixo isto nas tuas mãos. Sê um *snif, snif* bom capitão Maeda, ok?
 
Maeda: O Takkun joga *snif* melhor do que eu. Continuas decidido nesta *snif* tua escolha?
 
Capitão: Jamais seria capaz de confiar num gajo irresponsável como ele! Uwahhh!
 
Tarou: Que desagradável, capitão! Mas vou ter tantas saudades. Uwahhh!
 
Maeda: Então podes contar comigo! Está descansado, isto fica em boas mãos! Uwahhh!
 
Bem, a cena nem é muito diferente na equipa de voleibol. Mas a Sachiko está muito animada e com um sorriso radiante a despedir-se dos colegas do 9º ano.
 
Sachiko: Boa sorte, minna!
 
Aoi: Pois. *Snif* Escrevam-nos de vez em quando, está bem? UWAAAAAHHHHHHH! – Também é chocante ser ela a que mais está a chorar durante a despedida aos colegas de equipa, seus senpai.
 
Não é nada mais do que uma habitual cerimónia de graduação, cheia daqueles momentos amargos e doces que trazem as lágrimas aos olhos. A turma 8-2 está a tirar uma fotografia de grupo.
 
Som: Clique
 
Sachiko + Tarou: (Então da próxima vez que entrarmos na escola já será como alunos do 9º ano…)
 
E assim, eles terminam o 8º ano e a turma 8-2 com a Sachiko, o Tarou e o resto do pessoal deixa de existir. A partir de agora, não passará de uma mera recordação…
 
*************
 
--------------
IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA

Editado por Shiratori

Partilhar esta mensagem


Link para a mensagem
Partilhar nas redes sociais

  • Conteúdo Recomendado:

    • PetalidiStelle
      Por PetalidiStelle
      [Tópico de Anime]
       
      À semelhança do "Animes em Portugal", um novo tópico para o mango.
       
      Peço a todos que ajudem a detetar erros e omissões na lista. Também será interessante que os membros do AnimePT anunciem aqui as novas séries que irão ser lançadas.
       
      [Confirmado] - Nome em Portugal, Nome Inglês, Nome Original - Editora, Volumes Publicados

      Títulos Confirmados
       
      [X]– Akira, Akira, Akira – Meribérica/Liber, 19 de 19
      [X]– All You Need is Kill, All You Need is Kill, All You Need is Kill – Devir, 2 de 2
      [X]– Assassination Classroom, Assassination Classroom, Ansatsu Kyoushitsu – Devir, 7+ de 21
      [X]– Astro Boy, Astro Boy, Astro Boy: Tetsuwan Atom – Edições Asa, 3 de 3
      [X]– Blue Exorcist, Blue Exorcist, Ao no Exorcist – Devir, 11+ de ??
      [X]– Dark Angel, Dark Angel, Seija Densho Dark Angel – Devir, 2 de 5
      [X]– Death Note, Death Note, Death Note – Devir, 12 de 12
      [X]– Dragon Ball, Dragon Ball, Dragon Ball – Planeta deAgostini, Edições Asa, 42 de 42 [1]
      [X]– Kenshin: O Samurai Errante, Rurouni Kenshin, Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan – Devir, 5+ de 28
      [X]– Lupin III, Lupin III, Lupin III – Mangaline Edições Portugal, 2 de 5 [2]
      [X]– Mai-HiME, Mai-HiME, Mai-HiME – Mangaline Edições Portugal, 1 de 5
      [X]– Mother Sarah, Sarah - The Legend of Mother Sarah, Sarah - The Legend of Mother Sarah – Meribérica/Liber, 3 de 3
      [X]– Naruto, Naruto, Naruto – Devir, 22+ de 72
      [X]– NonNonBa, NonNonBa, Nonnonbaa to Ore – Devir, ? de 2
      [X]– O Diário do Meu Pai, My Father's Journal, Chichi no Koyomi – Levoir, 1 de 1
      [X]– O Homem que Caminha, The Walking Man, Aruku Hito – Panini, Devir, 1 de 1
      [X]– One Punch-Man, One Punch-Man, One Punch-Man – Devir, 1+ de ??
      [X]–  Os Guardiões do Louvre, Guardians of Louvre, Sennen no Tsubasa, Hyakunen no Yume: les Gardiens du Louvre –  Levoir, 1 de 1
      [X]– Platinum End, Platinum End, Platinum End – Devir, 1+ de ??
      [X]– Ranma 1/2, Ranma 1/2, Ranma 1/2 – Texto Editora, ?? de 38
      [X]– Terra de Sonhos, Raising a Dog, Inu wo Kau – Levoir, 1 de 1
      [X]– Tokyo Ghoul, Tokyo Ghoul, Tokyo Ghoul – Devir, 5+ de 14
      [X]– Vampire Princess Miyu, Vampire Princess Miyu, Vampire Miyu – Mangaline Edições Portugal, 1 de 10
      [X]– Yu-Gi-Oh!, Yu-Gi-Oh!, Yu-Gi-Oh! – Edições Asa, 7 de 38
       
      Notas:
      [1] A Edições Asa lançou até ao volume 19
      [2] Os 14 volumes originais seriam lançados em 5 volumes maiores
       
