kikuchi

Namida no Yume

76 mensagens neste tópico

Gostei, mas fico cada vez mais confusa a cada capítulo que passa. Mas acho que é um bocado essa a intenção, por isso continuo a acompanhar e à espera de mais. ^^

Editado por PetalidiStelle

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Antes de mais, sorry pelo delay, não tinha reparado no update :'D

Ok, este foi, definitivamente, o capítulo que mais confusa me deixou até agora... É bom que o final seja mesmo bom, para compensar todos os mindfucks que andas a dar ao pessoal! >8U Não sei como pegar nisto... este capitulo, tal como os cenários que descreves, parece ser tão vazio, tão branco... (será que esta associação não terá sido intencional?... :P) Anyway, é favor meter continuaçao as soon as possible. E congrazzles em deixares a malta completamente stuck ao que escreves e a pedir por mais! As always...

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Obrigado pelas vossas reviews! Desculpem a demora nas respostas...

Mas tu acabas isto aqui e assim???? Vais levar com uma borracha pela cabeça!!!

Gostei muito do capítulo, mas fiquei com a sensação de que isto aconteceu no passado dela, certo? Mas como ela diz que o matou, se for no presente não percebi é como é que ela foi ter ao hospital...

Sorry Mira, mas a história é mesmo assim xD Sim, o "matar" refere-se ao passado dela que será explicado em breve, prometo! Este capítulo passa-se um dia depois de ela "passar a noite" na biblioteca... mas eu explico tudo direitinho brevemente :)

Gostei, mas fico cada vez mais confusa a cada capítulo que passa. Mas acho que é um bocado essa a intenção, por isso continuo a acompanhar e à espera de mais. ^^

A ideia é precisamente essa! A história é narrada na primeira pessoa e transmite um pouco a forma como a personagem está psicologicamente... Gradualmente, irás ver que até a própria narração dos capítulos de vai "aclarar" à medida que o tempo passa!

Não sei como pegar nisto... este capitulo, tal como os cenários que descreves, parece ser tão vazio, tão branco... (será que esta associação não terá sido intencional?... :P) Anyway, é favor meter continuaçao as soon as possible. E congrazzles em deixares a malta completamente stuck ao que escreves e a pedir por mais! As always...

Sim é mesmo suposto ser vazio... A razão para isto tudo, é porque ela se encontra num, estado em que não pensa em mais nada, apenas constata as coisas. Daí ser tão frontal com o homem no fim do capítulo... again, tudo se vai encaixar nos próximos capítulos, mas sim, anda à volta disso :)

Em princípio, teremos novo capítulo antes da Páscoa. Se não puder fazer update, fica para a semana!

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FINALMENTE tive tempo para actualizar a tua história! :lol:

Em primeiro lugar, parabéns pela criatividade tanto ao nível do conteúdo como da forma como o expões! Escreves de uma maneira muito visual e poética (não fosses tu um autor de haiku :P ), o que, na minha opinião, é essencial para fazer o público agarrar-se à história (aliás, já o conseguiste e comprovaste através dos comentários ao teu tópico, de certeza :P ).

Já que os teus textos primam pela qualidade, faz-lhes ou pede a alguém que lhes faça uma revisão. Notei uns quantos erros, nada de especial. Alguns até são má pontaria para o teclado. :P Mas pode fazer a diferença para um leitor bastante exigente.

Agora os meus "bitaites" sobre a história. :P

Confesso que, no início, quando referiste a caixa, associei-a a algo simbólico - ao coração dela. Mais à frente, como ela estava a olhar para um objecto reluzente, que estava em cima de uma mesa... hum... tirei logo daí a ideia. :lol:

Sobre este novo capítulo: cá para mim, ela suicidou-se e está numa espécie de "hospital para as almas". :D Agora vamos saber o resto da história através do Além, digo eu. :P

Bem, já tens mais uma fã. Também quero mais! Amanhã é feriado, não tens desculpas. :lol:

(Tive que apagar alguns smileys para conseguir publicar o meu comentário...)

