Escrito: 23 de Janeiro, 2013 Gostei dos dois últimos capítulos. A forma como a história está a evoluir, a introdução de novas personagens, de novos dramas, de novos mistérios e todo ambiente em que está inserida está bastante interessante. Parabéns, e é como já disseram, de facto tens talento para a escrita... devias pensar mais a sério sobre uma eventual carreira ligada ao mundo da escrita! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 26 de Janeiro, 2013 (editado) NAMIDA NO YUME DISCLAIMER: Obra de ficção que não visa retratar ou de alguma forma se assemelhar com a realidade. É tudo fruto da imaginação do autor. #03 [ Permanente Negro ] "Espera por mim...." Ofereceste-me memórias do tempo. Pequenos pedaços da doce realidade que nos habituamos a comtemplar. Era azul. Um céu infinito e azul. Eram vermelhas. O jardim das rosas puras e vermelhas. Eram castanhos. A ternura dos teus olhos. Mas o tempo muda. Segue e é contínuo. O que nos pareceu infinito, torna-se inútil e o impossível se torna desespero. Agora é negro. O céu sombrio e escuro. Agora são negras. O jardim das rosas murchou e morreu. Agora são azuis. Porque já não vejo teus olhos castanhos. Morreste, como tudo à minha volta. Fizeste bem e irei amar o sangue que se derramou nos meus olhos. O fim está próximo: abraça-me. Porque este demora a chegar, e eu não quero chorar sozinha... “Segue-me...” (…) “Eu sou o teu pai.” A frase ecoou-me no cérebro. Penetrou-me a alma. Nenhuma bala providencia mais dor, que saber que partilho algo com este homem. Mas não o odeio. Deu-me uma arma e algo para me entreter. Mas isso não apaga tudo. Não me responde a tudo o que anseio perguntar, mas que parte de mim detesta saber. Ainda olhando nas suas costas, dirijo-lhe a palavra, mais sentidamente “Esse argumento não lhe serviu durante 20 anos. Porque agora o acha convieniente usá-lo?” Ele volta-se. Olha-me de cima a baixo, e responde “Ninguém mais que eu desejaria nunca te encontrar. Para mim, a tua morte no Massacre das Rosas seria tão significante quanto o passar dos dias. Não és nada para mim... e eu não sou nada para ti.” Silêncio. Ninguém diz nada. Ele sente que estou irritada, agoniada pelas palavras dele, apesar de saber que ele diz a verdade. E ele está com medo. Medo que eu parta sem uma satisfação. Não iria perder 4 anos da sua vida à volta de uma filha que nunca se lembrou de abraçar. “Nesta sala, há 4 anos” prossegui, “Eu vi morrer toda a gente que amava. Pessoas morreram nos meus braços, enquanto gritavam horrorizadas. De alguma forma hoje cá estou. Viva. O sangue que está nestas paredes também faz parte de mim. Você nunca entenderá o que é o desespero silencioso que uma miúda, que não pôde fazer nada para deter a vontade de alguém mais forte. Nunca entenderá o que é o amor... E eu odeio-o por isso.” “És uma cobarde. Escondes esse sentimentalismo por detrás de uma arma. Diz-me, quantas pessoas tivestes de matar para satisfazer o vazio que tens? Uma pessoa forte nunca teria laços que a puxassem para trás nesta vida não díficil de hoje!” Estou enfurecida. Mas ele tem razão... “Quero que continues a visitar o Shin. Apesar de tudo, ainda fazes parte do nosso grupo e posso precisar de ti eventualmente. Nada de pensamentos suicidas de acordo?” Retiro o meu telemóvel da minha mochila. Aquele pelo qual eles me contactavam, e coloquei-o na secretária em frente. “Considere-me desaparecida. Nunca mais precisará de ouvir o meu nome.” Caminho em direcção à porta. Quando fecho a minha mão sobre o puxador, dirige-me a palavra. “Aki. Sabes quem os matou?” Entreabro a porta. “Sei sim. Estou a falar com ele neste momento.” Saio da escola, onde a noite me aguarda companhia pelo caminho de volta. Mas eu não vou para casa. Quero chorar. Acabei de perder a minha única fonte de sustento, a minha única coisa que me dava vontade de viver. Quero