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Hogaku

Kowareta Yume [HOTD Fan-fic]

1 mensagem neste tópico

Já tenho esta fic inacabada há 1 ou 2 anos, se vir aqui bons comentários, tento acabá-la.
 
Chapter 1- O começo do fim

 

 

 

Mais um dia de semana, aparentemente normal. Hatsu continuava no seu sono profundo, como sempre demorava a levantar-se. A mãe, uma senhora com os seus 40 e poucos e alguns cabelos grisalhos, acordara-o forçosamente, pois custava-lhe perturbar o sono do seu filho. Como sempre, o rapaz teve uma reacção negativa, envolvendo-se mais nos seus lençóis de algodão. Até que a progenitora, já um pouco saturada, lhe deu um brusco grito no ouvido dele:
-A casa está a arder! Vamos morrer todos!!!
O rapaz acordara definitivamente e sobressaltado, agarrando o braço da mãe fortemente:
-NÃO QUERO MORRER TÃO CEDO!!!
Hatsu levantara-se da cama rapidamente, e abriu os olhos. Não havia sinal de incêndio. Olhou para a mãe, esta esboçando um ligeiro sorriso. Desculpou-se ao filho, e mandou-o ir preparar-se para o início do segundo trimestre escolar. Hatsu não tinha ficado chateado, mas não gostava de acordar assim. Era, deveras, irritante. Depois de ter comido e se vestido formalmente, agarrou na mochila, e despediu-se da mãe, dirigindo-se para a escola.
Hatsu, o rapaz de cabelos negros e curtos, olhos verdes como duas cintilantes esmeraldas e possuidor de uma pele ligeiramente bronzeada, tinha chegado ao colégio Ishinomaki. Procurava agora os seus amigos, e enxergara ao longe o seu grande e melhor amigo Kazuro. Era fácil de distinguir dos outros estudantes; o seu característico tom de cabelo azulado, os seus velhos óculos brancos e as suas feições e gestos eram inigualáveis perante Hatsu, pois era o rapaz que convivera com ele na sua infância, o rapaz que ia sempre ao seu aniversário, o rapaz que guardava os segredos indiscutíveis, simplesmente, o seu melhor amigo.
-Kazuro!!!-gritava Hatsu de longe.-espera por mim!!!
O rapaz parara bruscamente, olhando para trás e vendo o seu velho amigo Hatsu. Sorriu pelo estilo atrapalhado dele a correr, e chegando Hatsu ao pé dele, perguntou-lhe:
-O que te aconteceu? Costumas ser sempre mais pontual…. Vamos lá, que falta um minuto para tocar e não quero chegar atrasado á aula de Filosofia!
Hatsu desculpou-se rapidamente, e com passo apressado, os dois jovens dirigiram-se para a sala de aula.
A aula de Filosofia estava a ser muito aborrecida. Era, como sempre, monótoma para Hatsu, sem contexto e sem objectivo. Virou-se de perfil para a colega do lado de quem Hatsu gostava, Shira, uma bela e jovem rapariga de cabelos longos esverdeados, com um sorriso sempre retratado na sua bela face, pertencente ao grupo de Hatsu e questionou-a:
-Shira…quantos minutos faltam para tocar? Estou cheio de sono…
A rapariga sorriu para ele, dizendo num tom suave e baixo:
-Tu nunca mudas, Hatsu. Ainda faltam quarenta e cinco minutos!
O rapaz, sem falar, gesticulou para a rapariga, dizendo “Obrigado”. Virou-se de novo para a janela. Estava um tempo tão bom, que só lhe apatecia sair e ir correr, jogar futebol, respirar aquele ar ironicamente poluído, devido á grande concentração de indústrias ali existentes. Olhou para o porteiro, que estava aparentemente a adormecer. Coitado, estava na mesma situação do que Hatsu. Mas, chegou um sujeito ao portão cambaleando, como se estivesse embriagado. O porteiro foi para perto dele, indo a perguntar o que queria. Foi uma opção que não o favoreceu nada. Inexplicavelmente, o homem morde o pescoço do porteiro, arrancando-lhe uma grande parte dessa carne. Hatsu tinha ficado parado, boquiaberto e sem reacção. O que sucedeu a seguir, paralisou-o totalmente. O “embriagado” olhou directamente para a janela onde estava Hatsu, parecendo que estava a olhar para o pobre rapaz de cabelos negros. Este, tomou a atitude correcta.
-Professora Ishima… acho que gostaria de ver uma coisa que aconteceu ali fora…-disse Hatsu, sem pestanejar e ficando de novo imóvel.
A professora, irritada, chamou-o á atenção:
-Não é hora de olhar lá para fora, Hatsu! Já sei que não gostas de…
- Por favor veja o que se passa ao pé do portão!- levantara-se agora o rapaz, furioso, constrangido pela situação ocorrente.- Acho que vamos morrer todos!
A professora, irritada olhara para o exterior do edifício. Realmente o seu aluno tinha razão. Agora, não era só o velhote embriagado que tinha assassinado o porteiro: mais alunos apareceram, comendo-se uns aos outros com uma gigante fervura. Os que não tinham sido mordidos, fugiam, apavorados, do horror. A docente apercebeu-se da realidade da situação, e comunicou á turma:
- Alunos, vamos dar por terminada a aula. Mas, não saiam da sala, temos que conversar.
Agora, a teoria de Hatsu tornara-se mais verdadeira, com a reflexão e preocupação de Ishima. Todos os alunos olharam para ele, especialmente Shira, perguntando num tom de brincadeira:
- Hatsu, não vamos realmente morrer… pois não?
Este virara a cara á amiga, sem saber o que lhe dizer. Então, voltou-se para ela, e acenou positivamente com a cabeça.

 

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