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Em primeiro lugar, parabéns pela criatividade tanto ao nível do conteúdo como da forma como o expões! Escreves de uma maneira muito visual e poética (não fosses tu um autor de haiku :P ), o que, na minha opinião, é essencial para fazer o público agarrar-se à história (aliás, já o conseguiste e comprovaste através dos comentários ao teu tópico, de certeza :P ).

Já que os teus textos primam pela qualidade, faz-lhes ou pede a alguém que lhes faça uma revisão. Notei uns quantos erros, nada de especial. Alguns até são má pontaria para o teclado. :P Mas pode fazer a diferença para um leitor bastante exigente.

Muito obrigado pelas tuas palavras Twinny!

Sim, tens toda a razão sobre fazer as "revisões". Na verdade, não tenho tido o tempo que pretendia despender na história, o que me levou a negligenciar a transcrição para o PC e, consequentemente, para o fórum. Mas conto em breve "arrumar a casa" em termos lexicais, gramáticos, etc para ficar tudo como deve ser! Entretanto, vou ter mais atenção aos "erros" :)

Confesso que, no início, quando referiste a caixa, associei-a a algo simbólico - ao coração dela. Mais à frente, como ela estava a olhar para um objecto reluzente, que estava em cima de uma mesa... hum... tirei logo daí a ideia. :lol:

Sobre este novo capítulo: cá para mim, ela suicidou-se e está numa espécie de "hospital para as almas". :D Agora vamos saber o resto da história através do Além, digo eu. :P

Bem, já tens mais uma fã. Também quero mais! Amanhã é feriado, não tens desculpas. :lol:

A caixa tem um significado. Não muito relevante ao ponto de ser um plot-device primário da história, mas tem um pouco de simbolismo. Mais à frente, verás porquê xD

Sobre a tua análise a este capítulo, digo-te apenas que apanhas bem os simbolismos... mas verás que as coisas não são tão lineares assim como dizes :)

Amanhã é feriado, por isso tens razão! Se tudo correr bem, talvez amanhã ou sábado haja novo capitulo! ;)

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NAMIDA NO YUME

DISCLAIMER: Obra de ficção que não visa retratar ou de alguma forma se assemelhar com a realidade. É tudo fruto da imaginação do autor.



#06 [ Morte Opaca ]

“... salva-me ..."

Sim, é isto que eu quero. Quero que me socorras, que me libertes... mais uma vez. Não consegui antes compreender a verdade que me ocultavas, da qual me protegias. Via, consumia e reciclava a realidade. Mais uma vez. Clico vicioso que me entreteu a mente, não para me divertir, mas para ensinar a odiar. Odiar aquilo que não pude ser. Aquilo, que eu amo.