      >> LINK PARA FOLHA DE CÁLCULO <<
    • DigiFanPT94
      Por DigiFanPT94
      Ouvi dizer que gostam de Digimon, por isso deixo aqui uma "brincadeirazinha" minha
      Espero que Gostem
       



       
      PS: A AniMedia vai dobrar os filmes todos em Português de Portugal, por isso se quiserem façam like na Página de Facebook e fiquem atentos aos updates
    • ShiraWasHere
      Por ShiraWasHere
      Clashing Feelings - A Manga
       
      ©Story by Shiratori
      ©Art by Pete -- DeviantArt / Tapastic --
       
      Yay, finalmente! A manga de CF! ( ^ _ ^ )

      E agora em Português!

      DOWNLOAD: Clashing Feelings Manga PT.zip
       
      Página 01


      Página 02


      Página 03


      Página 04


      Página 05


      Página 06


      Página 07


      Página 08


      Página 09


      Página 10


      Página 11


      Página 12


      Página 13


      Página 14


      Página 15


      Página 16


      Página 17



      *Para ler/descarregar em Inglês (e brevemente em Japonês): http://clashingfeelings.proboards.com/thread/88/clashing-feelings-manga
    • ShiraWasHere
      Por ShiraWasHere
      Ver Lista de Anime >>

      Há semelhança do tópico "Animes em Portugal", esta é a versão para manga. Esta lista é mais fácil, mas dado que é uma coisa que começa a nascer em Portugal convém ir atualizando para estarmos a par dos novos lançamentos.
       
      Peço a todos que ajudem a detetar erros e omissões na lista.

      Isto está na forma:
      [Confirmado] - Nome em Portugal, Nome Inglês, Nome Original - Editora, Volumes Publicados
       
      Títulos Confirmados

      [X]– All You Need is Kill, All You Need is Kill, All You Need is Kill – Devir, 2 de 2
      [X]– Assassination Classroom, Assassination Classroom, Ansatsu Kyoushitsu – Devir, 2+ de ??
      [X]– Astro Boy, Astro Boy, Tetsuwan Atom – Edições Asa, 3+ de 23
      [X]– Blue Exorcist, Blue Exorcist, Ao no Exorcist – Devir, 6+ de ??
      [X]– Death Note, Death Note, Death Note – Devir, 12 de 12
      [X]– Dragon Ball, Dragon Ball, Dragon Ball – Edições Asa, 17+ de 42
      [X]– Naruto, Naruto, Naruto – Devir, 12+ de 72
      [X]– Samurai X, Rurouni Kenshin, Rurouni Kenshin: Meiji Kenkaku Romantan – Devir, 1+ de 28
      [X]– Yu-Gi-Oh!, Yu-Gi-Oh!, Yu-Gi-Oh! – Edições Asa, 6+ de 38

       
      ----
      Agradecimentos especiais para todos os que contribuíram neste tópico.
      Lista Atualizada até à mensagem de resposta: #18
    • ShiraWasHere
      Por ShiraWasHere
      Estado: Completo (20 capítulos + 4 mini bónus)
      Descarregar PDF: HISTÓRIA COMPLETA E ATUALIZADA
      (Nota, abre o spoiler em baixo de "DOWNLOAD IN ANOTHER LANGUAGE" e escolhe a versão Portuguesa)
       
      Okay, pessoal. Isto é só um teste de uma página apenas. Um cheirinho de Clashing Feelings em Português. Não prometo que seja para continuar, e a ser, não posso prometer prazos. Mas se houver um hype considerável, dar-me-á forças para continuar
       
      Mas por favor, não venham agora com aqueles chavões do "Continua!", "Excelente Iniciativa", "Estou a adorar, quero mais!" e depois na segunda página já ninguém está a acompanhar
       

       
      Pronto, vou continuar a tentar traduzir uma página por dia, pelo menos enquanto houver gente a seguir isto. Espero que isto não fique uma trapalhada, vou tentar por links para ser mais fácil vocês seguirem a história. Para já, só um alerta:
       
       Para maiores de 16 anos. Se ignorarem o aviso, pelo menos não contem aos vossos pais. A história tem momentos pervertidos, e acho que quando lá chegar, dá-me a vergonha, fujo e nunca mais ponho cá os pés A sério, não é nada de extraordinário, mas...
       
      A história no AnimePT é de uma versão desatualizada. Contém alguns erros ortográficos/gramaticais e ligeiras diferenças em algumas cenas. Para obteres a história atualizada, descarrega o PDF.
       
      Por favor, não se esqueçam de COMENTAR!!!!