chorar. Estava perdida, mas tinha algo para fazer no caminho. Quero chorar... mas não posso. Hoje não... (...) Poucos edifícios se mantiveram de pé depois da guerra. Um deles era a biblioteca da cidade. Serviu de zona neutra durante a guerra onde as pessoas se refugiavam temporariamente. Lá ficavam antes de partirem para fora da cidade ou enquanto esperavam pela morte. Eu também lá estive. Vivi 2 anos lá. E li tudo o que havia para ser lido. E hoje preciso de ler novamente. Mas não são livros. São rostos. Percorro a noite, seguindo a luz de umas poucas fogueiras que ajudavam a lua a iluminar a noite. É o pouco que as pessoas que lá vivem podem fazer para se aquecer. É a miséria de ser humano, de ser derrotado. De viver onde calha, escapando ao frio. Poucas pessoas estão cá. Os que não têm família no subsolo, ou os que se resignaram à doença e esperam pela morte. Conheço-os a todos. São meus amigos, embora não lhes dirija uma palavra só. Percorro o caminho entre as suas mantas nos corredores de entrada. Sempre que cá venho, estão sempre pessoas novas cá. É a prova que a vida é um ciclo e que nós não somos imortais, como as nossas acções... Sento-me no fim do corredor, junto à porta lateral de uma das antigas secções de leitura. Daqui vejo toda aquela gente a tentar sobreviver, mas que sei que viver é apenas uma torura diária que se sujeitam. Preciso de ver isto. E preciso de ler novamente. Aconchego-me com o meu casaco e pouso as minhas coisas. Da minha mochila, retiro um livro. O meu livro de memórias, por assim dizer... Recortes das coisas que não posso (não devo) esquecer. Lê-las e procurar sentido. Mais uma vez. Será desta? GUERRA CIVIL: Governo lança guerra aos levantementos populares. Falta de comida e água aumenta. Mais de metade do país em risco. Isto foi pouco depois de o conhecer. Tinhamos o sonho de poder fazer algo. E quanto mais não fosse, conseguimos alegrar os que nos rodearam. Éramos felizes... ESPERANÇA: Governo cria Unidade Salvação para controlar motins populacionais. Oficiais reportam uso de armas químicas contra populações para dispersar... Já vivemos juntos à dois anos. Lutámos contra todos para poder ajudar os que precisavam. Cercados pela incerteza, conseguíamos arrancar sorrisos pouco a pouco. Tentávamos ser felizes... MASSACRE NA CIDADE DAS ROSAS: Unidade Salvação arrasa escola. Mais de 100 mortos, número inderteminado de feridos. Estávamos casados à um ano. Nunca o vi com tanto medo na minha vida. Agarrei a mão dele o mais que pude... mas a vondade desvaneceu em sangue. Estou infeliz... DESESPERO: Carregamento ilegal de manimentos dirigido à população dos subsolos travada em tragédia. 10 mortos confirmados, entre eles menores. Desastre humanitário continua. Isto é o fruto da ganância humana. Isto é obra de alguém que nunca amou. De alguém que não tem coração. Isto é horrível. Quem fez isto, é horrível... Devia morrer Eu sou horrível... e devia morrer. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ Ora cá está mais um update Como sempre, prometo tentar, actualizar isto daqui a uma semana! Entretanto, já sabem! Agradeço as vossas críticas/opiniões/sugestões etc... Read & Review!! Thanks Editado 26 de Janeiro, 2013 por kikuchi 6 membros gostaram disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 26 de Janeiro, 2013 continua interessante. acho q ha alguns erros no texto. talvez devesses reler-lo pos corrigir. se calhar e so impressao minha. Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 26 de Janeiro, 2013 Gostei muito! Detetei alguns pequenos erros, mas nada de mais. ^^ Estou cada vez mais curiosa pelo passado da Aki. Quero ver que mais revelações aí vêm. Fico à espera de mais. Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 27 de Janeiro, 2013 Quando publicas o livro? Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 27 de Janeiro, 2013 continua interessante. acho q ha alguns erros no texto. talvez devesses reler-lo pos corrigir. se calhar e so impressao minha. Gostei muito! Detetei alguns pequenos erros, mas nada de mais. ^^ Estou cada vez mais curiosa pelo passado da Aki. Quero ver que mais revelações aí vêm. Fico à espera de mais. Obrigado a ambos. Na verdade, não tive muito tempo para rever isto tudo como deve ser a nível lexical/gramatical e apressei um pouco para cumprir a deadline que tinha posto de 1 semana. Agradeço que avisem sempre que vejam algo incorrecto, obrigado Quando publicas o livro? Isto é apenas uma fic solta. Para ser livro, necessitaria de um trabalho muito mais elaborado e complexo. Mas quem sabe, um dia.. Gostei dos dois últimos capítulos. A forma como a história está a evoluir, a introdução de novas personagens, de novos dramas, de novos mistérios e todo ambiente em que está inserida está bastante interessante. Parabéns, e é como já disseram, de facto tens talento para a escrita... devias pensar mais a sério sobre uma eventual carreira ligada ao mundo da escrita! Obrigado Mira! Ainda bem que gostaste Para mim, a escrita é um hobbie e é das coisas que mais me dá gosto fazer. Uma carreira não sei... mas vá, quem sabe um dia... Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 27 de Janeiro, 2013 tens mts acontecimentos agendados pa "um dia" Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 27 de Janeiro, 2013 (editado) tens mts acontecimentos agendados pa "um dia" Há apenas uma timeline. Há uma sobreposição passado/presente que não é anunciada, mas é subentendida. Editado 27 de Janeiro, 2013 por kikuchi 1 membro gostou disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 29 de Janeiro, 2013 Gostei do novo capítulo. Também fiquei curiosa com o passado da Aki, e, claro está, com o futuro da história! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 31 de Janeiro, 2013 Tens imenso jeito , parabéns! Gosto especialmente do facto de ser super fácil "visualizar" o que se está a passar. Tanto mistério... e a personagem principal é super interessante! Quero ler mais Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 18 de Fevereiro, 2013 NAMIDA NO YUME DISCLAIMER: Obra de ficção que não visa retratar ou de alguma forma se assemelhar com a realidade. É tudo fruto da imaginação do autor. #04 [ Sol em Sépia ] “Segue-me...” Segue-me para o silêncio da minha alma. O meu inferno. Meu doce inferno. A dor alimenta o vazio que enche a minha vida... Sou eu e a minha arma, juntos, numa triste paz interior... E sou infeliz assim. Não sonho com rosas, com o mar, nem tão pouco com o sol... Sonho com o sonho. Aquele sonho, que me prometi cumprir sem suspirar qualquer batimento. Hoje cumpro um sonho. Não o meu, mas aquele que posso ajudar a construir. A vida é, questionavelmente, justa... Roubo sorrisos para me forçar a sorrir. Estranhamente gosto disso, e sinto-me bem assim. Tu morreste. Eu estou a morrer. Não muda nada... “Morreste-me” Eu sou horrível... e devia morrer. ~ ~~ ~~~ Abro os olhos. Sinto a minha íris a contorcer-se perante a luz. Vejo tudo. Tudo como se fosse cega. E sinto aquilo que vejo... “Rápido! Corram!” Tinha-me livrado dos sapatos há muito tempo. Os largos corredores afunilavam-se à medida que o desespero pautava os nossos passos. O silêncio corroído pelos nossos passos ecoava pela escola. Sabíamos para onde íamos. Mas não sabíamos porque corríamos... Passamos todo o corredor do piso superior à procura da nossa sala. A porta estava aberta. A tinta nos cadernos em cima das várias mesas ainda estava fresca. O vento refrescava o espaço daquele ar tão pesado que nos recebeu. Fechei a porta. “Ok. Por agora estamos bem. Malta, sentem-se aqui no canto.” Eu fui fechar a janela enquanto ele juntou os miúdos no canto, ao fundo da sala. Depois juntei-me a eles. Os desenhos e os cartazes da turma