“Quem sabe, se nos voltaremos a encontrar?”

~~~

"Fui eu que o matei."

Apesar da sala estar vazia, os meus ouvidos conseguem fotografar os sorrisos das crianças que estão aqui, mas que os meus olhos não encontram. Estou só eu, o homem, duas poltronas e o branco monótono da sala.

Uma simples frase pode conter um significado infinito. Este era o caso. Por mais simples que fosse a ideia que transmiti ao homem, que o era, não o neguemos. Mas compreendê-la, era algo que transcendia os limites da sua psique. Antes que pudesse tentar reformular a minha explicação, o homem volta a sentar-se, e solta a única resposta que não esperava ouvir. “Sempre foste tu?”

O homem foi um dos primeiros que sucumbiu à doença. Ele estava presente na minha primeira missão, no subsolo, quando tivemos de os abater. Infelizmente, não consegui eliminá-los a todos e precisei de assistência. Ou melhor... de ajuda. Mas como é que ele sabe que foi uma pessoa que causou o desastre todo? Sento-me ao seu lado, na outra poltrona, ligeiramente mais clara.

“Quando nos disseram que a explosão foi acidental, eu fui uma das poucas pessoas que não quis acreditar.” Proferiu ele, com voz rouca, visivelmente cansada. “Pensar que tamanha tragédia tinha sido um mero acaso, era algo que ia contra a nossa realidade naquela altura. No entanto, nunca pensei que tinha sido uma rapariga tão bela...”

Sim, ele sabe que não foi um acidente. Sabe, agora, que sou eu a responsável por ele estar aqui. Olho novamente para o seu rosto. Eu acho que já ouvi a voz dele algures, mas não consigo encaixá-la naquela face. Estranho. Tenho uma excelente memória fotográfica e sei que ele foi um dos primeiros a morrer naquela noite. Mas algo me diz que o conheço... Algo me dizia que eu deveria ter medo dele.

“Como é que o senhor sabe que estou a dizer a verdade?” disse quase instintivamente. Quando me apercebi do óbvio, revirei os olhos e fitei o tecto tentando esconder a minha expressão parva...

“Já não tem razão nenhuma para mentir. Neste sítio não te vale de muito... Às vezes fazemos coisas que a nossa razão, ou não entende, ou percebe demais.” Disse isto tudo, com uma calma tão serena, que nem parecia o mesmo homem que estremeceu há poucos minutos.

“Deixe-me que lhe pergunte: Sabe porque matou esta gente toda?” Olhando para mim. Só agora reparo que os seus olhos me pareciam castanhos, ganharam uma tonalidade mais clara. Devo estar com a visão turva... “Sei sim. Porque era necessário.” Tento desviar o meu olhar dele. Simplesmente não consigo.

“Tem noção, a quanta gente roubou a vida?”

Passei-me. “Oiça, se quer vingança já vem tarde. Ou melhor, se tem algo a dizer-me, diga agora! Mereço tudo o que me tem a dizer. Eu sei que me odei--”

“Eu não odeio a pessoa que mais amou esta terra. Eu nunca a desprezarei. Mas a bondade, é algo que nem sempre está mais visível aos olhos mais atentos. É preciso procurar nas pequenas coisas...”

Calei-me. O choque das últimas frases, impediu-me de raciocinar, para além de perceber que os olhos dele me pareciam ainda mais claros. Não pode ser...

A sala fica escura. Negra. Opaca.

Na parede, que estava no enfiamento das poltronas, surge uma imagem de um homem estendido no chão. "Coitado deste senhor, nem tempo deu ao desgraçado de pedir piedade" O homem descreve um jovem que tive de matar por comportamentos desobedientes. Estava a jorrar sangue por todo o lado. Agora sinto-me mais calma...

Agora, aparece a imagem de uma escola. “É a escola da nossa cidade não é?” “Sim, é essa mesmo”, confirmo. “Então certamente reconhece isto?”

Três crianças, estão encostadas num canto, em posição fetal. Estão a dormir, e estão repletas de sangue.

Mantenho o olhar. Lembro-me de terem sido apanhadas no massacre... Porque é que estou a sorrir se a escuridão força a minha íris a ver o vermelho ardente que silencia? Mas já não lá está.

Agora as três crianças, acompanhadas pela professora, sorriem na mesma sala.