       

       
      CLASHING FEELINGS ~ Sentimentos em Conflito ~
      Em Português, e em exclusivo no AnimePT (por enquanto)
       
      ***** HISTÓRIA *****

      PARTE I – Rivalidade Mútua

      Luta 01 – O Inicio de um Novo Ano Escolar

      Numa pequena cidade Japonesa, na década de 90…
       
      Juntinhos num ramo de uma sakura [cerejeira Japonesa], dois pardais piam animadamente. Estamos na Primavera e as pétalas das flores da cerejeira esvoaçam pelo ar. E assim, inicia-se um novo ano escolar, e uma nova história começa-se a desenrolar. São dias excitantes e animados, estes tempos de juventude da Sachiko e do Tarou. No pátio da escola, há um enorme burburinho junto dos placards. Nestes, estão afixadas as listagens das novas turmas e os estudantes estão todos em pulgas para descobrir em que turma estão e se ainda vão ficar juntos com os respetivos amigos. Portanto, a algazarra é grande, com alguns estudantes a queixarem-se da má sorte enquanto outros choram a dolorosa separação com os colegas, contrastando com os muitos estudantes que saltam de alegria por terem ficado na mesma turma que os seus companheiros. No meio da confusão, a Sachiko tenta encontrar o seu nome nas listas. E as suas duas melhoras amigas estão mesmo atrás dela, mas estas não conseguem ver as listagens em condições do local onde se encontram, portanto a Sachiko está a ler para elas, enquanto se estica para ver.
       
      Sachiko: Ora vejamos… Onde? Onde estão os nossos nomes? Hmmm… Encontrei! Eu estou na turma 8-2. Ah! Vocês as duas também estão na mesma turma! Iupi!
       
      Sachiko e as suas amigas não podiam estar mais contentes.
       
      Aoi: Boa, fantástico! – Exclama enquanto pula de alegria.
       
      Nanako: Que bom, que alívio… - Comenta discretamente, com pequenas lágrimas de felicidade nos cantos dos olhos.
       
      Aoi segura nas mãos da Nanako e, puxando-a para a celebração, salta para cima e para baixo.
       
      Aoi: Vá lá Nana-chan, não chores.
       
      Sachiko: Geh!?
       
      Aoi: O que foi, Sacchan?
       
      Nanako: Passa-se alguma coisa, Sacchan?
       
      Sachiko: Oh bolas. Aoi-chan, Nana-chan, o Sawada Tarou e o seu grupinho também estão na nossa turma… - Afirma desapontadamente.
       
      Aoi: Eehh?? Que desgraça!! Quer dizer que temos que aturar esses idiotas por mais um ano?
       
      Nanako: Oh não…
       
      Sachiko: Isto é um verdadeiro pesadelo!
       
      Aoi: Podes crer!
       
      Nanako: Vai ser mais do mesmo, este ano?
       
      Sachiko: Sei lá…
       
      Aoi: Aposto que será ainda pior. Ne [Ei], Sacchan, tu e o Tarou-kun são colegas desde a primeira classe, não é assim?
       
      Sachiko: Infelizmente, sim, é isso mesmo.
       
      Aoi: Quando nos conhecemos no 7º ano, as coisas já estavam azedadas com aquele idiota do Tarou-kun, não estavam?
       
      Nanako: Ah, estavam, estavam!
       
      Sachiko: Pois estavam…
       
      Aoi: Não sei porque é que nunca te perguntei, mas o que aconteceu entre vocês os dois para as coisas se terem tornado tão hostis?

      -------------- 
      IR PARA A PRÓXIMA PÁGINA
       
      ou
       
      SALTAR PARA O CAPÍTULO:
       
      PARTE 1
      Capítulo 02 - É por Estas e por Outras que não te Suporto!
      Capítulo 03 - Batalhas no Exame Médico
      Capítulo 03.5 - Mini Luta 01 – Tornando-se Adultos
      Capítulo 04 - Batalhas Durante os Testes
      Capítulo 05 - Batalhas na Praia
      Capítulo 06 - Batalhas no Festival de Verão
      Capítulo 07 - Confrontos Atingem o Nível Mais Alto de Sempre
       
      PARTE 2
      Capítulo 08 - Que Sentimentos são Estes?
      Capítulo 09 - Igualar o Marcador
      Capítulo 10 - Clashing Feelings ~ Sentimentos em Conflito
      Capítulo 11 - Batalhas na Viagem Escolar ~ Parte 1
      Capítulo 12 - Batalhas na Viagem Escolar ~ Parte 2
      Capítulo 13 - Batalhas na Viagem Escolar ~ Parte 3
      Capítulo 13.5 - Mini Luta 02 – Fantasias Pervertidas
       
      PARTE 3
      Capítulo 14 - Embriagado com Ciúmes
      Capítulo 15 - Lutas no Jogo de Futebol
      Capítulo 15.5 - Mini Luta 03 – Delírios com uma Manager
      Capítulo 16 - A Mamã Sachiko e o Papá Tarou
      Capítulo 17 - Desperado
      Capítulo 18 - A Origem
      Capítulo 19 - Ensaiando para a Peça de Teatro
      Capítulo 20 - Boss Final: O Desafio do Amor!
      Capítulo 20.5 - O Verdadeiro Vencedor

      ou

      FAZ DOWNLOAD DO PDF DA HISTÓRIA COMPLETA E ATUALIZADA
      (Nota, abre o spoiler em baixo de "DOWNLOAD IN ANOTHER LANGUAGE" e escolhe a versão Portuguesa)
       
       
      ou IR PARA CLASHING FEELINGS LEVEL 2