Dracul

The End...

6 mensagens neste tópico

Diário de Razor Levantine

Muralha de Asgard, 13 de Dezembro de 1459

 

 

 

I

(10:50 AM)

 

Finalmente, a minha jornada está próxima do fim. Quando olho para trás e me recordo das pessoas com quem partilhei conversas, risos, cânticos, um sentimento de tristeza preenche o meu coração. Morte, esse foi o preço que eles pagaram pela bondade para com a minha pessoa. Um preço muito alto, alto demais até mesmo para mim; mas no fim, verdade seja dita, aproveitei dessa gentileza, das suas mortes, apenas com uma única razão - o intuito de chegar a este lugar falado em lendas.

Assim que obter o fruto de Yggdrassil poderei ver a minha amada (Hildagarde, a mulher que foi negada à vida devido aos males deste mundo) uma vez mais.

 

 

II

 

 

 As Muralhas de Asgard  – erguiam-se na minha frente num espectáculo arrasador (viajei pelo mundo inteiro, mas era a 1º vez que enxergava arquitectura tão singular). As paredes (enormes, maciças e de formas invulgares) eram escuras, mas não era um negro igual ao da noite; não, este era maldoso, maléfico, igual a escuridão que perdura no mundo. Obscuridade abundava a paisagem ao meu redor dando um toque tenebroso ao muro, e após alcançar os grandes portões de ferro, guardados por duas grandes estátuas de aspecto horrendo (Corpos demoníacos com formas humanóides, nas suas mãos, tentáculos gelatinosos e repugnantes substituíam os seus dedos, em vez de pernas, patas de cavalo esticavam-se de maneiras controversas, e os seus rostos mutilados e perversos, brotavam enormes chifres, que faziam par com os seus hediondos cabelos), o meu coração pareceu parar por uns segundos. O medo que sentia era real, causado pelo cenário que me rodeava e pelos guardas empoleirados nos estranhos obeliscos, cada um com colares serpenteado de pequenas caveiras, e postos lado a lado da poderosa porta. Observavam-me de perto, não eram reais, mas o medo já tinha alcançado o meu corpo por inteiro. Enquanto tentava abrir os grandes portões de ferro, com as forças que ainda me restavam, os meus olhos fixaram-se nas criaturas, que, na minha mente, já tinham ganho vida e preparavam-se para saltar em cima de mim, e esquartejar-me. Um, dois…três! A Porta abriu-se na minha frente, lenta, arrastada, duradoura… fazendo um ruído punidor para os meus ouvidos. Por um momento, achei que as feras rosnavam pelo acto que cometera, claro que não passava nada mais do que minha fértil imaginação, pesada, com receio de uma verdade ainda por ser descoberta. Não pensei duas vezes, entrei com rapidez na estranha fortaleza, e quando julguei estar livre das horrendas imagens que vira, a porta fechou-se num estrondo infesto.

 

…ONDE ESTOU!?...QUEM ESTÁ AÍ!?

 

 

 

(...Continua para a semana...)

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Diário de Razor Levantine
Entrada da Biofrost, 13 de Dezembro de 1459


III

 

(14:37 PM)

 

A primeira impressão após trespassar a grande entrada foi de nada, um completo vazio. Mesmo de olhos abertos apenas enxergava o nenhum. Roubado de um dos dons concedidos a humanidade (a visão) o desespero apoderou-se da minha mente. Respirei fundo…inspirava, expirava…tentei manter a sanidade e buscar uma razão óbvia, mas não conseguia. Tão grande foi o impacto que, imóvel, sim; não me mexia, estava a dar em maluco, mas nas trevas uma pequena luz mostrou-se para mim. Era tão linda, existia algo de familiar nela. Estiquei o braço na tentativa de agarra-la e num instante não estava uma, nem duas, mas várias a cintilar num céu nocturno de uma imensidão grandiosa. O portão tinha desaparecido e os meus pés acentuavam-se numa nuvem. Não queria acreditar no que via, até mesmo onde estava. Estrelas cadentes caiam aos pares acompanhadas pelas demais que, a sua passagem, emitam o espectro luminoso das cores; ao longe, enormes constelações tomavam formas de colossais bestas e as mais simples tentavam agradar o céu com pequenas histórias. Era um palco grandioso. Uma enorme escadaria erguida em cristal (Corrimão único, trabalhado de uma forma insólita, acompanhava os degraus finos, quase transparentes, cujo o brilho lembrava as cores do arco-íris) residia a uns metros de onde me encontrava. A forma espiral prolongava-se bem alto no céu, tão alto que não era possível ver o topo – por fim iniciei a minha escalada. Enquanto caminhava, lembrei-me de uma história que, Hildagarde, o amor da minha vida, contou-me numa noite de Inverno.