que alegravam as paredes enganava a nossa imaginação. A inocência das cores vivas que estavam ilustrados, não tirava o facto que já podíamos ter morrido. “Aki, tenho medo...” Eles têm apenas 12 anos. São crianças. Não sabem, nem devem, temer pela vida. Nestes três consigo ver aquilo que se está a passar nesta cidade, e um pouco por todo o país. Desespero. Imóveis no silêncio que nos prende. Estamos perdidos. Os minutos transformam-se em eternidade titubeante. Ouvimos o silêncio à procura de sinais de alerta. Mas o tempo passa, nada acontece, o medo cresce... E nós temos medo. Aquela eternidade demora a passar... é quase noite. O pôr-do-sol devolve à sala uma réstia de inocência. Curioso, simples e imutável. Como isto é tão simples... As crianças acabam por adormecer ao cair da noite. “Tenho medo Shunsuke...” Nunca o tinha abraçado desta forma. Estava cansada, esgotada... mas usei todas as minhas forças para me aproximar dele e prendê-lo com os meus braços. Tentava-me dar uma falsa sensação de segurança... era uma bruta ingenuidade. Ele quebra o abraço e dá-me a mão. Diz-me que vai tudo correr bem. Sabemos ambos que isso é mentira e que o mais provável é que ninguém saia daquela porta vivo. Mas queremos enganar a realidade, enganando a nós próprios. Mais bruta ingenuidade. De noite, sem electricidade, a sala era parca em luz. Mas a lua, encarregou de iluminar a secretária no fundo da sala. Era a secretária do professor. A minha secretária. Atraído pelo brilho carmim de um pequeno objecto, Shunsuke levanta-se e trá-lo até mim. É a caixa que ele me ofereceu. Uma pequena, simples, caixa vazia. "Ainda te lembras porque te ofereci esta caixa?", "Sei que não foi pela cor nem para embelezar secretárias..." Soltamos um sorriso, breve. Ele pega numa caneta e escreve algo no topo da caixa. Soletro cada palavra da frase que ele me inscreveu no topo da caixa... mas não a abro. Não quero que o meu sonho verta ainda mais lágrimas desnecessárias... O beijo simples mostra o quanto nós lamentamos ter de nos separar. Teve paixão, mas trémulo... A eternidade demorou ainda mais a passar. Não queríamos ter de abdicar deste sentimento. Nem que nos custasse a vida. "Achas mesmo que isto vai parar?" Pergunto-lhe. "Será que eles têm mesmo razão e não há mais nada a fazer aqui? Não quero que mais ninguém morra por minha causa..." A minha voz é desprovida de sentido. "Não as consegui proteger, Shun... Queria dar-lhes algo fora deste horror... mas não consegui... desculpa...". Ele não me responde... ... estamos a ouvir-los. As armas e a eles. E por achar que a vida é coisa mais sagrada à face da terra, vou ser morta. O Shunsuke vai ser morto. As crianças vão ser mortas. E o seu sangue, vai escorrer e pintar o horror na sala, onde outrora brincaram. Sentido. Ser humano... Que fazes tu? A porta abre-se. E tu morreste-me. ~~~ ~~ ~ É dia. Acordei agora mesmo, mas não me lembro deste lugar. "Quem és tu? -------------------------------------------------------------------------------------------- Lamento não poder ter conseguido fazer o update mais cedo... Ultimamente, o tempo que tenho disponível para estes hobbies tem sido escasso e não queria fazer nada apressado Entretanto, já sabem! Agradeço as vossas críticas/opiniões/sugestões etc... Read & Review!! Thanks! 