“A senhora ainda está mais bonita nesta foto...” Fingi que ouvi, mas a imagem não podia deixar de não fazer sentido. Eu professora?

Três crianças, que reconheço serem minhas alunas, estão encostadas num canto, em posição fetal. Estão a dormir, e estão repletas de sangue.

As crianças voltam a ecoar na minha cabeça. Aqueles risos parecem-me familiares, música que eu já tinha ouvido, escutado, vivenciado... "Mas eu nunca... "

"sorriem na mesma sala." ... "estão repletas de sangue." ...

“Aki, tenho medo...” Onde é que eu ouvi isto?

"sorriem na mesma sala." ... "estão repletas de sangue."

"Aki!" "Aki!" "Professora" "Amiga!" consigo ouvi-los! Fico furiosa! Porque é que não os conheço?

O negro psicadélico da tela consome-me. Sorrisos vermelhos são a única coisa que penso... Porque é que estes três me fazem ter pena deles? Aquilo foi uma missão! Não pode ser! Estarei louca? "Para quem sorri na morte, parece-me um pouco desesperada... Aki." Olho bem para o homem. Ele tem olhos azuis. Eu conheço-o! "Por favor, diz-me que estou mesmo morta..."

"Não. Agora vais começar a viver."

--------------------------------------------------------------

Como prometido, não consegui actualizar isto na Páscoa, e por isso aqui têm o novo capítulo. Prometo que em breve o enredo fica mais célere daqui para a frente, mas queria mesmo mostrar e enfatizar o "local" onde ela está.

Entretanto, já sabem! Agradeço as vossas críticas/opiniões/sugestões etc... Read & Review!! Thanks

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Com isto ainda assim nem sei bem o que dizer x) Gostei, este tipo de narrativa cria mais expetativa, e parece-me que, se isto é uma introdução ao que aí vem, os próximos capítulos devem ser muito bons. Vou continuar a acompanhar e espero por mais.

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Com isto ainda assim nem sei bem o que dizer x) Gostei, este tipo de narrativa cria mais expetativa, e parece-me que, se isto é uma introdução ao que aí vem, os próximos capítulos devem ser muito bons. Vou continuar a acompanhar e espero por mais.

Sim, isto é uma espécie de "prólogo" para o que aí vem nos próximos capítulos. É uma espécie de ponto de viragem, feito em conjunto com o último capítulo, por assim dizer.

Obrigado pela review!

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Gostei. Vais desenvolvendo lentamente e ao mesmo tempo apresentas muita informação nova!

Venha o próximo! xD

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Gostei. Vais desenvolvendo lentamente e ao mesmo tempo apresentas muita informação nova!

Venha o próximo! xD

Obrigado Mira!

Asseguro-te que a história vai se desenvolver de forma mais rápida nos próximos capítulos.

Quanto ao próximo capítulo, em princípio no final desta semana, postarei algo novo :)

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NAMIDA NO YUME

DISCLAIMER: Obra de ficção que não visa retratar ou de alguma forma se assemelhar com a realidade. É tudo fruto da imaginação do autor.

#03 [ Permanente Negro ]

"Espera por mim...."

Ofereceste-me memórias do tempo. Pequenos pedaços da doce realidade que nos habituamos a comtemplar. Era azul. Um céu infinito e azul. Eram vermelhas. O jardim das rosas puras e vermelhas. Eram castanhos. A ternura dos teus olhos. Mas o tempo muda. Segue e é contínuo. O que nos pareceu infinito, torna-se inútil e o impossível se torna desespero.

Agora é negro. O céu sombrio e escuro. Agora são negras. O jardim das rosas murchou e morreu. Agora são azuis. Porque já não vejo teus olhos castanhos. Morreste, como tudo à minha volta. Fizeste bem e irei amar o sangue que se derramou nos meus olhos.

O fim está próximo: abraça-me. Porque este demora a chegar, e eu não quero chorar sozinha...

“Segue-me...”

(…)

“Eu sou o teu pai.”