 

 

(...Continua....)

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Olá, gosto sempre de ler as tuas coisas mas antes de mais começo pela secção de nazismo gramatical (e depois dou uma opinião sobre o conteúdo em si): 

 

1ª parte

 

"este era maldoso, maléfico, igual a escuridão que perdura no mundo. Obscuridade abundava na paisagem ao meu redor dando um toque tenebroso ao muro e após alcançar os grandes portões de ferro, guardados por duas grandes estátuas de aspecto horrendo ( ... controversas e dos seus rostos mutilados e perversos brotavam enormes chifres, que faziam par com os seus hediondos cabelos),"

 

 

maldoso = maléfico, pelo que sugiro que mudes um dos adjectivos ou deixes só um

 

havia ali umas vírgulas a mais antes dos "e"

 

"serpenteado" deveria ser "serpenteando", penso eu

 

2ª parte 

 

onde diz "nenhum" ficava melhor "nada"

 

o "sim" e a frase onde se insere estão um pouco confusos (concedo, no entanto, que é provável que fosse esse o intuito) 

 

falta o acento em "agarrá-la" 

 

os pés a acentuarem-se é capaz de ser uma coisa complicada, não seria "assentavam"?

 

falta o acento no "à sua passagem"

 

deveria ser "emitiam", porque o sujeito é plural

 

em vez de "contou-me" sugeria que usasses "me contara", ficava mais bonito

 

Como sempre devo estar a passar ar de alta arrogante por me por com tantas sugestões mas (também como sempre) como gosto do que escreves gostava que ficasse o melhor possível. 

 

Até agora acho que estás a conseguir criar o ambiente certo e a descrever as coisas de forma clara mas que permite dar largas à imaginação. O estilo que estás a usar e a desenvolver agrada-me, tanto em termos de linguagem como em termos de apresentação das coisas: as intermissões entre parênteses parecem-me muito boa ideia e bem conseguidas para ilustrar pensamentos secundários e o facto de ser na primeira pessoa dá logo outra profundidade à leitura.

 

A história parece interessante e prende o leitor, tenho mesmo vontade de ler mais, fico à espera, continua o bom trabalho. 

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Obrigado pelo leres a minha história,qualquer opnião para tornar-me melhor são bem vindas :)

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IV

 

 

Há muito tempo, Odin, Pai dos Deuses, encontrava-se no limiar da sua destruição. Com a morte das suas Valkyrias pela mão de seu filho Loki, as forças de Hell dizimaram metade do seu exército. Sem as sagradas guerreiras, as almas heróicas de Midagard não podiam chegar em seu auxílio. Então, com o que restava do seu poder, criou uma ponte que ligava Valhala a Midgard – A Biofrost. Finalmente, as almas dos guerreiros mais fortes de Midgard superaram a grande muralha negra e juntaram-se a seu Pai nesta guerra, que, ao 8 dia foi ganha. Loki foi aprisionado em Jotunhein, enquanto Hell desapareceu no nevoeiro de Niflhein, para recuperar as suas forças e um dia erguer o Ragnarok uma vez mais.

 

…SERÁ VERDADE!?...

 

 

V

 

Diário de Razor Levantine
Biofrost, 13 de Dezembro de 1459 (Continuação)

(20:20 PM)

 

“Perguntei ao tempo, quanto tempo é que o tempo tem. E o tempo respondeu-me que tem tanto tempo, quanto tempo o tempo tem!”

 

 

Ele nunca me respondeu, bem, pelo menos não neste lugar. O tempo não persiste nesta paragem de eterna beleza, esculpida milénios antes do meu nascimento pelo primeiro dos seres - Odin. Suponho que tenha passado umas horas (se não me engano cerca de dez) desde que trespassei os grandes portões de ferro e comecei a minha subida pela Biofrost, na qual ainda me encontro, recuperando as minhas forças com um pouco de carne seca que, felizmente sobrou do meu ultimo jantar.