5 membros gostaram disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 18 de Fevereiro, 2013 Bis Bis Bis Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 18 de Fevereiro, 2013 1 membro gostou disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 18 de Fevereiro, 2013 "morreste-me" Lembrei-me do "Morreste-me" pela peça de teatro. (que alguns dos temas lá abordados, vão bem aqui) Não tive foi tempo de ler o raio do livro Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 18 de Fevereiro, 2013 Curto juntar as peças do puzzle à medida que vou lendo cada capítulo, vou criando mais imagens, cada vez mais nítidas; mas ao mesmo tempo que umas se clarificam, outras esborratam-se por serem ideias previamente construidas (a partir de conclusoes precipitadas, confesso) que afinal estavam erradas :'D é mesmo para chocalhares o cérebro à malta xD Hum, gostei particularmente da forma como descreves a sala de aula, acho que dás uma ideia muito clara do espaço através de noçoes simples e algo subjectivas, é interessante ah, e não pude deixar de reparar numa coisa algo engraçada ^^ (mas isto são só tretas minhas que em nada contribuem para uma tentativa de critica construtiva) é que tu vestes a pele da personagem muito bem, praticamente é como se te abstraisses do teu "eu", mas isto "Sinto a minha íris a contorcer-se"... isto foi uma brechazinha que soou-me muito a Kiku xD nao faço ideia porquê, mas achei giro mencionar xD urrrr... queria fazer um comentario mais decente onde dissesse algo de produtivo e construtivo mas uhm, ya, eu pra ja nao tenho defeitos, criticas ou sugestoes pra apontar, so uhmmm... sorryyy... :'D ANYWAY TOU A GOSTAR MUITO! 1 membro gostou disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 20 de Fevereiro, 2013 urrrr... queria fazer um comentario mais decente onde dissesse algo de produtivo e construtivo mas uhm, ya, eu pra ja nao tenho defeitos, criticas ou sugestoes pra apontar, so uhmmm... sorryyy... :'D ANYWAY TOU A GOSTAR MUITO! Thank you Descansa que as coisas vão começando a ficar cada vez mais nítidas xD Como isto é apenas uma fic, não pretendo alongar muito o pacing da história. Daí as walking descriptions (descrições movidas pelo enredo) serem essenciais, para mim, não só para contar este tipo de história, mas também para ser, os olhos do leitor, esteticamente mais apresentável 1 membro gostou disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 21 de Fevereiro, 2013 Gostei muito deste capítulo. Está a ficar muito interessante a história e todo o mistério que envolve a protagonista. Parabéns! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 23 de Fevereiro, 2013 Gostei muito deste capítulo. Está a ficar muito interessante a história e todo o mistério que envolve a protagonista. Parabéns! Muito obrigado Mira Em breve, coloco aqui mais um capítulo. Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 11 de Março, 2013 NAMIDA NO YUME DISCLAIMER: Obra de ficção que não visa retratar ou de alguma forma se assemelhar com a realidade. É tudo fruto da imaginação do autor. #05 [ Morte Branca ] “Morreste-me” Ofuscaste meus olhos. Doce dor que me agoniza. Minha alma chora a feliz tortura. Que é sentir a tua ternura... O dia nada é sem a noite mas quando te afastaste, vivi sempre na escuridão... Criaste um paradoxo sem fim. Vivo triste, mas feliz... Porque sei hoje que matei, mas que morri. Espero a minha hora. Espero por ti. "Na tua graciosidade, salva-me..." ~~~ Acordei ali sem saber onde respirava. O ar estava pesado, quente... Cada respiração que dava parecia um esforço olímpico para o qual não tinha capacidade de superar. Os meus olhos recusavam-se a ver a luz do dia (cortesia da janela ao lado), que se cerravam em protesto. Tudo é branco sem ornamento, porque não há sentimento... apenas dor. E doi muito. A minha cabeça vai rebentar de estar dormente. E por isso, tentem compreender que um hospital, não é exactamente o sítio onde ambicionava estar... Estou sozinha nesta sala. Provavelmente quem me pôs aqui sabe que não sou dada a companhias, nem sequer a multidões. Honestamente, nem queria saber quem, ou o quê, foi responsável por me ter trazido aqui. Este silêncio fazia-me bem. Fazia-me esquecer. Fazia-me tentar viver. Tentar... Não demorou muito até que o silêncio fosse brutalmente rompido. Ouvir crianças a rirem e a correr, deve ser algo que até o próprio silêncio pára para escutar. Mas não são