A frase ecoou-me no cérebro. Penetrou-me a alma. Nenhuma bala providencia mais dor, que saber que partilho algo com este homem. Mas não o odeio. Deu-me uma arma e algo para me entreter. Mas isso não apaga tudo. Não me responde a tudo o que anseio perguntar, mas que parte de mim detesta saber.

Ainda olhando nas suas costas, dirijo-lhe a palavra, mais sentidamente “Esse argumento não lhe serviu durante 20 anos. Porque agora o acha convieniente usá-lo?” Ele volta-se. Olha-me de cima a baixo, e responde “Ninguém mais que eu desejaria nunca te encontrar. Para mim, a tua morte no Massacre das Rosas seria tão significante quanto o passar dos dias. Não és nada para mim... e eu não sou nada para ti.”

Silêncio. Ninguém diz nada. Ele sente que estou irritada, agoniada pelas palavras dele, apesar de saber que ele diz a verdade. E ele está com medo. Medo que eu parta sem uma satisfação. Não iria perder 4 anos da sua vida à volta de uma filha que nunca se lembrou de abraçar.

“Nesta sala, há 4 anos” prossegui, “Eu vi morrer toda a gente que amava. Pessoas morreram nos meus braços, enquanto gritavam horrorizadas. De alguma forma hoje cá estou. Viva. O sangue que está nestas paredes também faz parte de mim. Você nunca entenderá o que é o desespero silencioso que uma miúda, que não pôde fazer nada para deter a vontade de alguém mais forte. Nunca entenderá o que é o amor... E eu odeio-o por isso.”

“És uma cobarde. Escondes esse sentimentalismo por detrás de uma arma. Diz-me, quantas pessoas tivestes de matar para satisfazer o vazio que tens? Uma pessoa forte nunca teria laços que a puxassem para trás nesta vida não díficil de hoje!” Estou enfurecida. Mas ele tem razão...

“Quero que continues a visitar o Shin. Apesar de tudo, ainda fazes parte do nosso grupo e posso precisar de ti eventualmente. Nada de pensamentos suicidas de acordo?”

Retiro o meu telemóvel da minha mochila. Aquele pelo qual eles me contactavam, e coloquei-o na secretária em frente. “Considere-me desaparecida. Nunca mais precisará de ouvir o meu nome.” Caminho em direcção à porta. Quando fecho a minha mão sobre o puxador, dirige-me a palavra.

“Aki. Sabes quem os matou?” Entreabro a porta. “Sei sim. Estou a falar com ele neste momento.” Saio da escola, onde a noite me aguarda companhia pelo caminho de volta.

Mas eu não vou para casa. Quero chorar. Acabei de perder a minha única fonte de sustento, a minha única coisa que me dava vontade de viver. Quero chorar. Estava perdida, mas tinha algo para fazer no caminho. Quero chorar... mas não posso. Hoje não...

(...)

Poucos edifícios se mantiveram de pé depois da guerra. Um deles era a biblioteca da cidade. Serviu de zona neutra durante a guerra onde as pessoas se refugiavam temporariamente. Lá ficavam antes de partirem para fora da cidade ou enquanto esperavam pela morte. Eu também lá estive. Vivi 2 anos lá. E li tudo o que havia para ser lido. E hoje preciso de ler novamente. Mas não são livros. São rostos.

Percorro a noite, seguindo a luz de umas poucas fogueiras que ajudavam a lua a iluminar a noite. É o pouco que as pessoas que lá vivem podem fazer para se aquecer. É a miséria de ser humano, de ser derrotado. De viver onde calha, escapando ao frio.

Poucas pessoas estão cá. Os que não têm família no subsolo, ou os que se resignaram à doença e esperam pela morte. Conheço-os a todos. São meus amigos, embora não lhes dirija uma palavra só. Percorro o caminho entre as suas mantas nos corredores de entrada. Sempre que cá venho, estão sempre pessoas novas cá. É a prova que a vida é um ciclo e que nós não somos imortais, como as nossas acções...

Sento-me no fim do corredor, junto à porta lateral de uma das antigas secções de leitura. Daqui vejo toda aquela gente a tentar sobreviver, mas que sei que viver é apenas uma torura diária que se sujeitam. Preciso de ver isto. E preciso de ler novamente. Aconchego-me com o meu casaco e pouso as minhas coisas.