 

…JÁ NÃO FALTA MUITO! …

 

[as próximas quatro páginas encontram-se rasgadas]

 

 

(Continua)

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VI

Diário de Razor Levantine

Palácio de Valhala, (horas e data desconhecidas)

 

 

Quando cheguei ao topo não conseguia acreditar no que avistava. Poetas, Filósofos, Cronistas, Notários, até mesmo os simples Contadores de Histórias, encheram livros com as descrições mais extravagantes, mais fabulosas e mais inacreditáveis sobre este lugar lendário; mas garanto-vos que não foi o bastante, pois, até mesmo eu não tenho palavras suficientes para narrar com eficiência o cenário que contemplo.

Colunas de um trabalho requintado, de uma cor azulada (um azul tão puro como o céu de Inverno, iluminado durante uma noite de lua cheia) formavam uma avenida ampla de uma beleza inacreditável, a qual nunca me tinha deparado.

Segui caminho por esta estrada mítica, observando de perto todos os pormenores (estatuas de belíssimas mulheres, sentadas no cimo de cada pilar, faziam uma vénia num sinal cortês a quem passava em frente dos seus olhos de puro cristal, flores das mais varias cores e formas, preenchiam os espaços entre as colunas que, ao simples soprar do vento, levantavam voo e dançavam num espectáculo majestoso) e no fim alcancei o grande pórtico (talhado em ouro, mas um ouro que só se encontra nas mais puras das estrelas, tomava a forma de estatuas de pequeno porte misturadas com arranjos florais sublimes, estes pincelados com pó das grandes estrelas oriundas do norte), o mesmo que protege o Castelo do Infinito, a Corte da Eternidade, a Casa de Odin – Valhala, o Palácio dos Deuses.

Ao simples toque, o grande portão abriu-se na minha frente leve como uma pena, sem qualquer tipo de ruído, igual a brisa de verão que percorre os campos de Midgard.

O palácio de cristal (enormes torres de tamanhos uniformes, ligavam-se entre simples pontes de cristal, estas que por si, estendiam-se no alto de um enorme palacete de sala única, onde numerosos pilares e estatuas davam um toque singelo e imponente a esta grande arquitectura) era o meu destino final. Lágrimas escorriam pela minha cara, a minha mente já só via o sorriso de Hildagarde, mas, quando trespassei as portas do palácio e percorri o seu hall até ao grande trono de Odin (uma poltrona feita de cristal, esculpida de uma forma solene, alongava-se até a grandiosa abobada, onde uma luz branca, pura, dominava um belíssimo vitral da imagem do grande Deus) comecei a perder os sentidos.

 

 

VII

 

 

Diário de Razor Levantine

Palácio de Valhala, (horas e data desconhecidas) (Continuação)

 

 

 

Uma estranha forma negra tomou aos poucos lugar na minha frágil mente. O escarlate que a rodeava concedia-lhe uma forma humana, mas um pouco bizarra ao mesmo tempo. As suas palavras queimavam igual ao fogo, furioso, desolador, maligno; ele dizia “ Quebra-o e poderás ver uma vez mais a tua mulher”. Este homem de negro envenenou o meu pensamento; aos poucos me levantei e segui para a frente do trono, como se algo me conduzisse contra minha vontade. Ao lado deste, encontrava-se um pedestal e nele, uma esfera negra reluzia de uma maneira estranha. Assim que coloquei as minhas mãos, eu vi - Eu soube o meu destino!

 Os pesadelos que me assombravam nos últimos meses revelaram ser uma verdade amarga, uma veracidade à qual não podia escapar.

 

“ Se uma Alma pura tornar-se corrupta, essa mesma pode libertar o Indesejado, quebrando o selo de Odin “

 

Destruí o selo como ele esperou que o fizesse. As trevas cobriram os meus olhos, o sofrimento apoderou-se do meu coração e o medo arrasou com o meu senso.

 

 

 

 

… QUE ODIN TENHA PIEDADE DA MINHA ALMA, POIS CONDENEI TODOS OS SERES DESTA TERRA ÀS TREVAS ETERNAS! ...

 

 

“ O RAGNAROK COMEÇOU “

 

 

 

Fim

 

(A proxima história não tarda...)

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