muitas, porque a comoção é breve e o silencio consegue falar novamente. O tempo passa. O relógio de parede, cuidadosamente colocado em cima da porta de saída do quarto, era a única coisa que quebrava a monotonia impiedosa do branco das paredes. Lá, eu via cada minuto que passava a tomar forma de longas horas sem sentido... Queria-me levantar, e assim o fiz. Queria seguir aquele barulho que passou... Reparo agora que apenas tenho vestido a minha roupa interior e um daqueles overalls que costumamos usar nos hospitais. Para variar, também era branco, com umas pequenas riscas horizontais verdes. Muito a custo ganho o equilíbrio, mas consigo caminhar. Pé ante pé, avanço em direcção à porta. Quero sair... Abro a porta lentamente. Não sabia bem o que me esperava. Apenas estava a responder ao instinto ingénuo que me precipitou em curiosidade e apatia. Encontro um corredor largo, que pelo comprimento que os meus olhos podiam aferir, devia ser transversal a todo o piso deste edifício. Porém, à minha esquerda, vejo o fim desse corredor. Caminho até lá, tacteando a parede para prevenir uma queda que era mais que certa. Volto a ouvir as crianças. Estão lá, na sala que dita o fim do corredor. Quero começar a correr... Queria ser estúpida ao ponto de querer superar a minha visão turva e a minha pouca força nos membros inferiores, para chegar ao pé destas vozes. E fui. Nem tive tempo de ver como o corredor não seria tão obviamente branco como o meu quarto, nem para apreciar os quadros e estátuas que davam vida a este sítio. Chego lá, à tal porta. Respiro fundo e abro-a. Liberto os meus olhos da apatia e abro-os para encontrar uma sala vazia. Vazia de som, vazia do sentimento que me trouxe aqui. Mas não estava sozinha. Podia-se encontrar, no canto, ali no fundo, um par de poltronas de aspecto antigo, mas que o estofo nos convidava a sentar. Uma delas estava ocupada. Era um homem. Parecia ainda mais fraco do que eu. Mas os olhos castanhos dele, denunciavam a calma como estava a enfrentar a doença que ele tinha. A minha doença. "Diga-me, como é que morreu?" perguntou sem sequer me dirigir o olhar. "Foi há uns anos. E não foi morta. Eu... fiz aquilo, a mim própria". Captei a atenção do homem. Pela expressão de terror com que finalmente me fitou, percebi que nunca tinha ouvido semelhante. "C-Como foi capaz de uma coisa dessas?" "Há coisas que queremos esquecer e esta não é uma altura muito boa para ser sentimentalista..." Ele interrompe-me, "Você não é humana! Estamos a sofrer com esta guerra que ninguém quis! Estávamos em paz, a viver as nossas vidas, sol após sol... e de repente, estamos todos a pedir clemência para não morrer e a lutar para ter apenas um pedaço de pão... E depois, no desespero desta gente, matam-nos desta forma! Deixando-nos vivos, deixando-nos apodrecer..." "Está-se a esquecer do meu ponto. O obitum também nos ajuda esquecer. Antes de nos matar, limpa a nossa memória mais recente" Ele levanta-se a cambalear, encarando-me na procura da resposta para o meu comportamento. Nem precisou de perguntar. Eu respondi... "Fui eu que o matei." ----------------------------------------------------------------- Aqui está mais um capítulo. Farei update assim que haja disponibilidade e processo criativo que ajude Como sempre, agradeço as vossas críticas! Read & Review! Thanks! 2 membros gostaram disto! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais
Escrito: 12 de Março, 2013 What!??????????????? Mas tu acabas isto aqui e assim???? Vais levar com uma borracha pela cabeça!!! Gostei muito do capítulo, mas fiquei com a sensação de que isto aconteceu no passado dela, certo? Mas como ela diz que o matou, se for no presente não percebi é como é que ela foi ter ao hospital... Resumindo, tenho de esperar pelo próximo capítulo! Parabéns! Partilhar esta mensagem Link para a mensagem Partilhar nas redes sociais