Da minha mochila, retiro um livro. O meu livro de memórias, por assim dizer... Recortes das coisas que não posso (não devo) esquecer. Lê-las e procurar sentido. Mais uma vez. Será desta?

GUERRA CIVIL: Governo lança guerra aos levantementos populares. Falta de comida e água aumenta. Mais de metade do país em risco.

Isto foi pouco depois de o conhecer. Tinhamos o sonho de poder fazer algo. E quanto mais não fosse, conseguimos alegrar os que nos rodearam. Éramos felizes...

ESPERANÇA: Governo cria Unidade Salvação para controlar motins populacionais. Oficiais reportam uso de armas químicas contra populações para dispersar...

Já vivemos juntos à dois anos. Lutámos contra todos para poder ajudar os que precisavam. Cercados pela incerteza, conseguíamos arrancar sorrisos pouco a pouco. Tentávamos ser felizes...

MASSACRE NA CIDADE DAS ROSAS: Unidade Salvação arrasa escola. Mais de 100 mortos, número inderteminado de feridos.

Estávamos casados à um ano. Nunca o vi com tanto medo na minha vida. Agarrei a mão dele o mais que pude... mas a vondade desvaneceu em sangue. Estou infeliz...

DESESPERO: Carregamento ilegal de manimentos dirigido à população dos subsolos travada em tragédia. 10 mortos confirmados, entre eles menores. Desastre humanitário continua.

Isto é o fruto da ganância humana. Isto é obra de alguém que nunca amou. De alguém que não tem coração. Isto é horrível. Quem fez isto, é horrível... Devia morrer

Eu sou horrível... e devia morrer.

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Ora cá está mais um update :) Como sempre, prometo tentar, actualizar isto daqui a uma semana!

Entretanto, já sabem! Agradeço as vossas críticas/opiniões/sugestões etc... Read & Review!! Thanks

 

 

Tive tempo somente de ler esta parte, contudo, com mais atenção.

 

Mantenho o que eu disse a respeito dos capítulos anteriores lidos por mim e acrescento uma particularidade: "as intertextualidades que você pôs em seu texto - essa questão da falta de comida e tudo o mais assim como o levante popular e a guerra civil, que me fazem lembrar da Quebra da Bolsa de Nova York, da Crise Econômica passada e por ai vai..." Ah! Claro, não sei se foi viagem minha, mas vi muitas metáforas no texto também (xD mas ai não tenho certeza).

 

xD esqueci o nome que é dado isto, em que o leitor identifica-se no texto e o faz, justamente, voltar e relê-lo. Parabéns! Estou gostando. A análise dos sentimentos é que merece destaque - olha eu ai falando uma coisa que já havia dito.

 

Sempre que tiver tempo volto aqui para ler mais desse texto. Continua ^_^

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Descobri agora isto. Li os 2 primeiros capítulos e estão fixes. Quando tiver tempo leio o resto.

 

Já agora, a história chegou ao fim, ou parou a meio? Espero que esteja terminada ;)

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Já agora, a história chegou ao fim, ou parou a meio? Espero que esteja terminada ;)

 

Obrigado.

 

A história tem um fim idealizado na minha cabeça. Porém, deixei de ter vontade criativa de colocar isso tudo no papel e a história entrou numa espécie de hiatus indefenido.

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A história tem um fim idealizado na minha cabeça. Porém, deixei de ter vontade criativa de colocar isso tudo no papel e a história entrou numa espécie de hiatus indefenido.

Oh assim fico sem vontade em ler... Mereces um cartão amarelo e um puxão de orelhas bochechas :m065:

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Mereces um cartão amarelo e um puxão de orelhas bochechas

 

Discordo. Não sinto necessidade, do ponto de vista criativo, de terminar a história :)

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Discordo. Não sinto necessidade, do ponto de vista criativo, de terminar a história :)

Hmmm... pois, isso depende das razões que te levaram a criar a história.

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