[MAFIA] Lowgate Borough - MAFIA WINS

Chibz
Por Chibz em Jogos do Fórum - Máfia,
Regras Gerais   Votos   Fairplay   Participação e Prazos   Regras Especiais para este Mafia   Condições de Victória   Inscritos   Navegação   Por favor, confirmem a recepção dos rolecards.   Special thanks to @Chiru for putting up with my bullshit helping me with rolecards and all of this stuff. It's always good to have another Demon by my side.   ~.|.~.|.~.|.~   ~Lowgate Borough~     Ao longo do declive de uma colina, desenvolve-se o bairro de Lowgate, cujos subúrbios se articulam em direcção ao topo da dita. O cemitério antigo situa-se lá no alto, abandonado há dezenas de anos. Era um sítio magnífico: longos caminhos curvilíneos acompanhados por belos jardins e árvores elegantemente frondosas, uma capela detalhadamente desenhada por um arquitecto de renome, sepulturas em pedra branca e limpa moldada pela belíssima estatuária, rouxinóis, pombos, pardais, coelhos, esquilos, corvos, ratos, etc, e o ocasional carro funerário com a procissão – sim, porque há beleza na dor. Mas isso, como disse, foi há dezenas de anos. Hoje, o cemitério antigo de Lowgate já não recebe ninguém – está sobrelotado, dizem – e os seus portões de ferro e muros de alvenaria encerram a devassidão que o Tempo e a solidão permitiram gerar. Um cenário em que a Natureza reclama de volta o que a si pertence, e os longos caminhos desaparecem e reaparecem entre sebes e árvores caídas… os jardins cresceram e tornaram-se selvagens, as árvores envelheceram e hoje dominam a paisagem… a capela, parcialmente destruída depois de uma tempestade há já muito, muito tempo, encontra-se abandonada, sem os seus crentes, sem os seus santos, sem o seu orgulhoso arquitecto cuja memória desapareceu no tempo… as sepulturas acumulam-se copiosamente e desordeiramente, os lotes canibalizam-se… a pedra, comida pelo tempo e pelo musgo, está partida, danificada; a estatuária amputada chora musgo e fungos, e os nomes e as datas já não se lêem e já não estão “para sempre nas memórias” de ninguém, porque morreram todos e foram todos esquecidos desde que o último carro funerário deu entrada, com dificuldade, há dezenas de anos atrás. Mas isso não interessa para nada porque, dezenas de anos depois, os pássaros e os esquilos continuam na mesma a tratar das vidas deles. Estou a divagar, vamos passar à frente. - Anyway, apesar desta situação paisagística, trata-se de um local tangente à passagem de transeuntes que, tal como os esquilos, também tratam da vida deles. Uns passeiam o cão, outros sentam-se no exterior a ler o jornal, outros passam com o saco das compras, outros encontram ali os amigos ao sair do autocarro. Um muro de alvenaria e um portão de ferro separam um bairro iluminado e barulhento, de um “bairro” silencioso, frio e escurecido pela vegetação.   …Diz-se – diz-se – que, nestes últimos dias, o cemitério tem sido frequentado por alguém… ou algo… Que um horrível fenómeno qualquer possa ter invocado uma criatura que não pertence a este mundo… Etc. Mas isto é um facto: cadáveres (recentes) foram encontrados no cemitério, dos quais teria sido retirado sangue e, sem grandes certezas, alguns órgãos. Ou, pelo menos, é o que sai na imprensa – mas entre a censura e o sensacionismo pelas vendas, venha o diabo e escolha.   “Eu às vezes passeio o meu cão aqui perto e ouvi… pa alguém a falar no cemitério, eu acho que estava mesmo dentro do cemitério, mas já ninguém entra lá há anos, não é? Não sei, não vi ninguém. Medo, medo de quê? Haha, oh, eu acho pouco provável, haha - quieto! – quer dizer, não sei, talvez exista, talvez não, não sei, mas não me parece.”   “Ó amigo, eu não sei de nada, a minha família já não serve nessa área, eu agora trabalho no outro lado da cidade. Ah viram-me nessa zona? É verdade sim senhor, às vezes gosto de lá ir enrolar um charro. Vampiros? Pa sei lá, capaz, se calhar eles andem aí, hehehe.”

“Mas então porque é que dizem que anda um… coiso, um quê?... Isso, um vampiro à solta, não estou a perceber. Ai credo nem quero saber, olhe, nem me falem nessas coisas. Nem nunca havia nada dessas coisas no meu tempo, nem devia haver agora, ia lá haver agora... Ai credo, nem sei nem me interessa, cruzes canhoto. Olhe, há mas é aí muita gente da sua idade que na vez de ir trabalhar… olhe… anda aí… feitos vagabundos, é o que é. Mas isto é para a televisão? Ah bom. Não não quero cá fotografias nenhumas, deixe-me estar…”   “Tenho bastante interesse no assunto, de facto, e só saberemos quando virmos, não é? É interessante que as vítimas aparentem ter tido o sangue drenado e uma marca no pescoço, mas isso não confirma a teoria da existência de um vampiro, nem refuta a possibilidade de ter havido mão criminosa. Mas é de facto uma pena que certos dados não estejam ao alcance das pessoas, ou pelo menos de quem quer estudar sobre o caso… Há pessoas que estudam fenómenos sobrenaturais por algum motivo.”   Lentamente, os murmúrios, os rumores e os ânimos sobem o tom, e no pacífico e entediante bairro de Lowgate surge a curiosidade, o pânico, o cepticismo, e a excitação, espalhando-se como uma neblina que contagia pessoa atrás de pessoa. Cada um com as suas conjecturas, e cada um com as suas certezas, todos inspiram a tensão dessa massa nebulosa de receios e suspeitas. Depois fazem como os pássaros e os esquilos, e vão às suas vidas… pelo menos, enquanto as tiverem.   ~.|.~.|.~.|.~  
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